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Drogas: Qual o problema?

Por:   •  28/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  785 Palavras (4 Páginas)  •  274 Visualizações

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Drogas: Qual é o problema?

A grande maioria das informações veiculadas sobre drogas apontam para um alto poder destrutivo, que potencializa os defeitos e desvios de conduta de um indivíduo. Tais informações são passadas não somente em veículos informativos, mas também em conversas casuais ou reunião de amigos. O surgimento de novas drogas certamente vem atraindo maior atenção para o assunto que passou a ser tratado como um problema social, sendo alvo de pesquisas e estudos científicos para identificar e trazer soluções para a diminuição do uso dessas substâncias. Mas até que ponto as drogas lícitas ou não, podem trazer prejuízos ao ser humano? O efeito causado é o mesmo em todas as pessoas?

Ainda que sejamos seres dotados de inteligência e sabedoria, jamais seremos capazes de entender completamente o raciocínio humano. Uma mesma situação pode causar reações diferentes em determinadas pessoas graças à subjetividade. Como podemos então definir os resultados baseando-se apenas em uma pequena parte consumidora desses “produtos”?

Existem inúmeras drogas com poder altamente destrutivo sendo vendidas em qualquer esquina do país. Drogas essas que comprovadamente trazem malefícios à saúde do usuário seja ele quem for. Mas seria a proibição a melhor forma de sanar esse problema?

O ministério da saúde Instituiu a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Através da portaria Nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011 foi instituído uma série de diretrizes para o tratamento e acompanhamento destes dependentes químicos, porém, a verdade é outra. Milhares de pessoas são criminalizadas e deixadas à margem da sociedade sem terem sequer um acompanhamento psicológico para o tratamento e reabilitação em sociedade, pois mais fácil prender e punir do que ajudar.

Em tempos atuais, a busca pelo sucesso profissional e pessoal tem produzido seres humanos doentes. Noites mal dormidas, acúmulo de atividades e até mesmo o desemprego, são apenas alguns dos problemas enfrentados na sociedade contemporânea.

Sendo assim, algumas pessoas utilizam dessas substancias na busca de um alívio mesmo que parcial das mazelas cotidianas, entendendo assim, que tal substância pode ajuda-la aumentando o prazer e a sensação de relaxamento. Neste ponto, o que era tratado como um problema, passa a ser visto como solução.

Foucault, retrata de forma clara a sua opinião quando diz que as drogas já fazem parte da nossa cultura, porém não são tratadas como deveriam:

“O que me frustra, por exemplo, é que se considere sempre o problema das drogas exclusivamente em termos de liberdade ou de proibição. [...] Enquanto fonte de prazer. Devemos estudar as drogas. Devemos experimentar as drogas. Devemos fabricar boas drogas - capazes de produzir um prazer muito intenso. O puritanismo, que coloca o problema das drogas - um puritanismo que implica o que se deve estar contra ou a favor - é uma atitude errônea. As drogas já fazem parte de nossa cultura. Da mesma forma que há boa música e má música, há boas e más drogas. E então, da mesma forma que não podemos dizer somos ‘contra’ a música, não podemos dizer que somos ‘contra’ as drogas” (FOUCAULT, 1984c).

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