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Consumo Estético e a Produção da Identidade Feminina

Por:   •  4/6/2016  •  Monografia  •  9.930 Palavras (40 Páginas)  •  226 Visualizações

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CONSUMO ESTÉTICO E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE

FEMININA ATRAVÉS DA REVISTA CAPRICHO

Sumário Provisório

Introdução

  1. Padrões de beleza e suas implicações na esfera social
  1. Conceito de Beleza
  2. Estética e bens simbólicos
  3. O corpo como objeto de valor
  1. Como a mulher é vista na sociedade
  1. A representação do corpo feminino na mídia
  2. Sociedade do espetáculo
  3. De menina a mulher: A produção da identidade feminina
  1. A Construção de Identidade Através da Revista Capricho
  1. Capricho: O império cor-de-rosa na formação feminina
  2. Revista: Um meio de comunicação atrativo
  3. Perfil e Público-alvo: De revista para estilo de vida
  1. Considerações Finais

  1. PADRÕES DE BELEZA E SUAS IMPLICAÇÕES NA ESFERA SOCIAL

O objetivo deste capítulo é fazer uma contextualização sobre a cultura midiática e apresentar fatos característicos afim de levar até o objeto de estudo: a revista Capricho. Em um mundo com milhões de pessoas que pensam e agem de forma diferente, habita uma infinidade de igualdades e personalidades semelhantes, que forma um mundo que vive padronizado, com classes organizadas em jeitos de ser e viver. Mas por que todo esse comportamento?

Atualmente, a influência da mídia vem sufocando as pessoas com seus valores morais e éticos, podendo perceber que a sociedade passa por processos exaustivos à procura de um império perfeito, onde tudo é capaz de valer cada centavo das pessoas, onde é melhor ter do que ser e onde a aparência é o cartão de visita.

Esse trabalho trata-se especificamente sobre o corpo e a formação de identidade do ser, em suma importância, o corpo feminino. Estudar como ocorre essa transformação no mundo globalizado, através da atuação da revista Capricho, é perceber que a construção de cada página da revista propriamente formada, serve para captar a atenção da leitora, e induzi-la a seguir um certo tipo de comportamento e inseri-la a viver e “crescer” da forma que o mundo vive e cresce, através de linguagens e símbolos persuasivos.

Cada ponto é analisado para que nada passe despercebido por elas, deixando bem claro como a revista se preocupa com o bem-estar e com a beleza das adolescentes, se passando por uma revista “melhor amiga” e até confidente. Estudos com jovens de 18 a 22 anos, também serão analisados para um melhor aprofundamento, apesar do editorial da revista Capricho parar de ser impresso a revista já atuou em várias mulheres de hoje em sua época e conhecer e descobrir manias, gostos e suas principais características são essenciais como afirma MAFFESOLI:

A atitude ou a cultura jovem, o “juvenilismo”, que com frequência se estigmatiza nas sociedades contemporâneas, não está limitado simplesmente a um problema geracional, mas a uma função contaminadora. A eterna criança é   contemporaneamente uma figura emblemática, assim como o foi o adulto sério, racional, produtor e reprodutor no século XIX. (MAFFESOLI, Julho, p. 13).

Ao analisar o comportamento de jovens perante à sociedade, é necessário analisar sua atuação mediante à formação de um corpo perfeito e toda a persuasão que a mídia apresenta através de representações, relações com a sociedade de massa, produtos e meios simbólicos.

O termo Sociedade de Massa, muito falado por ADORNO e HORKHEIMER, flui com a crítica constantemente sobre a influência da mídia e sua transição e na atualidade se faz lenta em virtude de outros processos. A sociedade de massa surge em um estado bem avançado do processo de modernização.

        De acordo com Paiva em “ícones da sociedade midiática: Da aldeia de Mcluhan ao planeta de Bill Gates” pode-se perceber a natureza do simbolismo tatuada nas sociedades e como ela consegue estar presente diariamente em coisas simples do cotidiano, a pesquisa, por exemplo utiliza-se um dos meios de comunicação de massa mais especiais para isso, a revista, e como ela insere todo esse simbolismo para atrair e criar um ícone de desejo no objeto de estudo. O simbólico não é um conceito, nem uma instância ou categoria e sim um ato de troca e de formação social, de formação do indivíduo e criação de traços de personalidade que finalizam o ser humano, o real. (ADORNO e HORKHEIMER,2007, p. 14)

         É que o merecedor da láurea doa algo (a demonstração de uma realização humana admirável) à comunidade e desta recebe uma recompensa, uma honraria. A troca é simbólica porque “resolve” (extermina) as pressões históricas do grupo social referentes a valor de uso, objetos e comportamentos, valor de troca de mercadorias, convenções meramente práticas, etc. O premiado é ao mesmo tempo real e imaginário, ou seja, ele existe objetivamente dentro do grupo, é um ser humano como os outros, mas habita também a esfera do que se imagina, se sonha ou se deseja. (PAIVA,  2007, p.14)

Há uma comparação da troca de um carro com um lápis, em que a troca simbólica se faz acima do valor material e monetário, assegurando que o simbólico não é “contado” financeiramente e sim no simbólico. Com ou sem o envolvimento de dinheiro, o valor simbólico dos dois objetos se igualam.

Para o campo profissional da comunicação o agir simbólico é importante, pois vem atuando na formação de bens e de pensar, a criação de padrões se faz através do simbólico, do imagético, da semiótica e da produção de sentidos.

        Como é possível conseguir um corpo perfeito? Aderir a moda e seguir uma dieta radical? Pode-se notar que esses questionamentos são necessários para uma primeira impressão do que seria considerada cultura de massa e como a mulher é inserida nesse contexto através de práticas e reflexos da mídia.

  1. Conceito de Beleza

Apesar de ser uma tarefa difícil, ou pensando pelo lado racional, quase impossível, é complicado rotular a beleza no mundo contemporâneo, pela sua subjetividade e pela sua face mítica. A maioria das mulheres do planeta vivem para ter um corpo perfeito e a beleza em alta. Ocorre um massacre humano onde seus ideais são limitados e focados para algo que não foi criado por elas e sim por uma mídia que impõe regras ditatoriais da indústria de beleza. Para chegar no melhor resultado muitas tentativas radicais são exigidas: dietas exageradas e até cirurgias plásticas. O conceito de mulher mudou, não mais uma dona-de-casa que cuida do lar, filhos e marido, que organiza tudo e conhece todas as marcas de sabão em pó, hoje, ainda são mães, esposas e donas de casas, mas a face da história mudou apesar da mulher estar mais antenada e independente está mais desejável e vulnerável a mídia.

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