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A POLÍTICA E ÉTICA EM ARISTÓTELES E MAQUIAVEL

Por:   •  12/4/2018  •  Resenha  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  1.983 Visualizações

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POLÍTICA E ÉTICA EM ARISTÓTELES E MAQUIAVEL

                                           SET/2017

                            CORNÉLIO PROCÓPIO-PR


Aristóteles foi um discípulo de Platão, que defendia a ciência ser o conhecimento verdadeiro. Ele consistia numa visão teleológica, pois para ele tudo tem uma finalidade (telos=fins) que ao mais tardar, se resultaria na eudaimonia, isto é, a felicidade.

           Assim como Platão, Aristóteles discutirá as formas de governo, a relação das cidades e a tripartição das almas, que serão citados ao longo desta dissertação.

 No âmbito político, Aristóteles dizia o homem ser um animal político e racional naturalmente. A natureza política do homem representada pela eudaimonia (o viver bem), relacionada com a eupraxia (o bem agir), viria a resultar numa felicidade plena.

Fará uma análise das constituições de diversa cidades, e usara critérios numéricos quanto aos governantes, e axiológicos (axiós=valores + logia=estudo) quanto as formas de governo, para definir o mais adequado a governar a cidade. Neste contexto, a politéia ou república, seria a melhor forma de governo pois do modo contrário, a “democracia” idealizada no governo do povo, favoreceria os pobres e desfavorecia os ricos. Deste modo, a politéia seria a mediante (representada pela classe média) entre os ricos e os pobres.

A cidade segundo Aristóteles, era o lugar dos amigos, espaço da philia (amizade) que desejavam o bem comum e poderia vir a proporcionar a eudaimonia. A boa vivencia nesta cidade consistia numa natureza das virtudes, que incide numa disposição de caráter. Cabia ao cidadão escolher uma justa medida ou mediania, entre os vícios (considerado falta de caráter), classificados por excesso e carência. Neste contexto de escolher o certo ou errado, tendo em vista uma medida certa entre ambos, é o que demonstra sua ética, sua virtude, ou seja, a phronésis. Esta justa medida implica na virtude de conceder o homem a felicidade.

O bom governo para Aristóteles é aquele que zelava pela justiça e o interesse coletivo. Independente do regime, prevalecia-se a virtude do governante. Deste modo justiça está relacionada a philia e justa medida.

Assim como Platão, Aristóteles também figura uma tripartição da alma, sendo elas divididas entre a faculdade irracional e a racional, onde respectivamente uma nos faz uma comparação aos animais e a outra nos diferencia deles. A faculdade irracional encontra se dividida entre nutritiva/vegetativa (cujo essas se responsabiliza pelo sustento da alma e o corpo) e a desejante (ligados aos desejos, emoções etc.).

 Concluindo, para Aristóteles, a ética era o caminho para educação das virtudes e ela juntamente a política, tornam-se são duas coisas interligadas, uma vez que ambas as virtudes tanto individuais como coletivas, tem por objetivo a eudaimonia, através da justa medida.

 Aristóteles se coincidia com Maquiavel pois ambos consistiam numa política que trouxessem bons resultados ao final, entretanto, cada um tinha sua tese, cujo de Maquiavel apresente-se a seguir.

Nascido na cidade de Florença, localizada na Itália, Nicolau Maquiavel ficou conhecido por ser o instituidor da ciência política moderna.

Seu contexto histórico foi marcado no período do Renascimento, quando a Itália encontrava-se fragmentada, com diversas disputas em busca do poder em Florença. Neste mesmo cenário, Maquiavel vivenciou o governo republicano Médici, onde obteve cargo de Secretário da Segunda Chancelaria, porém, posteriormente, ele foi considerado como um desleal e com isso, foi apartado de suas funções públicas. Retirou através destas experiências, postulados que contribuíram mais tarde em suas obras.

Uma das principais obras de Maquiavel, produzida nesta ocasião foi “O Príncipe”, considerado um grande clássico, cujo tal, apresenta se de orientações das ações que um “príncipe” deveria fazer para conquistar-se e manter-se no poder. Tal obra foi dedicada a Lorenzo de Médici, para que ele se inspirasse e tornasse o “príncipe” da Itália naquele período.

Maquiavel fazia registros sobre o Estado e o governo em sua realidade e não em presunção. Ele descrevia como as coisas eram de fato, de acordo com suas próprias experiências no mundo político e também com grandes relatos históricos políticos de outros vivenciados. Deste modo destaca-se nesse âmbito o realismo político pois para ele, a política fundamenta-se na experiência, nos fatos, o que se percebe no cotidiano. Estabelece então a ciência política.

É na obra O Príncipe que Maquiavel faz uma discussão de grande parte de sua tese sobre ética e política, constituindo uma relação entre elas além de fazer uma distinção da moral individual e da política.

 Maquiavel idealiza a atividade política como algo exterior a moral que por si possuem leis e regras próprias. Ele desprende-se das teorias medievais por serem teocráticas, ou seja, tem um poder ligado a Deus. Contrapõe a este ideal e exalta a vida ativa, ligado a liberdade republicana, o poder pela luta do ser humano.

 Maquiavel, acreditava na existência de um homem virtuoso, que possui virtú (virtude/virtude do guerreiro), ou seja, o indivíduo que age moralmente, sobrepondo o interesse coletivo ao invés do privado, que vence os adversários enfrentado os obstáculos, agindo com firmeza segundo a necessidade. E um bom governante para se manter no poder deveria ter virtú, além de conquistar a fortuna (figura deusa grega). Deste modo, segundo Maquiavel se o príncipe não tem virtú e fortuna, ele não conseguiria administrar o Estado e também, ele deveria contar sempre com a sorte, porém é preciso estar preparado para qualquer ocasião que viesse a acontecer.

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