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A Filosofia do Renascimento

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Por:   •  15/10/2013  •  Seminário  •  598 Palavras (3 Páginas)  •  304 Visualizações

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A Filosofia do Renascimento

A filosofia do Renascimento, marcada pelos extraordinários descobrimentos científicos e o

auge do humanismo, revelou em sua riqueza e variedade as grandes transformações culturais,

econômicas e sociais da época. Sua gradual autonomia em relação à teologia, favorecida pelas

guerras de religião e a consolidação dos estados nacionais, propiciou o surgimento de uma nova

atmosfera ideológica que se caracterizou pela crescente secularização e autonomia do saber.

O mundo renascentista, que não elaborou grandes sistemas metafísicos, estabeleceu as novas

questões e conceitos que determinariam o progresso da filosofia moderna mediante a indagação

de três temas fundamentais: a natureza, o homem e a sociedade.

A revolução científica foi sem dúvida o eixo central das novas concepções. Ao substituir o rígido

geocentrismo aristotélico-escolástico pela idéia de um universo aberto e plural, regido pelas leis

da mecânica e presidido pela ordem matemática, abriu a passagem "do mundo fechado para o

universo infinito" e abriu vastas possibilidades para o conhecimento. A síntese da observação e

da experimentação com a dedução matemática caracterizou a atitude científica do Renascimento,

que teve figuras geniais em Copérnico e Galileu, e alcançou seu ponto máximo no século XVII

graças ao "sistema do mundo" proposto por Isaac Newton. Uma postura mais especulativa,

baseada na idéia de homem como "microcosmo" e ponto de união entre deus e a realidade física,

distinguiu os chamados filósofos da natureza, que sofreram influência de doutrinas esotéricas

como a alquimia e a cabala.

A reflexão sobre o homem e seu lugar no novo mundo descrito pela ciência foi o ponto central

do heterogêneo grupo de pensadores chamados tradicionalmente de humanistas. Partilharam

a rejeição aos preceitos da escolástica, o desejo de recuperar e reorganizar os valores culturais

da antiguidade clássica e o interesse pela estética e a retórica. Dentro desses amplos limites

ideológicos, no entanto, os autores adotaram posturas muito diversas. Em linhas gerais

prevaleceram o humanismo cristão e a tendência à revalorização de Platão frente a Aristóteles,

mas prosperou também um pujante neo-aristotelismo, livre já de seus lastros medievais. No

domínio da moral, revitalizaram-se as escolas helenísticas inspiradas no estoicismo, no ceticismo

e no epicurismo.

A ruptura da ordem feudal criou a necessidade de estabelecer critérios adequados

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