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A História e suas interfaces

Por:   •  12/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.228 Palavras (9 Páginas)  •  147 Visualizações

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A história e suas interfaces

A historia passa na Alemanha, e que se reparte em três tempos históricos distintos, inicia a partir do romance entre um jovem estudante e uma mulher adulta, vale neste momento ressaltar a parte da moral e princípios que fomos criados e levantam analises reflexivas sobre as relações sociais das pessoas que vivenciaram e herdaram a época nazista e sua conduta radical moral. O tempo é avaliado pela exposição dos momentos de vida, de seus pensamentos e inquietudes em relação à vida de um dos personagens, Michael Berg, na sua juventude e nos momentos da vida adulta. Outro personagem que chega a ser intrigante pela postura, pelo oculto que em demasia e a figura de sua amante, Hanna Schmitz.

O encontro dos dois personagens ocorre na cidade de Neustadt, num momento de doença do jovem que voltava da aula, que é auxiliado por Hanna. Depois de uma visita de agradecimento, ambos acabam se envolvendo sexualmente e, com o desenvolvimento da relação, passam a alternar os momentos de relação sexual com a leitura de obras literárias, lidas pelo estudante para a sua amante.

Neste ponto da historia Michael, já está apaixonado e vivendo entre divagações e pensamentos, mas, o fato de Hanna ser uma mulher mais velha que ele, não teria ela, cometido uma atitude imoral, ilícita com o sua condição, ou pessoas são livres para se amarem independentemente da ordem cronológica que nasceram. Dar vazão ao ato sexual à torna imoral? Vejamos:

A palavra moral deriva do latim moris, “relativo aos costumes”, significa o conjunto de regras que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos deveres do homem em sociedade perante os de sua classe. Moral é um ramo da ética e pode ser utilizada em dois sentidos diferentes: amplo e estrito. Numa definição ampla, ela abrange todas as ciências normativas do agir humano, a ética seria a palavra abrigada para essa concepção mais ampla. Numa acepção mais estrita, moral identifica-se como a disciplina dos atos humanos. É o conjunto de normas inspiradas, tendentes a formar o homem perfeito em si mesmo.

Além do sentido normativo, a palavra “moral” apresenta outras acepções no conjunto de valores sociais, cujo se tem o conceito de bons costumes, qualidade de conduta, nesse sentido a palavra é empregada para contra distinguir uma relação de ordem física em face de uma relação de ordem moral; qualidade de uma pessoa, e que corresponde ao conceito aristotélico da virtude, isto é, uma prática que seria a forma mais plena da excelência moral, e por tal razão, não poderia existir em seres ainda em formação, como as crianças. A moral é, portanto, um conjunto de normas de atos do homem na sociedade, é o modo como ele deve se comportar no cotidiano, é a moral de vida. [2]

Para os Filósofos gregos:

Com efeito, o Amor é expressão de conciliação, de mediação, frente à segregação do universo, é o anseio do homem, como assevera Platão [1], por uma totalidade do ser, representando o processo de aperfeiçoamento do próprio eu. De outra maneira, desta feita segundo Sócrates, o amor é “um desejo de qualquer coisa que não se tem e que se deseja ter”[3].

Contudo, Platão não reduz o Amor à procura de outra metade do nosso ser que nos completa[4]; o Amor é a ânsia, conforme pensa o filósofo, de ajudar o eu próprio autêntico a realizar-se. Essa realização se produz na medida em que a vontade humana tende para o Bem e para o Belo: submete-se o corpo ao espírito e o ato de amar desvincula-se de um determinado indivíduo ou atividade (ou coisa), ocupando-se com a pura contemplação da beleza.

Convém assinalar, por oportuno, que o pensar o Amor em Platão deve ser interpretado a partir da premissa de que esse (Amor) subjuga-se à Razão. Sem que seja feita tal observação, impossível se torna a melhor compreensão do pensamento de Platão acerca do Amor.

Dentre os encontros de entre Michael e Hanna, cria um misto de situações que na historia do trovadorismo chamaria de vassalagem amorosa.

O sentimento oriundo da submissão entre o servo e o senhor feudal transformou-se no que chamamos de vassalagem amorosa, preconizando, assim, um amor cortês. O amante vive sempre em estado de sofrimento, também chamado de coita, visto que não é correspondido. Ainda assim, ele dedica à mulher amada (senhor) fidelidade, respeito e submissão. Nesse cenário, a mulher é tida como um ser inatingível, à qual o cavaleiro deseja servir como vassalo. [5]

Michael em toda trajetória da historia é tentado, à todo tempo, satisfazer as vontades de Hanna, que demonstra sempre não se importar muito, sempre altiva, e ate fria, o daí surge,  suas frustrações. Contudo, a relação que se passa entre os dois, perpassada por qualidades de afetividade e de certo carinho (percebe-se que este é o momento mais expressivo no filme do que no livro* nota pessoal), aqui precisamos entender melhor sobre como vemos o amor.

O amor, considerado como o desejo de interação com o outro, impõe, todavia, um tipo de vínculo paradoxal: o ser que ama deve se render ao outro para ser amado livremente. Desta forma, é possível afirmar que o fascínio é fonte de poder: o poder de atração de um sobre o outro. Entretanto, tal “cárcere” não pode ser compreendido como negação da liberdade, posto que a união deve ser circunstância sine qua da expressão cada vez mais enriquecida da nossa sensibilidade e da nossa personalidade. Nesse sentido, a presença do outro é solicitada na sua espontaneidade, pois são os sujeitos que escolhem livremente estar juntos.[5]

Michael passa por dilemas próprios da fase final da adolescência, a escola, a família: base de princípios que adquirimos a sociedade e nossos desejos internos, fato que nos faz refletir e a questão do certo e do errado com base nos que é transmitido, fato que quando Michael rouba para dar a sua irmã uma calça Jeans, para ela saia de casa e assim ele possa levar Hanna para um jantar e assim, satisfazer-se, talvez no mundo dele trazê-la para junto do núcleo familiar. O certo e o errado na conduta do ser humano, agimos racionalmente o tempo todos ou deixamos.

O núcleo do pensamento kantiano sobre a moralidade repousa no conceito de imperativo categórico. Trata-se de uma orientação para o agir da moral racional. Para Kant, o homem, não sendo um Deus, não age natural ou necessariamente no caminho da moralidade. [6]

Seguimos...

Por isso, racionalmente, a moralidade se apresenta como um imperativo. Trata-se de um dever-ser que se apresenta à vontade e à racionalidade humana, e não simplesmente um desdobramento natural do ser do homem. Além disso, é um imperativo para o agir. O imperativo categórico é não apenas um saber que orienta a moral, mas uma diretiva que tem em vista a ação.[7]

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