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Resumo Academico 3 Tipos de Leitores

Por:   •  11/4/2015  •  Resenha  •  831 Palavras (4 Páginas)  •  606 Visualizações

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SANTAELLA, Lúcia. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paullus, 2004.

O texto a seguir apresenta um resumo do 1º capítulo do livro “Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo”, da escritora Lúcia Santaella, que discorre acerca dos tipos de leitores que surgiram no decorrer da história, desde a sociedade pré-industrial até a contemporaneidade. Sua analise se dá através de um método classificatório e comparativo, com o intuito de revelar as características perceptivo-cognitivas apresentadas pelos três tipos de leitores por ele abordados. O capítulo foi estruturado de forma a, primeiramente, introduzir a ideia que seria tratada no decorrer do texto e, posteriormente, apresentar os três tipos de leitores, o leitor contemplativo, o movente e o imersivo, respectivamente.

Primeiramente, Santaella questiona se há a possibilidade do livro, em seu formato atual, esta fadado a desaparecer, assim como ocorreu com os rolos de papiro. A seguir, ela destaca a importância cultural dos livros para a sociedade, uma vez que, desde o Renascimento, eles foram responsáveis pelo desenvolvimento da ciência moderna e da constituição do saber universitário. A autora destaca de maneira clara o seu interesse ao realizar esse trabalho, que não é de responder sobre o passado ou futuro do livro, mas sim delinear o perfil cognitivo do novo tipo de leitor que imerge dos atuais suportes eletrônicos do texto escrito. Por fim, a escritora cita e caracteriza sucintamente os três tipos de leitores. De acordo com a sua classificação, o primeiro, leitor contemplativo, é o meditativo da idade pré-industrial, desde o Renascimento até meados do século XIX. O segundo, movente, é o leitor do mundo em movimento, nasce após a Revolução Industrial. O terceiro, leitor imersivo, é o que imerge em novos espaços incorpóreos da virtualidade.

Ao discorrer acerca do primeiro tipo de leitor, chamado de contemplativo ou meditativo, Santaella o contextualiza citando que devido à instauração obrigatória do silêncio nas bibliotecas de universidades na Idade Medieval, a leitura passou a ser apenas como um gesto de olho, não mais acompanhada de articulação vocal. Assim, a comunicação entre livro e leitor se tornou mais rápida, o que possibilitou uma leitura mais rapida, e consequentemente, de mais textos. A pesquisadora cita Paul Chalus para descrever a transformação do livro manuscrito ao impresso. Basicamente, a aparência e a matéria com que o livro passou a ser feito diferiram bastante e os livros puderam ser reproduzidos de forma mais rápida e fácil. Além disso, a escritora destaca que a leitura individual, seja de um livro manuscrito ou impresso, envolve, além da visão, contemplação e ruminação do texto. Esse tipo de leitor medita, procura, lê e relê, significa e resignifica.

Baseada na obra de Walter Benjamin, a pesquisadora discorre sobre a influencia que a Revolução industrial teve no desenvolvimento do capitalismo, com o avanço tecnológico, surgimento do telégrafo, telefone, jornais e o mundo marcado pela lógica do consumo. Nessa nova realidade, as coisas passaram a ser transitórias, instáveis, superficiais e efêmeras. Dessa forma surge o segundo tipo de leitor, o movente, fragmentado. A autora o caracteriza como apressado, fugaz e ágil, já que se trata de um leitor de fragmentos Por fim, Santaella compra os tipos de leitores afirmando que o leitor meditativo, sem urgências, aprendeu gradativamente a conviver com o leitor movente, leitor de formas, cores, movimentos, luzes, direções e traços.

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