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Apologia De sócrates

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Por:   •  18/11/2014  •  673 Palavras (3 Páginas)  •  243 Visualizações

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Introdução

Estamos diante de um dos raros momentos significativos da nossa história. É um instante literário, filosófico, político, jurídico e social que se torna um marco histórico, por meio das mãos literárias de Platão. Este, nobre aristocrata, soldado, habitante de uma das demos (bairro onde moravam os atenienses) de Atenas, agora, o discípulo mais notável de Sócrates, traz à tona, o cenário que envolveu a morte trágica de seu mestre.

Platão, imbuído de um senso de justiça, vem a público, por meio de este documento revelar os bastidores do assassinato de seu professor, embora, de certo modo, foi também um suicídio, pois, Sócrates, a contento da decisão dos membros da assembleia ingere de suas próprias mãos o recipiente contendo veneno. Mas é também, uma pena de morte efetuada por razões jurídicas firmadas em decisão da cidade-estado grega Atenas, que através de seus representantes no momento citado aceitaram a acusação contra Sócrates, o julgando e o condenando.

Portanto, o presente resumo vem por meio do pensamento de Platão tornar público o repúdio pela morte de seu mestre, mostrando a ausência de provas, de testemunhas oculares, de corpo jurídico penal apropriado, principalmente, à falta de magistrados idôneos para avaliação das provas contra Sócrates.

O texto de Platão, traz à lume um pouco da biografia de Sócrates, pois, o mesmo está com idade avançada, chegando em uma análise biológica ao fim dos seus dias. Então, Platão encontra elementos para destacar a ascensão de seu mestre ao gabarito de o sábio mais importante de sua geração.

O veio literário que se desdobra revela, logo de início a chegada de Sócrates ao topo de pensador mais relevante de sua época, ao revelar por meio dos lábios de Sócrates que o auge de seu conhecimento em premissa inicial provém dos Deuses que guardam e protegem aos atenienses. Pois, foram eles, através de uma consulta, ao seu oráculo mais importante, o de Delfos, que consolidou Sócrates como o sábio mais elevado de todos os cidadãos atenienses.

Aqui, começa então, ao mesmo tempo o sucesso e o martírio que irrompe por toda a história de vida de Sócrates diante de seus contemporâneos. Ao mesmo tempo que se inicia uma perseguição desmedida contra seus pensamentos, ficando mais evidente um ciúme e inveja dos seus opositores, uma crescente popularidade do seu saber principalmente diante dos jovens. Neste caso, o próprio Platão, aos vinte anos, é atraído por tão grande expectativa.

No desenrolar do documento, Platão, aponta as razões das acusações contra Sócrates. Juridicamente, a de ir contra a existência dos deuses e de corromper os jovens com tais argumentos. Em segunda instância, para Platão, que nomeia os três principais acusadores e suas funções no estado ateniense, fica evidente o caráter pessoal da querela, tendo como motivação mais uma inveja pelo alcance da publicidade de Sócrates entre a juventude e seu crescente sucesso.

Para Platão, ao revelar os opositores, ele também, traz à tona a fragilidade das provas, e embutido nesta revelação, a problemática da pena de morte, a deficiência do sistema jurídico ateniense e a dificuldade da civilização grega em conviver com ideais de nobreza avançados alicerçados em teorias filosóficas, conjuntamente, em ter dificuldade de convivência em seu meio social com figuras como Sócrates, que por meio de seu método desperta duvidas, incertezas e muitas vezes ódio em todos que se aproximam de sua teoria sobre principalmente as questões vitais da vida.

Conclusão

Finalmente, mesmo revelando as falhas do julgamento, a busca por outro meio de punição, Sócrates aceita seu destino. Sua morte agora é evidente, ele está destinado a pena de morte, e não ostracismo, ou exílio. Mas, no seu momento final, Platão consegue resgatar a notabilidade de seu mestre, que de novo volta a Delfos, para encontrar na crença de seus deuses, a resignação para sua morte já profetizada. Sócrates, por através de Platão, demonstra uma coragem significativa diante de sua pena capital, ao compreender filosoficamente, que tal decisão não é somente sua apenas, mas, também, provém dos deuses que aceitam seu destino, ou melhor, o providenciaram para por meio de sua morte, revelar as mazelas do caráter ateniense.

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