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Marina Silva nas Eleições 2014 Segundo as Capas de Revista

Por:   •  21/3/2016  •  Artigo  •  2.971 Palavras (12 Páginas)  •  307 Visualizações

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Marina Silva nas eleições 2014 segundo as capas de revista

Reginaldo Júnior[1]

Resumo

Desde as eleições de 2010 a ex-ministra Marina Silva, vem chamando atenção se colocando como uma forte concorrente na quebra hegemônica da disputa presidencial figurada sempre pelos mesmos partidos. Nas últimas eleições, dentre muitos acontecimentos, esteve muitas vezes na liderança das pesquisas eleitorais e chegou a ser considerada pela mídia um “furacão eleitoral”. Este trabalho tenta fazer uma análise do percurso da candidata através da mídia impressa, mais especificamente em revistas de grande influência no país, levando em consideração capa e reportagem e seus elementos de composição.

Palavras-chaves: Política, Mídia, Eleições, Comunicação.

Abstract

Since the elections of 2010, the former minister Marina Silva, comes calling attention is posing as a strong competitor in the hegemonic breakdown of figurative presidential race always by the same parties. In the last elections, among many events, was often at the top of polls and was once considered the media a "electoral hurricane". This paper tries to make an analysis of the candidate route through the print media, more specifically in highly influential magazines in the country, taking into account cover and report and its compositional elements.

Keywords: Politics, Media, Elections, Communication.

Introdução

Em 2009 quando o cenário político parecia já estar definido, uma nova peça entra no jogo. Marina, ex-ministra do Meio Ambiente e reconhecida internacionalmente na luta pelo desenvolvimento sustentável, ao se desfiliar do Partido dos trabalhadores (PT), partido pelo qual militou por três décadas, em um movimento que ajudou a construir, participando das articulações políticas, defendendo as causas sociais e direitos humanos, ganha força na mídia pelas várias enunciações de sua pré-candidatura pelo Partido Verde (PV).

Em 2011, após se desfiliar do Partido Verde, Marina começou o Movimento por uma Nova Política, com o objetivo declarado de incentivar discussões sobre novas formas de fazer política. Esse foi o começo para a Rede, partido que seria fundado em 2013 e no qual a ex-ministra pretendia enfrentar as eleições de 2014.

Após muitos problemas e a rejeição do registro eleitoral por parte do Tribunal Superior Eleitoral, que negou o registro ao partido, a candidata, em uma filiação simbólica, entrou para o PSB (Partido Socialista Brasileiro) onde no mesmo ano lançaria candidatura a Vice-Presidente ao lado de Eduardo Campos, então governador do Pernambuco.

No dia 13 de Agosto, Eduardo Campos morre em um acidente aéreo e uma semana depois, Marina foi oficializada candidata a presidente pelo PSB em união a Rede e aos outros partidos que apoiavam Campos.

Este trabalho traz como objeto de estudo capas de revistas semanais brasileiras, bem como suas reportagens principais, publicadas no período de agosto e setembro de 2014, na cobertura da então candidatura à Presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), da ex-ministra do Meio-Ambiente e senadora petista, Marina Silva, com sua trajetória durante as eleições de 2014. A presente análise objetiva traçar a importância da Mídia na construção e visibilidade da imagem pública trajeto político e eleitoral da candidata.

        Para isso, foram escolhidas quatro revistas de influência nacional: Veja, IstoÉ, Época e Carta Capital, levando em consideração as posições políticas diferentes de cada uma.

Visibilidade e Imagem Pública

        Hoje quando discutimos política, não há como negar a importância da mídia na criação dos cenários de representação, principalmente em um mundo onde a formação da opinião pública depende quase inteiramente do que é veiculado pela mídia. E como sabemos, política busca visibilidade e a obtenção de poder, relações essas, intrínsecas ao sujeito e à sociedade.

“Antes de a mídia impressa e outras mídias serem desenvolvidas, a visibilidade dos líderes políticos dependia em grande parte da sua aparição física diante dos outros, num contexto de co-presença. [...] Com o desenvolvimento da imprensa e de outras mídias, contudo, os líderes políticos ganharam cada vez mais um tipo de visibilidade que se desvincula de sua aparição em pessoa diante de um público reunido.”  (THOMPSON, John B., A nova visibilidade, Matrizes, São Paulo, v. 1, n. 2 , p. 22, 2008)

A chegada das novas mídias e a criação da visibilidade mediada trouxe suas vantagens e desvantagens aos líderes políticos, assim como a facilidade de se tornar conhecido e reconhecido aumentou, a possibilidade de escândalos e informações sigilosas escaparem até o público, também se tornaram maiores. Isso torna a imagem pública de um político, algo frágil e suscetível a riscos inesperados.

        No texto Imagem Pública (2004), Maria Helena Weber nos traz o que Wilson Gomes (1999), chama de “Política da imagem”, que segundo palavras do autor, “transforma a arena política numa competição pela produção de imagens dos atores políticos, pelo controle do modo de sua circulação na esfera pública, pelo seu gerenciamento nos media e pela sua conversão em imagem pública”.

“Como processo, a constituição da imagem pública é mantida como fator vital à visibilidade e reconhecimento de “instituições e sujeitos da política” (partidos, governos, políticos, ideologias, governantes) [...] Trata-se de um processo de construções e desconstruções de verdades, realidades e de legitimidade, tanto de quem fala sobre si próprio, como sobre os próprios espelhos – mídias, espaços, palcos.” (WEBER, Maria H., Imagem Pública, Comunicação e Política: Conceitos e Abordagens, Salvador, p.260, 2004)        

Em cenários de disputa de poder, como uma eleição para presidência, esse jogo, feito entre informação, mídia e público, é essencial para quem pretende a vitória. Controlar a forma como se apresenta e do que apresentar é tão importante como controlar a maneira de como o público vai receber e perceber essa informação. Para isso é preciso estar atento a muitas variáveis, pois não existem formulas prontas e exatas quando se trabalha com a mídia e a opinião pública. Sendo assim, é evidente importância de propagandas políticas e governamentais e a construção de discursos precisos que consigam que o ator político deixe clara suas intensões para seu público, a sobrevivência de um líder político no bios midiático[2], dependerá disso.

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