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A Redescoberta Da Racionalidade.

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Por:   •  25/11/2014  •  1.429 Palavras (6 Páginas)  •  316 Visualizações

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A Redescoberta da Racionalidade.

A passagem do pensamento clássico Grego para o pensamento Medieval foi marcado por grandes repressões. A religião predominante neste período era o Cristianismo que condenava as práticas e os pensamentos da sociedade Grega. Os Gregos eram politeístas e de uma tradição racionalista, sendo que o Cristianismo é Monoteísta e condenava as praticas e a cultura Grega até então.

Sendo assim, os Pensadores e Filósofos da época se ocupavam em conciliar Fé e Razão, no âmbito de conhecimento da natureza. Esta era interpretada como escritura divina na qual ciência e moral se torna uma só a modo de ilustrar a verdade teológica, ou seja, decifrar mensagens divinas na natureza. Os filósofos e Estudiosos não poderiam buscar descobrir coisas novas, coisas que não estariam relacionadas com os interesses da igreja, ou seja, tendo apenas Deus no centro, Teocentrismo.

Mas com a força do pensamento Humano, a Igreja começou a abrir a porta do conhecimento. A partir do século XII, com a finalidade de fortalecer a fé a igreja retoma a dialética, introduzida pela escola Patrística e revitalizada pela Escolástica, surgindo assim nos séculos XII e XIII as primeiras Universidades, que eram dominadas pela Escolástica. Neste período começaram a ser traduzidas as obras Gregas que haviam sido proibidas pela Igreja durante a Idade Média. Mediante esses fatores como a decadência do feudalismo, houve uma grande revolução cultural que ficou conhecida como Renascimento.

Com o Renascimento a Sociedade já podia pensar livremente sem a intervenção da Igreja, causando assim uma grande revolução racional na sociedade da época. Em campos como medicina e cosmologia, chegam às universidades da época, sendo que as mesmas tinham grandes restrições a pesquisa, principalmente no campo da medicina onde os pesquisadores só podiam dissecar animais mortos. No período do renascimento foi feita a primeira dissecação humana, uma verdadeira descoberta de novas portas para a medicina.

Com a revolução do Renascimento, a racionalidade saiu da censura que era presa pelas dogmáticas da igreja e passa a ser debatido em Universidades relacionadas à resolução de divergentes perante algumas idéias por meio de Argumentos Lógicos.

Francis Bacon, foi o pioneiro da nova ciência em experimentações empíricas, ou seja, uma ciência que não estivesse presa aos dogmas e nem aos enganos comuns. Ele acreditava que o homem dominava a natureza e teria assim um poder de domínio sobre a mesma, trazendo a ciência para progresso e expansão do império Humano, tendo assim uma idéia contraria a idéia dos gregos que acreditavam que o homem tinha que conhecer por conhecer. Para Bacon o conhecimento é responsável pelo progresso e pelo melhoramento da qualidade de vida dos homens.

Caminhos Possíveis para o Conhecimento.

Descartes e o Racionalismo:

Descartes distingue três tipos de idéias: as inatas, as adventícias e as factícias. As idéias adventícias são aquelas que nos chegam a partir dos sentidos. As factícias são provenientes da nossa imaginação, uma combinação de imagens fornecidas pelos sentidos e retidas da memória cuja combinação nos permite representar (imaginar) coisas que nunca vimos. A grande questão, porem é a de saber se todas as nossas idéias se podem explicar destes dois modos. Será o triângulo uma idéia adventícia? Como explicar então a sua perfeição? Será uma idéia factícia? Como explicar nesse caso a sua universalidade? E a idéia de Deus? Como explicar que seres finitos e imperfeitos como os homens possam ter a idéia de um ser infinito e absolutamente perfeito?

A resposta de Descartes é a de que para além das idéias adventícias e factícias os homens possuem idéias inatas, idéias que, nascidas conosco, são como que a marca do criador no ser criado à sua imagem e semelhança. Estas idéias inatas, claras e distintas, não são inventadas por nós, mas produzidas pelo entendimento sem recurso à experiência. Elas subsistem no nosso ser, em algum lugar profundo da nossa mente, e somos nós que temos liberdade de pensá-las ou não. Representa as essências verdadeiras, imutáveis e eternas, razão pela qual servem de fundamento a todo o saber científico.

Descartes propôs um sistema filosófico - ou seja, um conjunto coerente de conhecimentos que tornava possíveis respostas para todas as questões filosóficas.

Com a verdadeira revolução cientifica que foi o Renascentismo e que resultou novas formas de ver e interpretar o mundo, surgiu a possibilidade do desenvolvimento de um novo sistema.

O principio da duvida: deveríamos desconfiar não apenas do saber passado, mas também daquilo que nos é oferecido pelos sentidos.

A realidade percebida pelos sentidos é enganosa “e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez”.

Além disso, nunca podemos ter certeza de estar vivendo uma experiência real ou de estar apenas sonhando.

Descartes se aproxima de Platão. Ele diz que a única certeza absolutamente incontestável é justamente a nossa capacidade de duvidar. Essa capacidade é fruto da razão: portanto, a única certeza que temos, e que nos define enquanto indivíduos é nossa capacidade de pensar. O pensamento existe, e como não pode ser separado do individuo, o individuo também existe, "penso, logo existo!”

A matemática, que decompõe problemas complexos em partes menores e os resolve um de cada vez, esta ciência era vista por Descartes como exemplo de método racional. O pensamento de Descartes retoma a tradição do racionalismo, cujas origens remontam a Platão e que se funda na idéia de o saber se originar

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