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Stuart Hall e Maria Elisa Cevasco

Por:   •  24/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  749 Palavras (3 Páginas)  •  355 Visualizações

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Pergunta: A sociedade contemporânea (sob qualquer designação que receba) convive com um processo de construção de identidades que se hibridizam nas práticas socioculturais de tal forma que o conflito de classes deixou de existir como centralidade da História?

Resposta: Não acredito que os conflitos de classe deixaram de existir, mas sim, que se moldaram na sociedade contemporânea, como as identidades. Segundo o texto de Stuart Hall, "Identidade Cultural na Pós-modernidade", as "velhas identidades" sofreram um rompimento, dando lugar a identidades novas que surgiram com a modernidade, e mesmo este processo pode ser considerado um conflito (visto que o termo designado para relacionar o assunto é "crise da identidade"). Até o nome identidade não tem um significado conclusivo, pois ao se englobar em discussões sociais, ganha uma complexidade enorme. Inclusive, Hall discorre que há, no mínimo, três tipos de sujeitos diferentes que podem criar uma concepção de identidade: um sujeito mais individualista e racional, um sujeito que interage com a sociedade e até um sujeito que não possuí uma identidade fixa. As identidades são criadas historicamente e se transformam, principalmente em sociedades modernas, que estão sempre em constante mudança. É aí, então, que falamos sobre a globalização, que por mais influente que seja nesses avanços (ou não) da modernidade, não pode ser caracterizada como impulsionadora do hibridismo desses sujeitos e dessas identidades variadas.

Segundo Maria Elisa Cevasco e seu texto "Hibridismo Cultural e Globalização", o fenômeno híbrido ocorre nas sociedades sempre em momentos de conflito, e não necessariamente surgiu com a globalização; na verdade, a globalização e a modernização que facilitam esse processo, que vem dos confins históricos de colonizações europeias, por exemplo. Naquela época, inclusive, poderia ser uma problemática mais evidente e centralizada, pois os conflitos de classe eram bem nítidos com o feudalismo e outros momentos. Entretanto, isso não significa que os conflitos atuais não sejam importantes - mais uma vez, eles apenas se moldam de acordo com o momento histórico.

Ainda sobre o texto de Cevasco, podemos afirmar que nesse mundo globalizado, com todas as emancipações que ele trouxe, como a possibilidade de se conectar com alguém do outro lado do mundo a qualquer momento, põe um valor na cultura de cada lugar. A cultura está sendo capitalizada, e assim podemos citar outro conflito: as divergências entre as pessoas que defendem essa globalização e a forma com que ela está sendo usada, pois criaria um pluralismo e uma diversidade cultural, e as pessoas que acreditam que o hibridismo deve se fixar numa cultural nacional, apenas. O que prova, novamente, que não há a inexistência de conflitos sociais, mesmo no mundo contemporâneo.

Aliás, como Hall disse em seu texto, as concepções do sujeito mudam durante sua história; sendo assim, o sujeito não é centrado. Provavelmente, pelo sujeito ser integrante direto nas diversas identidades e consequências do mundo moderno, nem os conflitos de classes são centrados, pois estes fazem parte do próprio sujeito.

Isso não quer dizer que os conflitos deixam de existir. Além da crise de identidade e das divergências globais, há ainda a ideia da dominação. Essa cultura capitalista tem como resultado as desigualdades

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