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Teorias da recepção – Stuart Hall e o modelo enconding/decoding

Por:   •  13/10/2015  •  Resenha  •  499 Palavras (2 Páginas)  •  1.895 Visualizações

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Teorias da recepção – Stuart Hall e o modelo enconding/decoding

A pesquisa de recepção pode ser considerada um marco nos estudos de comunicação, sobretudo a partir da obra de Stuart Hall. A discussão se acentuou, sobretudo, a partir dos anos 70, com a publicação do texto “Encoding and decoding in television discourse”, de Hall, ao apresentar três categorias da semiologia articuladas à noção marxista de ideologia (leituras preferenciais, negociadas e de oposição). Diante desta problemática, buscamos discutir essas três categorias típico-ideais como um avanço nos estudos culturais e de mídia, apontando para a análise da cultura resultando de um processo (tentativa) de dominação e resistência, mas nunca de total submissão.

Hall desenvolveu esse ramo da análise textual dá atenção à possibilidade de negociação e de oposição por parte da audiência no processo de recepção de um texto (compreendido como não apenas escrito, mas oral e visual). Isso significa que a audiência não é apenas uma receptora passiva de um texto. Sua recepção é um processo ativo, onde há negociação em torno da significação. O significado depende do contexto cultural da pessoa, fator que pode explicar porque alguns aceitam uma forma de leitura de um texto que outros rejeitam. Hall desenvolveu ainda mais essas ideais à frente em sua carreira, com seu modelo de codificação e decodificação do discurso midiático. Segundo esse modelo, o significado de um texto situa-se em algum lugar entre o produtor e o leitor. Embora o produtor codifique seu texto de uma forma particular, o leitor irá decodificá-lo de uma maneira levemente diferente – o que Hall chama de “margem de entendimento”.

A partir do momento que o pensamento de Hall fez com que considerassem alguns fatores para uma melhor compreensão da recepção, o discurso midiático passou a ser estudado mais a fundo.

O que acontece é que a mensagem é um bem simbólico, então existe a fase de produção, circulação, distribuição, consumo e reprodução. Cada pessoa terá um consumo diferenciado por ter uma bagagem cultural única, além do fato de que a mensagem pode ser passada em épocas diferentes, o que resulta a mudança de contexto no entendimento da mensagem que é passada. Com base nisso, é improvável que a intenção do emissor seja alcançada porque cada receptor entenderá a mensagem de sua maneira.

Para entender melhor como pode ocorrer a recepção da mensagem, Hall mostrou que existem três tipos de leituras possíveis:

- Leitura Dominante: Uma posição dominante ou preferencial, quando o sentido da mensagem é decodificado segundo as referências da sua construção. Na leitura dominante, o receptor aceita tudo que vê;

- Leitura Negociada: Uma posição negociada, quando o sentido da mensagem entra em negociação com as condições particulares dos receptores. O receptor aceita apenas parte do que vê, de forma que consegue argumentar com o que está sendo passado.

 - Leitura Resistente: Uma posição de oposição, quando o receptor entende a proposta dominante da mensagem, mas a interpreta segundo uma estrutura de referência alternativa. O receptor não aceita o que vê e cria uma contraproposta.

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