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A Redescoberta Da Racionalidade

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Por:   •  14/8/2014  •  1.445 Palavras (6 Páginas)  •  301 Visualizações

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1 A Redescoberta da Racionalidade

A passagem do pensamento clássico Grego para o pensamento Medieval foi marcado por grandes repressões. A religião predominante neste período era o Cristianismo que condenava as práticas e os pensamentos da sociedade Grega, pois os Gregos eram politeístas e de uma tradição racionalista, sendo que o Cristianismo é Monoteísta e condenava as praticas e a cultura Grega até então.

Sendo assim os Pensadores e Filósofos da época se ocupavam em conciliar Fé e Razão, no âmbito de conhecimento da natureza, sendo esta interpretada como escritura divina na qual ciência e moral se tornam uma só a modo de ilustrar a verdade teológica, ou seja decifrar mensagens divinas na natureza, os filósofos e Estudiosos não poderiam buscar descobrir coisas novas, coisas que não estariam relacionadas com os interesses da igreja, ou seja, tendo apenas Deus no centro, Teocentrismo.

Mas com a força do pensamento Humano, a Igreja começou a abrir a porta do conhecimento. A partir do século XII, com a finalidade de fortalecer a fé a igreja retoma a dialética, Introduzida pela escola Patrística e revitalizada pela escolástica, surgindo assim nos séculos XII e XIII as primeiras Universidades, que eram dominadas pela Escolástica. Neste período começaram a ser traduzidas a obras Gregas que haviam sido proibidas pela Igreja durante a Idade Média, com esses fatores como a decadência do feudalismo, houve uma grande revolução cultural que ficou conhecida como Renascimento.

Com o Renascimento a Sociedade já podia pensar livremente sem a interversão da Igreja, causando assim uma grande revolução racional na sociedade da época, em campos como medicina e cosmologia, chegam as universidades da época, sendo que as mesma tinha grande restrições a pesquisa principalmente no campo da medicina onde os pesquisadores só podiam dissecar animais mortos, no período do renascimento foi feita a primeira dissecação humana, uma verdadeira descoberta de novas portas para a medicina da época.

Com a revolução do Renascimento, a racionalidade saiu da censura que era presa pelas dogmáticas da igreja e passa a ser debatido em Universidades da época relacionadas a resolução de divergentes perante algumas ideias, por meio de Argumentos Lógicos.

Francis Bacon, foi o pioneiro da nova ciência em experimentação empíricas, ou seja, uma ciência que não tivesse presa aos dogmas e nem aos enganos comuns, acreditava que o homem dominava a natureza e teria assim um poder de domínio sobre a mesma, trazendo assim a ciência para progresso e expansão do império Humano, tendo assim uma ideia contraria a ideia dos gregos que acreditavam que o homem tinha que conhecer por conhecer, para bacon o conhecimento é responsável pelo progresso da vida humana e pelo melhoramento da qualidade de vida dos homens.

2 Caminhos possíveis para o conhecimento

Descartes e o Racionalismo

Descartes distingue três tipos de ideias: inatas, adventícias e factícias. As ideias adventícias são aquelas que nos chegam a partir dos sentidos, as factícias são provenientes da nossa imaginação, uma combinação de imagens fornecidas pelos sentidos e retidas na memória cuja combinação nos permite representar (imaginar) coisas que nunca vimos. A grande questão porém é a de saber se todas as nossas ideias se podem explicar destes dois modos. Será o triângulo uma ideia adventícia? Como explicar então a sua perfeição? Será uma ideia factícia? Como explicar nesse caso a sua universalidade? E a ideia de Deus? Como explicar que seres finitos e imperfeitos como os homens são, possam ter a ideia de um ser infinito e absolutamente perfeito?

A resposta de Descartes é a de que para além das ideias adventícias e factícias os homens possuem ideias inatas, ideias que, nascidas conosco, são como que a marca do criador no ser criado à sua imagem e semelhança. Estas ideias inatas, claras e distintas, não são inventadas por nós mas produzidas pelo entendimento sem recurso à experiência. Elas subsistem no nosso ser, em algum lugar profundo da nossa mente, e somos nós que temos liberdade de as pensar ou não. Representam as essências verdadeiras, imutáveis e eternas, razão pela qual servem de fundamento a todo o saber científico.

Descartes

- propôs um sistema filosófico - ou seja, um conjunto coerente de conhecimentos - que tornava possíveis respostas para todas as questões filosóficas.

- com a verdadeira revolução cientifica que foi o Renascentismo - e que resultou novas formas de ver e interpretar o mundo-, surgiu a possibilidade do desenvolvimento de um novo sistema.

- principio da duvida: deveríamos desconfiar não apenas do saber passado, mas também daquilo que nos é oferecido pelos sentidos.

A realidade percebida pelos sentidos é enganosa “e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez”.

Além disso, nunca podemos ter certeza de estar vivendo uma experiência real ou de estar apenas sonhando.

Descartes se aproxima de Platão. Ele diz que a única certeza absolutamente incontestável é justamente a nossa capacidade de duvidar. Essa capacidade é fruto da razão: portanto, a única certeza que temos, e que nos define enquanto indivíduos, é nossa capacidade de pensar. O pensamento existe, e como não pode ser separado do individuo, o individuo tambem existe, "penso, logo existo"

- a matemática, que decompõe problemas complexos em partes menores e os resolve um de cada vez, era vista por Descartes como exemplo de método racional. O pensamento de Descartes retoma a tradição do racionalismo, cujas origens remontam a Platão e que se funda na ideia de

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