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Fichamentos de livro: As Tecnologias da inteligência

Por:   •  6/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  7.441 Palavras (30 Páginas)  •  305 Visualizações

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Aluna: Stella M. D. Rodrigues - Curso: Design Digital - Período: Nutorno

FICHAMENTO DE LIVROS

BIOGRAFIA: Pierre Lévy é filósofo e acredita em uma "inteligência coletiva" (comunidades virtuais e outras experiências e atividades online comunitárias em prol do desenvolvimento social e político mundial), em uma "evolução" impulsionada pela rede de computadores, base para a nova cibercultura. Defende a inclusão digital. Escreveu mais de 10 publicações que abordam esse assunto, a maior parte disponível em português.

LIVRO: As Tecnologias da inteligência

Cap. 2 - O Hipertexto

        A primeira idéia de hipertexto apareceu em 1945, quando o matemático Vannevar Bush percebeu que o sistema de informação da mente humana funcionava de forma diferente dos sistemas que eram utilizados. Enquanto este funcionava de forma linear, puramente hierárquica, aquele era mais complicado, bifurcado, funcionando através de associações. Pensou em um dispositivo chamado Memex, que funcionava de forma parecida, utilizando microfilmes, caixas de som e outros periféricos.

Opinião pessoal: "Notar a semelhança física com o que chamamos hoje de computador, No lugar de microfilmes, o HD."

        A palavra hipertexto foi inventada por Theodore Nelson com o intuito de dizer que estes textos não-lineares estariam disponíveis em uma rede mundial, chamada Xanadu, aonde poderiam  ser comentados, discutidos e compartilhados junto com outras mídias como sons, imagens e vídeos. O autor do livro comenta sobre a impossibilidade de tal sistema tão extenso, mas cita outras soluções mais modestas, como o Motor (aplicativo que mostra o funcionamento, peças e defeitos de um motor, de forma didática, intuitiva e interativa) ou Cícero (um conjunto de aplicativos que levam a pessoa a conhecer Roma através de maquetes filmadas das verdadeiras construções, guias e textos da época, tudo de forma interativa, aonde ela pode anotar comentários vistos apenas por ela, guardar imagens e ler textos importantes). Logo, hipertexto não remete apenas ao texto em si, mas a imagens, sons e outras mídias. Além disso, hipertexto é um conjunto de nós (estes podem ser os citados agora, como textos, imagens, sons, vídeos e outros tipos de mídia), que por sua vez levam a outros nós que podem conter redes inteiras.

Opinião pessoal: "No começo do parágrafo podemos ver semelhança conceitual com a Internet, e também a opinião de Pierre Lévy quanto à sua impossibilidade de existência, devido à sua extensão, Hoje é sabido que temos tudo isso e muito mais, e que a www só se expande,"

        Não podemos, porém, aliar a idéia de hipertexto apenas aos dias de hoje. Os livros, com seus sumários, índices e remissões e páginas numeradas permitem também navegação não-linear sobre os assuntos apresentados, O fato dos livros serem disponibilizados em códex (e não mais em papiros e tábulas de argila), e em tamanho pequeno e acessível também contribuem. As bibliotecas também, de certa forma, com todas as suas fichas e mapas de organização também podem ser consideradas uma espécie de interface com hipertexto, Já o contrário acontece com o leitor de jornal, que "pega informações aqui e ali", em uma interface muito mais ampla do que um livro ou site.

        Para tornar a interação com o computador e sua tela mais amigável, podemos utilizar a representação figurada, o mouse, os menus e as telas de alta resolução.

        Se olharmos com atenção uma enciclopédia ou um dicionário normais, veremos que notas de pé-de-página, asteriscos, referências que levam a outros textos e outras características tornam esses itens não-lineares, O que diferencia o hipertexto desses outros é, então, a velocidade. A instantaneidade faz com que "naveguemos" no hipertexto, o que também faz com que nos percamos facilmente. É como navegar em um imenso mapa, podendo ver apenas uma minúscula porção sua por vez, perdendo-se as referências e tornando mais difícil sua memorização. Uma solução encontrada em 1990 sugere que, nesses "mapas" só sejam mostradas as informações que interessam ao usuário naquele momento,  talvez informações marginais, apresentadas de forma menos destacadas. Diagramas, redes e mapas conceituais manipuláveis e dinâmicos são também uma proposta.

        O hipertexto se adequa bem à área de educação, pois é sabido que quanto mais ativamente uma pessoa participa da aquisição de informação, mais aprende e apreende, Diferente dos livros com dobras de páginas pré-definidas, o hipertexto oferece dobras, cortes, colagens e montagens infinitas.

Cap. 3 - Sobre a técnica enquanto hipertexto - O computador pessoal

        Na década de setenta , Silicon Valley fervilhava em evolução. Lar de um enorme amontoado de todo o tipo de equipamento e peça eletrônica que se pode imaginar, além de empresas que hoje em dia são peças-chave na sociedade (como Atari, Intel, NASA...), era o lugar aonde todo jovem revolucionário e geek queria trabalhar e morar.

        Entre todos esses jovens, devemos destacar dois: Steve Jobs e Steve Wozniac, que nessa época desenvolviam a blue box, uma máquina hacker que possibilitava ligações telefônicas gratuitas. Entre muitas pesquisas em bibliotecas e revistas especializadas, compras de sobras eletrônicas, venderam alguns de seus equipamentos e ganharam algum dinheiro. Essa era a diversão de milhares de jovens, A graça estava em construir seu próprio computador pessoal, que antes do lançamento do Basic em 1975 por Bill Gates e Paul Allen, não tinha nem linguagem de programação. Eles se reuniam em clubes de informática aonde trocavam informações e segredos, compravam e vendiam peças e máquinas, criticavam e elogiavam os "brinquedos". Isso fazia com que, ao final de cada reunião, esses jovens voltassem para suas garagens e aprimorassem ainda mais seus "inventos", enquanto suas cabeças pensavam na revolução do "computador para o povo". Foi dessa ebulição que nasceu o computador pessoal. Uma máquina que só era acessível ao governo ou ao exército, agora estava na mão de indivíduos.

        Em 1975, foi fundada a Apple, e surgiu seu primeiro produto, o Apple 1. Entretanto, para ser vendido em uma loja de informática pessoal, Steve Jobs precisou montá-lo, Ou seja, o essencial não era mais a montagem, e sim o uso, A segunda interface feita por Wozniac era um gravador cassete, que permita que o Basic fosse carregado. Entretanto, era necessário programar todo o computador cada vez que fosse ligado,

        Seu concorrente direto naquela era o Altair, um computador sem teclado nem tela. O primeiro problema surgiu para os dois jovens: os programas do Altair não serviam no Apple 1, Logo foi criado o Apple 2, que vinha com a programação já gravada na ROM, o que permitia fazer algo no computador assim que ligado, Além disso, no Apple 2 existia uma conexão que permitia que o computador fosse ligado a um monitor à cores para funcionar como tela. Para atingir um público maior e sobreviver, a Apple decidiu que sua máquina seria agora vendida com fonte, gabinete de plástico e teclado.

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