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A Filosofia Moral

Por:   •  18/5/2017  •  Resenha  •  988 Palavras (4 Páginas)  •  302 Visualizações

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Uma breve introdução à filosofia moral

Em seu livro A coisa certa a fazer, publicado pela AMGH Editora Ltda. em 2014, os autores usam várias teorias para chegar a uma ideia concreta sobre o que é a moralidade.

O livro começa contando a lenda de Giges, onde um pastor que encontrou um anel mágico que tem o poder de invisibilidade. Ele usa o anel em seu favor e em pouco tempo passa de um pobre pastor ao rei de toda a terra.

No livro A República, de Platão, Glauco usa essa história, e nos faz imaginar que exista dois anéis, um dado a um homem de virtude e outro dado a um trapaceiro. Nenhum dos dois ia seguir o caminho da justiça, os dois iriam querer aumentar sua própria riqueza e poder. Então ele faz a seguinte interrogação: se a pessoa está livre de represálias, por que não faz o que lhe agrada? Por que se preocupar com a moralidade?

Desde muitos anos então, filósofos formularam teorias para explicar o que é moralidade e por que ela é importante. A começar pela teoria do Relativismo, que nos diz que o certo e o errado são relativos aos costumes de uma sociedade, “o certo e errado não passam de nomes para convenções sociais” (J. Rachels, 2014, p. 14).

Os hábitos e costumes de um povo podem ser considerados certos para uma sociedade, mas errados para uma sociedade mais civilizada, por exemplo, isto depende do ponto de vista de cada um. Argumentos fáceis de ser racionalizados, nem sempre devem ser associados como a declaração de código moral da nossa sociedade.

Já para a teoria dos comandos divinos, a vida moral consiste na obediência a comandos divinos. Tendo como exemplo a teoria de Giges, mesmo que fossemos invisíveis, ainda estaríamos sujeitos ao castigo divino.

Sócrates tem a seguinte dúvida: o correto pode ser o mesmo que aquilo que os deuses comandam? Como podemos saber o que os deuses comandam?

Aqueles que têm fé em alguma coisa vão responder essa interrogação articulando que os deuses comandam o que é certo, pois eles são seres “perfeitos”. Ações erradas são consideradas erradas e ações corretas são consideradas corretas.

No livro Ética a Nicômaco, de Aristóteles, “ele ofertou uma teoria detalhada das virtudes as qualidades do caráter que as pessoas necessitam para viver bem” (J. Rachels, 2014, p. 17). As virtudes incluem coragem, prudência e honestidade. Um aspecto da teoria era de que tudo na natureza tem um propósito, portanto o mundo é ordenado e racional, onde cada coisa tem seu próprio lugar.

Na teoria da Lei Natural, é fixado que as coisas na natureza são assim por que foi Deus que planejou assim. Valores e finalidades foram concebidos para serem partes do plano divino. As leis da natureza especificam como as coisas são e como devem ser. Sob esse ponto de vista, as regras morais são um tipo de lei da natureza; algumas condutas humanas são naturais e outras não.

Toda a teoria da Lei Natural perdeu sentido com a chegada da ciência moderna, que transformou a visão das pessoas sobre como o mundo é. Sobre este princípio, o mundo natural em si mesmo não manifesta valor ou propósito, as pessoas podem ter necessidades e desejos que geram valores especiais.

Mais tarde outros filósofos chegaram à conclusão de que não há fatos morais.

A teoria do contrato social nos diz que a ética precisa ser entendida como um fenômeno puramente humano. Thomas Hobbes sugeriu que “somos todas criaturas auto interessadas que querem viver ou viver tão bem quanto possível” (J. Rachels, 2014, p. 20). Esta é a chave para entender a Ética. Ele destacou que cada um de nós fica muito melhor vivendo em uma sociedade cooperativa do que vivendo para si próprios.

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