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Aspectos Teóricos e Práticos da Oralidade

Por:   •  9/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.345 Palavras (10 Páginas)  •  226 Visualizações

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Aspectos Teóricos e Práticos da Oralidade

Sumário

  • Introdução da Aula
  • Tópico 1 – Aspectos Relevantes Sobre o Uso da Oralidade no Ambiente Acadêmico
  • Tópico 2 – Situação Comunicativa
  • Tópico 3 – Gênero textual utilizado como suporte para a construção do texto
  • Tópico 4 – Organização das Informações de Maneira Lógica
  • Encerramento

Introdução da Aula

Como estudante de um curso superior, é importante perceber a importância de um bom desempenho não apenas em comunicações escritas, mas também em situações comunicativas orais.

Similar ao que acontece com a linguagem escrita, a linguagem oral, por ser um código linguístico, assume características específicas, a depender das funções sociais da interação verbal. Aqui, vamos refletir um pouco mais sobre essa modalidade.

Espera-se que ao final desta aula você seja capaz de compreender textos orais a partir da seleção, da relação e da organização da informação.

Reflexão

Via de regra, é por meio da fala que nós nos apresentamos, passamos a conhecer novas pessoas, solicitamos informações, interagimos com os nossos pares, comunicamos nossas subjetividades, trocamos conhecimentos, enfim, nos expomos e interagimos com o mundo.

No contexto acadêmico, a fala é um recurso importantíssimo e é por meio dela que, por exemplo, em uma apresentação de trabalho em sala de aula, nós construímos nossas relações, bem como o conhecimento e nossa própria identidade como estudante universitário e futuro profissional da área. Nesse sentido, vamos refletir sobre o uso da oralidade no contexto acadêmico?

Tópico 1 – Aspectos Relevantes Sobre o Uso da Oralidade no Ambiente Acadêmico

Marcuschi (2007, p. 08) afirma que “Todas as línguas desenvolvem-se em primeiro lugar na forma oral e são assim aprendidas por seus falantes”. Quando nos referimos a comunicação oral, comumente nos remetemos a uma situação interativa informal, despretensiosa, na qual, por exemplo, não há necessidade de um monitoramento cuidadoso com a linguagem a ser utilizada.

Marcuschi (2010), entre outros autores, alerta para o equívoco de se pensar dessa maneira. Nesse sentido, não é porque a comunicação acontece na modalidade de língua oral que ela, necessariamente, apresenta um registro de linguagem informal.

Veremos esta aula com dois pontos de vista: a linguagem oral no ambiente acadêmico e a função dessa linguagem nas respectivas situações específicas de uso.

Quanto ao primeiro aspecto, quando se pensa em oralidade no ensino superior, especificamente na sala de aula, é muito comum identificarmos as situações denominadas de interação face a face.

Podemos citar as conversas cotidianas entre os estudantes da turma, as perguntas dirigidas por eles aos professores, ou, ainda, performances orais individuais ou coletivas, como leituras de textos em voz alta ou debates em grupos, respectivamente.

Reflexão

Imagine-se em uma conversa corriqueira com um colega de sua turma e compare a linguagem utilizada nessa ocasião com a que você adotaria em um outro evento de oralidade onde você faria a apresentação de uma pesquisa, em um congresso ou simpósio, por exemplo.

Embora seja o mesmo falante, os registros linguísticos são diferentes. E o que faz um mesmo falante lançar mão de diferentes registros de linguagem oral?

A resposta a pergunta acima está em se fazer entender por seus interlocutores e, assim, ter seu objetivo alcançado. É essa necessidade que faz com que o indivíduo adeque sua performance linguística aos contextos de fala e a seus interlocutores específicos, visando, com isso, alcançar a competência comunicativa.

O segundo aspecto que merece destaque na relação entre oralidade e contexto acadêmico refere-se à função dessa modalidade de linguagem nas situações específicas de uso no ensino superior.

O contexto acadêmico exige propriedade intelectual, inovação científica, adoção de metodologia compatível, tudo isso mediado por uma linguagem adequada, sem a qual nada disso alcança credibilidade.

Sendo assim, em uma exposição acadêmica oral, não cabe o improviso, sendo fundamental o planejamento e o monitoramento da linguagem, para garantirmos a o êxito da comunicação.

Ter competência comunicativa, grosso modo, nada mais é que entender a cena enunciativa e para ela se organizar da melhor forma, lançando mão de recursos sem os quais não se alcançaria êxito.

A função da linguagem oral no ensino superior é, portanto, agilizar a comunicação dos acadêmicos, mediar o diálogo e a produção de conhecimento, via debates, comunicações, colóquios, ou seja, gêneros textuais orais.

Em uma situação de apresentação oral não basta apenas construir um texto e transmiti-lo verbalmente. Para que uma exposição oral seja funcional, é preciso considerar a situação comunicativa e que prepare seu texto considerando:

  • quem são seus interlocutores,
  • qual o papel sociocomunicativo que você ocupa nessa cena e
  • qual a melhor modalidade de linguagem você precisará utilizar para ser eficiente em sua comunicação.

Tópico 2 – Situação Comunicativa

Todo texto, seja ele oral ou escrito, é resultado material de uma necessidade. Porque precisamos pedir, reclamar, defender nosso ponto de vista, entre outras demandas sociais, construímos textos para manifestar e satisfazer nossas vontades.

Na sociedade, assumimos papéis sociais e discursivos, mediados pela linguagem. Neste momento você é estudante, daqui a dez minutos, assume a identidade de filho(a); há meia hora falava da posição de vizinho(a), companheiro)(a), amigo(a), consumidor(a).

Assim, a linguagem, para ser eficiente, precisa considerar esses lugares discursivos, esses papéis sociais. Ou seja, pela linguagem, assumimos um lugar no mundo, o que implica dizer que a maneira como nos comunicamos nos coloca ou nos retira das situações cotidianas.

Isso também acontece no contexto profissional. Saber quem é você na comunicação e assumir esse lugar pela linguagem, conhecer seu interlocutor e fazê-lo assumir essa posição também pela linguagem que você adota, bem como adaptar sua fala ao ambiente comunicativo (tempo e espaço) são requisitos fundamentais para que sua fala seja eficiente.

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