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A Ética Por Hans Jonas

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Por:   •  13/3/2014  •  1.119 Palavras (5 Páginas)  •  650 Visualizações

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1. A Ética por Hans Jonas

Hans Jonas, último filósofo Judeu nascido na Alemanha (1903 – 1993), viveu a crise Europeia da década de 20 e 30, além de presenciar a primeira e a segunda guerra mundial, os acontecimentos vividos fizeram com que Hans Jonas refletisse sobre a forma com que o desenvolvimento tecnológico, foi decisivo para alargar grandes destruições em grandezas nunca imagináveis.

Pelo fato Jonas ser judeu, teve uma formação baseada na leitura dos profetas Hebreus, estudou Teologia e Filosofia em Freiburg, se especializando em Fenomenologia e Existencialismo. Com a chegada dos Nazistas ao poder Jonas migra para a Palestina.

Em 1940, Jonas se alista para o exercito Britânico e decide lutar contra Hitler, nesse período Hans não estudou. No ano de 1945 Jonas pisa em terras Alemãs, conforme havia jurado, como um soldado vitorioso. Desde a década de 30 Jonas não publicou nem um escrito na língua alemã, por motivos particulares “Não posso publicar em um país que assassinou minha mãe” (JONAS, 2005, p.252).

Hans Jonas ficou conhecido principalmente devido a sua obra O Principio da Responsabilidade (1979), onde se concentra nos problemas éticos sociais criados pela tecnologia. Hans Jonas quer sustentar que a sobrevivência humana depende dos nossos esforços para cuidar do nosso planeta e seu futuro.

2. A nova ética proposta por Hans Jonas

Jonas aponta para o choque causado pelas bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki como um marco inicial do abuso do homem sobre a natureza causando sua destruição, Hans tinha uma consciência de um apocalipse gradual decorrente do perigo do progresso técnico global e o seu uso inadequado. Para Jonas o homem passou a manter com a natureza uma relação de responsabilidade, pois ela se encontra sob seu poder, outro grave questionamento era a manipulação do patrimônio genético do ser humano que poderá introduzir alterações duradouras e imprevisíveis consequências no futuro. Conclui dizendo que é necessária uma nova proposição ética que contemple a natureza e não somente a pessoa humana.

Todas as éticas tradicionais dizem que:

1. A condição humana, resultante da natureza do homem e das coisas, permanecia fundamentalmente imutável para sempre.

2. Baseado nesse pressuposto podia-se determinar com clareza e sem dificuldade o bem humano.

3. O alcance da ação humana e de sua consequente responsabilidade estava perfeitamente delimitado.

Todo bem e mal que a capacidade humana pudesse proporcionar situava-se dentro dos limites, não afetando a natureza das coisas extra-humana, ou seja, a natureza não era responsabilidade humana, pois cuidava de si mesma. A ética tinha que ver o aqui e o agora.

Jonas substitui os antigos parâmetros éticos, entre os quais o imperativo Kantiano que constitui em um exemplar: "Age de tal maneira que o princípio de tua ação transforme-se numa lei universal", Jonas propõe um novo imperativo: "Age de tal maneira que os efeitos de tua ação sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana autêntica" ou formulado negativamente "não ponhas em perigo a continuidade indefinida da humanidade na Terra".

Com a vulnerabilidade da natureza sob a ação tecnológica do homem mostra uma situação inusitada, pois nada na biosfera torna-se passível de ser alterada, o que deve-se considerar que não somente o bem humano deve ser cobiçado mas também toda a natureza extra-humana. Outras intervenções na natureza própria do ser humano revelam desafios para o pensamento ético com relação a condição humana.

Hans Jonas tem uma série de interrogações sobre o prolongamento da vida humana e a intervenção do homem em relação a manipulação genética onde está em suas próprias mãos a evolução, e adverte: "Ante um potencial quase escatológico de nossa tecnologia, a ignorância sobre as últimas consequências será em si mesma razão suficiente para uma moderação responsável (...) H outro aspecto digno de menção, os não-nascidos carecem de poder (...) Que força deve representar o futuro no presente?"

Diante de um poder tão extraordinário que o homem adquiriu, ficamos desprovidos de regras moderadoras para ordenar a ação humana, e o enorme desajuste só será corrigido pela formulação de uma nova ética segundo Jonas.

Hans, quando formulou o

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