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De Linguística da Universidade de Brasília

Por:   •  25/8/2019  •  Projeto de pesquisa  •  742 Palavras (3 Páginas)  •  125 Visualizações

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Marcos Bagno; Professor do Depto. De Linguística da Universidade de Brasília, Doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo, tradutor, escritor com duas dezenas de títulos publicados, entre literatura e obras técnico-didáticas. Exerce ampla atividade de divulgação cientifica por meio de palestras, oficinas e minicursos. A ideia de escrever “A norma oculta” surge a partir de uma necessidade e vontade do autor Marcos Bagno de organizar ideias surgidas a partir da produção de dois dos livros: Norma Linguística (2001) e Linguística da Norma (2002), e também a partia da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já que este fato fez ressurgir na mídia, críticas à fala estigmatizada do presidente. O livro vem com o intuito de ir contra toda e qualquer forma de preconceito linguístico, mostrando as relações entre língua e poder na sociedade e sua consequência.

Capítulo 1 - Por que “norma”? Por que “culta”?, “A norma oculta”, o livro do linguista Marcos Bagno, chama a atenção logo de início para seu título, onde apresentam dois termos, “Norma”, escrito diretamente, e “Culta”, palavra que pode ser percebida através do vocábulo “oculta”. Segundo o autor, quando se trata da língua existe uma “duplicidade de noções” contida na palavra “norma”. Buscando este termo em dicionários, encontram-se duas acepções: “Norma é um conjunto de preceitos na seleção do que deve ser usado numa certa língua...” e também, “Norma é tudo o que é de uso corrente numa língua”. Ou seja, é possível classificar esta palavra em relação a dois adjetivos: “Normal” e “Normativo”. Diante dessa dupla realidade, também a expressão norma culta pode ser entendida a partir de visões diferentes. Podemos ter uma “Norma culta” quando se considera o uso habitual da língua por pessoas classificadas como cultas. Por outro lado, o conteúdo de gramáticas normativas da língua, que determinam, arbitrariamente, formas corretas de se comunicar numa determinada língua, também revela uma Norma culta.

Capitulo 2 - Um pouco de historia: o fantasma colonial & a mudança linguística, A diferença entre a norma-padrão e português brasileiro é surpreendente, pois havia um nivelamento nos dois sentidos quando eram analisadas as “variedades prestigiadas” x “variedades estigmatizadas”. Os cultos achavam que estavam certos, mas n’uma análise cuidadosa, verificam-se varias coincidências entre fala popular e erudita. Um exemplo clássico são as regências dos verbos. Portanto, o preconceito linguístico no Brasil se exerce em duas direções: Dentro da elite para fora dela e dentro da elite para o redor de si mesma.

Capítulo 3 - Por uma gramática do português brasileiro, As pessoas têm dúvidas na hora de escrever um texto mais monitorado. Quando as dúvidas acontecem, geralmente elas recorrem a gramáticas normativas, que são inadequadas. A verdade é que as gramáticas normativas se tratam de obras prescritivas. Em vez de deduzir as regras de utilização da língua a partir de seu uso, os gramáticos colhem, na obra dos grandes ficcionistas, aquelas opções linguísticas que eles, já de antemão, consideram boas, aquelas em que supostamente não se detecta nenhuma interferência da língua falada. São, portanto, obras confeccionadas sem nenhum rigor

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