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A Política de Aristóteles

Por:   •  15/4/2015  •  Dissertação  •  618 Palavras (3 Páginas)  •  189 Visualizações

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        A política de Aristóteles é ligada à moral, ou seja, a formação moral dos cidadãos e os meios necessários para isso. A ética é moral individual, já a política é a moral social, pois o seu objetivo é a coletividade. O estado é superior ao indivíduo, sendo assim, a coletividade é superior ao indivíduo.

        Segundo Aristóteles, a origem do estado é natural e não de uma maneira convencional. Para ele, “é evidente que o estado é uma criação da natureza e que o homem é por natureza um animal político. Se alguém por natureza e não só acidentalmente, vive fora do estado, é superior ou inferior ao homem”. “Quem é incapaz de viver em sociedade, ou não precida dela por ser auto-suficiente, deve ser um animal ou um Deus”.

        O Estado surge pelo seguinte motivo: tornar possível não só a vida, mas também a vida por causa do “viver feliz”. O objetivo da vida é a felicidade, sendo função do estado facilitar a consecução da felicidade, do bem comum.

        Mas por que o homem é considerado um animal político?

        Para Aristóteles, o homem é um animal político por natureza. O homem é o único animal que possui linguagem, e o objetivo da linguagem é deixar claro o que é vantajoso ou desvantajoso, o que é justo ou injusto, de modo que apenas o homem terá a consciência do bem e do mau, da justiça e da injustiça, e o ser humano é o único capaz de fundar e manter um estado, visando o bem comum de todos. Por isso, o homem é um animal político por natureza, e consequentemente a cidade também é algo natural.

        Conforme Aristóteles, o conceito de cidadão varia de acordo com o tipo de governo. Isso porque o cidadão é aquele que participa sempre da elaboração e execução das leis). No entanto, nem todos os que moram na cidade são cidadãos. Aristóteles diferencia habitante de cidadão, pois aqueles apenas moram na cidade, não participam dela, enquanto que esses dos que realmente pensam sobre ela tem o direito de deliberar e votar as leis que conservam e salvam o Estado. Sendo assim, cidadão é aquele que tem o poder executivo, legislativo e judiciário. Os velhos e as crianças não são realmente cidadãos. Os velhos pela idade estão isentos de qualquer serviço e as crianças não têm idade ainda para exercer as funções cívicas.

        Aristóteles também exclui da cidadania, do direito de governar ou de poder participar das decisões políticas, as classes dos artesãos, comerciantes, e trabalhadores braçais por dois motivos: porque não teriam tempo para participar das discussões políticas, pois tinham que trabalhar, e porque o trabalho manual, desprezado pelas sociedades clássicas antigas, embruteceria a alma, tornando o individuo incapaz de praticar uma virtude que exige a reflexão.

        Para ele, a justiça não é algo simplesmente conquistada pela sabedoria, e sim algo associada à amizade, à concordância entre as pessoas com idéias e interesses comuns. A cidade deve ser unificada por essas duas qualidades: amizade e justiça. Segundo Aristóteles, a justiça política é distributiva, não deve dar uma parte igual de algo a cada um, mas levar em conta o mérito e a necessidade de cada pessoa, uma vez que as pessoas são diferentes entre si e possuem necessidades também diferentes. Justo é aquele que toma posse daquilo que lhe cabe e distribui a cada um, segundo suas necessidades, o que é devido.

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