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A Familia

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Por:   •  11/10/2013  •  482 Palavras (2 Páginas)  •  268 Visualizações

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A Família em Desordem (Elizabeth Roudinesco)

Neste livro, publicado em 2002, Roudinesco irá falar sobre a família na sociedade ocidental moderna, e sua aparente desorganização diante dos imperativos que norteiam as relações que se estabelecem entre as pessoas, notadamente as mudanças acontecidas num período de cerca de 30 anos.

Roudinesco parte da questão da liberalização dos costumes, que se traz em seu bojo uma ordem familiar mais flexível, também perde muitas vezes em organização e normatização de costumes - o que até bem pouco tempo atras parecia ser sua tarefa primordial - para a tentativa dos ditos "à margem" de se incluir neste modelo, antes contestado.

De onde surgiria o desejo de casais homoafetivos em poder submeter-se aos mesmo rituais, à mesma ordem familiar, numa tentativa de integração? De que forma lidar com o declínio da autoridade paterna, com a mudança do respeito à sabedoria dos anciões e ancestrais, pelo culto e idolatria à eterna juventude?

Estas e diversas outras perguntas são realizadas ao longo da obra, que começa por um resgate da história da família na antiguidade, passando pelas mudanças estabelecidas nos papéis de homens e mulheres com a virada do século XIX ao XX, tanto do ponto de vista das descobertas e avanços dos campos tecnológicos e científicos, como do campo psi - Freud e a descoberta do Inconsciente.

"A invenção da família edipiana teve tal impacto sobre a vida familiar do séc. XIX, e sobre a apreensão das relações inerentes à família contemporânea, que é indispensável captar por que estranho caminho Freud conseguiu assim revalorizar as antigas dinastias heroicas a fim de projetá-las na psique de um sujeito culpado de seus desejos (...) Herdeira dos mitos fundadores da civilização ocidental ... remetia os homens do final do sé. XIX a um mal-estar estrutural que lhe parecia correlato da degradação da fundação monárquica do pai".

Roudinesco observa que é a partir de meados do século XVIII que a família passa a se assemelhar mais ao que vemos nos dias de hoje – mãe, pai, filhos. De lá para cá, parece ter passado por três fases distintas. Na primeira, constituía-se de relacionamentos arranjados, tendo por meta o aumento e repasse dos bens. Num segundo momento, o casamento passa a ser fundado no amor romântico, na reciprocidade dos desejos e sentimentos, sendo que o dever pela educação do filho vem da nação. A partir de 1960 impõe-se a família dita contemporânea, que se funda a partir de uma duração relativa dos casamentos.

Neste contexto, a figura paterna e a transmissão da autoridade passam a ser cada vez mais problemáticas; a família já não é mais a mesma: divórcios, separações e recomposições conjugais aumentam, deixando-a perdida.

E é assim que Roudinesco partirá da busca da história da família enquanto instituição, tentando explicar os motivos para tantos questionamentos a respeito de limites e autoridade da família contemporânea para, a partir desta análise, poder-se pensar em "afinal-de-contas-qual-família?" em nosso futuro.

Disponível em http://psicologias2011.blogspot.com/2012/01/familia-em-desordem-elizabeth.html

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