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O aumento nos casos de doenças mentais nos jovens

Por:   •  25/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  775 Palavras (4 Páginas)  •  185 Visualizações

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O aumento dos casos de jovens com transtornos mentais  

Vários casos de depressão, ansiedade e até suicídios entre jovens anunciados recentemente, alertou pesquisadores e médicos sobre um problema que está crescente em todo mundo, mas que ainda envolve muitos tabus. Mais será que os casos de transtornos mentais realmente aumentaram ou as pessoas que começaram a pedir ajuda?

Segundos dados de pesquisas realizadas nos Estados Unidos entre 2010 e 2015, o número de adolescentes que se sentiam inúteis e sem expectativa de vida aumentou 33%. As doenças muitas vezes não são diagnosticadas de forma precoce, pois muitas pessoas ainda têm preconceito com o tema. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o preconceito e o tabu em torno do tema ainda são os principais empecilhos para o diagnóstico precoce dos fatores de risco que podem levar a pessoa ao suicídio. A entidade alerta que cerca de 97% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, como depressão (37%), bipolaridade, uso de substâncias psicoativas (23%), esquizofrenia e ansiedade (11%), entre outros.

Mas o por que esses jovens estão desenvolvendo tantos transtornos mentais?

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil avaliam que jovens são mais suscetíveis aos sofrimentos emocionais e transtornos mentais, porque nesta fase há muita expectativa e insegurança em relação ao futuro.

Geralmente a partir dos 15 anos de idade começam as preocupações com futuro, qual universidade vai cursar, qual curso, quais as chances de emprego na área, vestibulares, e isso os submetem a pressões que eles ainda não apresentam experiências e habilidades psíquicas para lidar com frustrações e situações de muita responsabilidade.  

A Psicóloga Victória Oliveira, fala que os transtornos mentais começam muito antes da entrada na faculdade, começam nas escolas onde o Bullyng é uma prática infelizmente muito comum, onde muitos jovens além de desenvolver, ansiedade e depressão, acabam também se cortando, esse ato de automutilação é uma maneira que muitos encontram de alívio da dor, achando que a dor física pode ser um alívio no momento. Ela diz que é muito importante os pais sempre estarem observando os filhos, pois quando se há tratamento doenças mais severas como a depressão são prevenidas.

Apesar ainda, da falta de pesquisas sobre o assunto, outro fator que pode estar levando os jovens a atentarem contra a própria vida são as exigências do mundo para ter sucesso e ser perfeito em tudo e a uma cultura que estimula a competitividade entre as pessoas e não proporciona a aceitação do diferente.

Isabel Cristina, 25, diz que sofre de transtornos de ansiedade desde os 19 anos quando entrou para a universidade no curso de Engenharia Elétrica. “ Com a pressão de manter notas altas, conseguir um estágio, estar em forma, conseguir dinheiro para me manter no curso eu fui muito cobrada, mas também me cobrei excessivamente, quando vi já não dormia mais, não me alimentava direito, tinha crises quase todos os dias, foi uma fase péssima, mas procurar ajuda foi a melhor coisa que fiz, os medicamentos e a terapia me ajudam, mas até hoje sofro com crises de ansiedade, falta de ar e bruxismo. ” Explica a Engenheira.

A família é fundamental para a prevenção e o tratamento dessas doenças, a neurologista Christian Muller, coordenador do Departamento de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, explica que crianças que precisam que os pais questionem o que anda acontecendo na escola, conversem e orientem sem filhos. Ela afirma que a maioria de seus pacientes adolescentes, começaram a apresentar os sintomas de seus transtornos na fase infantil e geralmente são mudanças bruscas de comportamento, personalidade e humor, e se alguns pais fossem mais atentos talvez os filhos hoje já estivessem curados, ou nem chegassem a desenvolver as doenças.

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