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A Questão Da Felicidade Em Aristóteles

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Por:   •  13/10/2014  •  1.207 Palavras (5 Páginas)  •  523 Visualizações

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A Questão da Felicidade em Aristóteles

Fabio Ronaldo Meneghini dos Santos

Curso de Filosofia_licenciatura Plena

Universidade Federal de Santa Maria

Fabio_filosofia@hotmail.com

O artigo que segue, abordará sobre as considerações de Aristóteles no que se refere à questão da felicidade ponto principal presente no Livro X da obra “Ética à Nicômaco” de Aristóteles.

O conceito de felicidade é humano e mundano. Nasce na Grécia antiga, onde Tales de Mileto julgava feliz "quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada" (Dióg. L., I, 1, 37).

Já Demócrito definia a felicidade como a “medida do prazer e a proporção da vida”, ao qual era preciso manter-se afastado dos defeitos e excessos. Platão por sua vez, negava que a felicidade incidisse no prazer julgando-a estar ligada à virtude:

“Os felizes são felizes por possuírem a justiça e a temperança; os infelizes são infelizes por possuírem a maldade” (Górgias, 508b)

Na filosofia grega a felicidade é o fim último e o supremo bem do homem, o que constitui o verdadeiro sentido de sua vida; na verdade, só se tinha em desígnio a realização imperfeita, terrena, de dito bem supremo. Várias foram as concepções acerca do conteúdo da felicidade: perguntava-se se ela era o prazer ou a posse de bens exteriores, ou a virtude, ou o conhecimento; se era dom e mercê dos deuses ou fruto do esforço próprio.

A filosofia contemporânea ainda não se deteve para considerar a noção de felicidade nos limites em que ela pode convir para expor situações humanas e orientá-las. Não obstante, a importância dessa noção é hoje confirmada pelo interesse que algumas noções negativas como "frustração", "insatisfação", etc, têm na psicologia individual e social, normal e patológica. Estas noções e outras parecidas indicam, pois, a ausência mais ou menos grave da condição de satisfação pelo menos relativa que a palavra felicidade tradicionalmente designa. A importância destas para a análise de estados ou condições mais ou menos patológicos evidencia a importância que a noção positiva correspondente tem para as condições normais da vida humana.

Aristóteles nasceu no ano 384 a.C., em Estagiros. Filho de Nicómaco e Faístias, fora educado por um tutor (Próxeno d´Atarneia) devido o falecimento de seus pais muito cedo. Aos 17 anos de idade mudou‐se para Atenas, onde durante vinte anos recebera os ensinamentos de Platão, até à morte deste. Havia uma relação de proximidade entre ambos, embora Aristóteles divergisse de Platão em alguns aspectos. Temas como o bem, a coragem, a felicidade, a justiça, as virtudes, fazem parte da obra de Aristóteles, da qual se destacam títulos como: Ética a Eudemo, Ética a Nicómaco e Magna Moralia. O filósofo viria a falecer com 62 anos de idade, no ano 322 a.C., em Cálcia.

Segundo Aristóteles, a felicidade é o fim que natureza humana visa. E, a felicidade é uma atividade, pois não está acessível àqueles que passam sua vida adormecidos. Ela não é uma acomodação. À felicidade nada falta, ela é completamente auto-suficiente. É uma atividade que não visa a mais nada a não ser a si mesma. O homem feliz, basta a si mesmo. Uma vida virtuosa exige esforço e não consiste em divertimento. Portanto, a recreação não consiste em felicidade. Por isso, conclui o filósofo que; a boa atividade na virtude torna–se felicidade. Porém, para por em prática os atos justos e bons são necessárias outras coisas. Por exemplo: um homem liberal necessitará de dinheiro para por em prática seus atos. Por isso, segundo Aristóteles, devemos questionar o que é melhor: a vontade ou a ação? Pois, quanto mais nobres e justos forem os atos mais coisas serão necessárias para sua realização. Temos então que, segundo o filósofo, a contemplação é a melhor das atividades, pois, para ela ser realizada não carecemos de mais nada. Por isso, podemos concluir que os animais incapazes (seres não racionais)

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