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Autoria E Engajamento

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Por:   •  13/4/2014  •  492 Palavras (2 Páginas)  •  263 Visualizações

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Conforme o sujeito observa os fenômenos quotidianos, ele passa a raciocinar e criar opiniões sobre esse fenômeno observado, e desenvolve uma expressão crítica do mundo visível.

Segundo Giorgio Agamben, na experiência o sujeito e o objeto “formam e se transformam” um em relação ao outro e em função do outro.

Todas as imagens contêm um inconfundível índice histórico, uma data inesquecível e, contudo, graças ao poder especial do gesto, tal índice remete agora a outro tempo, mais atual e mais urgente do que qualquer outro tempo cronológico.

O engajamento é como a autoria e, a autoria é como a presença do sujeito-autor na obra, pois cumpre uma função na cultura política do engajamento, que confirma que o que foi feito não será esquecido, e o engajamento no qual o “autor como gesto” garante a autoria como ação política.

Portanto, quando se tem um acontecimento muito grande, você pode entrar no acontecimento e extrair imagens dele, mesmo que não tenha o objetivo de descrevê-lo, e sim de se ter uma visão pessoal do acontecimento a partir dos seus pressupostos internos. Equivalente a um gesto de engajamento, de compromisso com uma causa.

Em contrapartida, para Sartre, visto que a consciência é leve e insubstancial, o filósofo pode aceitar o apelo de todos os fatos e de todos os acontecimentos, não se deixando impregnar por eles, conservando a soberania. Para Merleau-Ponty, por que a consciência é encarnada num corpo e situada na intercorporeidade e na intersubjetividade, o filósofo não pode, para usarmos a expressão que emprega no elogio da filosofia "dar o assentimento imediato e direto sobre todas as coisas, sem considerandos”. Isso significa como escreve, que "é preciso ser capaz de tomar distância para ser capaz de um engajamento verdadeiro, o qual é sempre também um engajamento na verdade".

Para Merleau-Ponty, ao contrário, o filósofo só pode participar falando, expressando-se e não agindo: o filósofo “não participa como os outros; falta ao seu assentimento algo de maciço e carnal... A reflexão o cerceia a princípio, mas para fazê-lo melhor sentir os liames de verdade que o ligam ao mundo e à história”.

Maurice Merleau-Ponty, vai a contrapartida com as ideias de Giorgio Agamben, ele diz que o filósofo só pode participar falando, expressando-se e não agindo: o filósofo “não participa como os outros; falta ao seu assentimento algo de maciço e carnal... A reflexão o cerceia a princípio, mas para fazê-lo melhor sentir os liames de verdade que o ligam ao mundo e à história”.

O filósofo deve estar limitado a apenas observar o fenômeno, e fazer uma reflexão sobre ele. Deve haver uma limitação entre objeto de estudo e o papel da filosofia. Essa limitação é positiva, pois ela mantém o filosofo distante suficientemente para que ele perceba qualquer detalhe, que poderia não ser observado se o filosofo não fosse limitado a observa. Isso significa como Merleau-Ponty escreve, "é preciso ser capaz de tomar distância para ser capaz de um engajamento verdadeiro, o qual é sempre também um engajamento na verdade".

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