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Comunicação Empresarial e Sustentabilidade, 1ª edição, série Comunicação Empresarial, coleção Comunicação Empresarial, 2015.

Por:   •  11/5/2017  •  Resenha  •  889 Palavras (4 Páginas)  •  244 Visualizações

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Comunicação empresarial e sustentabilidade, 1ª edição, série Comunicação Empresarial, coleção Comunicação Empresarial, 2015.

Bueno, Wilson da Costa.

MANOLE

                                                Resenhado por Carla Lorena de Jesus Souza

Este livro é um compilado de artigos e pesquisas de doze autores, estudiosos, pesquisadores e profissionais sobre comunicação da sustentabilidade na atualidade brasileira, tem como foco todo o âmbito de sustentabilidade e não somente o ambiental. Foi organizado por Wilson da Costa Bueno da seguinte forma: em “Sobre os autores” apresenta um breve resumo de seus currículos e trabalhos, em seguida faz a “Apresentação” e divide o livro em três partes – PARTE 1- Teoria e prática da sustentabilidade; PARTE 2 – Mídia, organizações e meio ambiente; PARTE 3 – Comunicação e sustentabilidade.

Na primeira parte, os autores comprovam a realidade entre a teoria de sustentabilidade e a prática das organizações, critica a ação dos jornalistas que praticam o marketing verde em troca de anúncios e propagandas, evidência a importância da participação da comunidade rural nas audiências públicas de maneira efetiva e não somente como forma de persuasão, denuncia o jornalismo agrícola e a falta de conhecimento ou de capacitação dos jornalistas, o que compromete gravemente a qualidade da cobertura, realiza uma análise do Guia de Exame de Sustentabilidade (GES), de modo a evidenciar os sentidos de sustentabilidade ofertados.

Na segunda parte, é traçado um paralelo entre a influência do jornalismo como fonte de credibilidade e o potencial de transformação do senso crítico da sociedade para converter os danos causados pela política do consumo. Diferente da primeira parte - Teoria e prática da sustentabilidade, que critica o despreparo de parte do jornalismo e a política suja e interesseira que seguem, aqui são ressaltados aqueles que realizam um trabalho honesto, limpo e importante. Evidencia a necessidade de igualdade entre as partes, principalmente entre os gêneros, mas também desde a diretoria de uma organização ao chão de fábrica.  Fala da incorporação da espiritualidade no jornalismo, mas não no sentido religioso, e sim em reconhecer os atos que nos une e perceber o que é fazer uma verdadeira revolução cultural.

Na terceira parte, os autores analisam a influência das propagandas sobre a atitude das pessoas e a cultura que aqui se massificou. “Ocupar para não entregar” era a propaganda usada pelo governo militar na década de 70 para convidar colonos de todos os cantos do país para o desmate indiscriminado da região amazônica. Ao chegar aqui esses colonos se deparavam, com a grande diversidade de fauna e flora e seu despreparo para lidar com tal adversidade o obrigava a retornar a sua terra de origem. Para evitar esse retorno e induzir os colonos a permanecerem, usou-se um vídeo que dizia “porque a terra é para o macho”. O desmatamento e a ocupação de forma não planejada são desenfreados, com a “marca de ferro” territórios são demarcados, pois, “terra intacta, mata fechada, é terra passível de ocupação”. Discurso esse que em plenos anos 2016 ainda se ouve com veemência. Quando as pessoas veem uma terra com mata fechada, sem sinais de invasão do homem, a primeira coisa que pronunciam e têm em mente é que se trata de terra abandonada, boa para cultivo e produção e quem chegar, desmatar e produzir é o novo dono. É comum se deparar com essa situação no interior do Amazonas. Talvez, todo o contexto histórico do governo militar na década de 70 explique a mentalidade que vigora até os tempos atuais. Aqui entra a comunicação como ferramenta de transformação, com o papel de ajudar as pessoas a adquirir e compartilhar conhecimento pra transformar o discurso ambiental em práxis. É importante desmascarar as empresas que usam a sustentabilidade com imagem institucional pra lucrar, crescerem economicamente, mas o país não desenvolver. Pois a riqueza se concentra nas mãos de poucos, enquanto a maioria da população vive na pobreza. Um exemplo disso é alto índice de desperdício de alimentos, enquanto mais de dois milhões de pessoas passam fome no Brasil.

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