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AUTOCONFRONTO:PEQUENO ENSAIO SOBRE A EGOLOGIA HUMANA

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Por:   •  7/9/2013  •  1.162 Palavras (5 Páginas)  •  609 Visualizações

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AUTOCONFRONTO:PEQUENO ENSAIO SOBRE A EGOLOGIA HUMANA

Antônio Sabino da Silva Filho – jurista e filósofo

Conhece-te a ti mesmo! Há um grande dificuldade no autoconhecimento, pois, previamente, deve-se passar obrigatoriamente pelo autoconfronto. Confronto com seu eu, com sua própria natureza. Pergunta cíclica: quem sou eu? Quem eu sou? O que eu sou? E como eu sou? Haveria, portanto, necessidade de outrem para me apresentar a mim mesmo? E este outrem, seria alguém com minha mesma natureza, ou deveria ter natureza distinta da minha, para que pudesse discernir entre a boa e a má natureza?

A grande batalha interna não é o aoutoconhecimento. Não, este é o resultado de um processo mais doloroso e árduo para o ser, denominado autoconfronto. Como, poderia o ser cognoscente, ser, ao mesmo tempo, o conhecedor e o objeto a ser conhecido? Deve, assim, haver um retorno, um mergulhar sobre si mesmo, mas este mergulhar sobre si mesmo não ocorreria se não fosse por um impulso, uma impetuosa força que o levaria, invariavelmente, ao seu próprio íntimo.

Cremos que ninguém consegue tal proeza se não for compelido por essa força, que alguns chamam de consciência, outros chamam de despertar, outros, ainda, chamam de arrependimento. No entanto, como ativar a força? Seria ela interior ou exterior? Se interior, em qual dos cômodos da alma se encontra? Se exterior, em qual alma se econtra? Ser humano, ser pensante, ser existente, ser criatura, ser sentimental, ser vivo, ser racional, ser individual e coletivo, ser amante, ser amável.

É um misto de tudo, tudo dentro de uma só casca, dentro de um só invólucro. E ainda por cima é ser que sonha. Sonhar, então é humano? Então, se ser humano sonha, se posso sonhar, sou, então, no mínimo, humano. E a dor? E o erro? E o engano? E o pecado? E o arrependimento? E o perdão? E o não perdão? Para onde olhar, se seu olhar vive perdido no vácuo de teus caminhos interiores?

Triste é o riso do que sente a dor sozinho, e não pode dela falar a ninguém. Pois não há humano que possa se colocar na situação de outro humano. Ai de mim, quesou humano!!! Ai de ti, que insiste em ser humano! Errar é humano, mas não tanto, pois, o ser humano não tolera o erro humano. Somente Deus, Senhor dos Senhores, perdoa setenta e sete vezes sete, pois não é humano. É simplesmente Deus. Ninguém pode ser tão divino para perdoar, para amar, para dar de si mesmo aquilo que não tem ou que não teve. É a realidade. Não dá pra viver, destarte, apenas perante a própria humanidade, sendo, portanto, necessária a sobrehumanidade.

Retorna-te ao tem próprio autoconfronto! Lá estão todos os teus medos, todos os teus vícios, todas as tuas incúrias, todas as suas desgraças, todas as tuas noites negras, todos os teus dias cinzas, todo teu sangue derramado... mas também encontra-se lá tua redenção, tanto a autoredenção como a redenção daqueles que não suportariam ver teu aoutoconfronto. O fogo queima, mas destrói as impurezas do ouro. Limpa, purifica. Autoconfronto é fogo, fogo que sai de ti mesmo, fogo quase insuportável, mas fogo de restauração.

Não podes, jamais, levar outro ser humano ao teu aoutoconfronto! É proibido! É nocivo, é periculoso, é paradoxal, é letal, é insano! Deixa que cada um ter sua próprias laceração de alma. Alma, não se compara com a consciência. Esta está abaixo da escala dos medos, dos desejos, das paixões, das redenções, do que é obscuro, do que é puro e do que é impuro. É residual, é superficial. É desconexa, é inconstante, é aparente, é natural, é etérea,é enganosa, é autocorrosiva. Fugi, pois do consciente, e refugia-te na alma. Esta é essência, é vida, é existência. Onde foram todos aqueles que viveram antes dos tempos vindouros? Transportamos tudo que somos para a dimensão do eu. Não existiria eu, se não existisse vida. E vida, é alma, supraconsciência, criação eterna.

Os dias se misturam. Os anos se misturam. Os séculos se misturam. Diante dos olhos, os mesmo caos que imperou no mundo há tempos. Tempo? Quem é esse tal de tempo, que jamais perdoou aqueles que o desafiaram? O tempo é desnudado pelos sonho do autoconhecimento, do desejo de compreender

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