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BRASIL, DO PASSADO AO PRESENTE

Por:   •  24/1/2017  •  Dissertação  •  1.299 Palavras (6 Páginas)  •  405 Visualizações

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BRASIL, DO PASSADO AO PRESENTE

Os portugueses chegam ao Brasil no ano de 1500, mas a colonização do nosso país só se deu em 1530. Nesse intervalo de anos, foram enviados portugueses as terras brasileiras para fazerem algumas expedições, essas tinham como objetivos principais o reconhecimento territorial das terras e locais que seriam utilizados como base para a exploração do pau-brasil. Estes primeiros portugueses que chegaram só fizeram a princípio uma exploração dos territórios litorâneos. Eles permaneciam somente uns, podendo chegar até, logo em seguida voltavam à Portugal. Neste mesmo período ocorreu também os primeiros contatos com os povos nativo que habitavam o território brasileiro. Os portugueses começaram a usar a mão-de-obra indígena na exploração do pau-brasil. Em troca, ofereciam objetos de pequeno valor que fascinavam os nativos como, por exemplo, espelhos, apitos, chocalhos, etc.

        Os portugueses vendo a inocência dos indígenas, ou seja eles viram nessas idas e vindas uma oportunidade de obter recursos para seu país a baixo custo, recursos esses que os mesmo haviam encontrado no Brasil, sendo assim começaram a fazer uso da mão-de-obra dos indígenas, viram que eles possuíam um grande domínio na agricultura, o modo eficaz como eles produziam culturas agrícolas em meio a floresta, como seus produtos apresentavam uma ótima qualidade, em especial a cana-de-açúcar. Grandes quantidades de açúcar eram produzidas nos engenhos estabelecidos nas regiões, principalmente aqui no nordeste. O produto produzido (açúcar) era exportado para Portugal, onde seria comercializado por todo o mercado europeu, dessa forma haveria o enriquecendo os senhores de engenho e aumento significativo na renda dos cofres da corte portuguesa. A mão-de-obra escrava africana também foi usada em grandes proporções. Nesta época, muitos portugueses com recursos econômicos vieram para o Brasil para administrar engenhos de açúcar ou ocupar cargos públicos. Com o passar do tempo houve no Brasil a exploração de ouro e outras pedras preciosas, essa exploração trouxe ao nosso país muitos, centenas de milhares de portugueses que sonhavam com o enriquecimento, com essa vinda desse quantidade de portugueses e a exploração excessiva das terras em busca de metais preciosos ocorreu a fundação de muitas cidades e dessa forma houve a ocupação da área central do Brasil, onde uma vez havia sido limitada apenas ao litoral brasileiro. Para os portugueses o nosso país se tornou uma fonte de renda, um local onde eles poderiam vir buscar o que precisavam para maior enriquecimento do seu comercio e mais ouro para a coroa, a colonização no Brasil se deu em função do que ele poderia fornecer a Portugal em questões econômicas.

        Vendo a eficácia do trabalho dos índios e em seguida com a escravização dos negros houve uma a ideia de se implantar uma base econômica mais estável para o Brasil, essa base seria a agricultura. As terras eram de produtividade altíssima e possuíam pessoas suficientes para realizar todo o trabalho, era produzido não só cana-de –açúcar, mas também pimenta, tabaco, arroz e algodão, para os portugueses produzir e ser dono dessa mercadoria significava ter mercadorias de grande importância econômica para o mercado europeu. Na nossa atualidade não estamos distantes do que acontecia na época da colonização, hoje produzimos em ampla escalas diversos gêneros alimentícios, que muitas vezes visão a exportação desses produtos, dessa forma é possível observar que essa é de forma mais clara as nossas raízes agrícolas, como Sergio Buarque falou em seu livro, “nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, algodão e em seguida café, para o comercio europeu. Nada mais que isto”, a diferença é que hoje não produzimos apenas para Portugal, mas para o mundo todo e a diferença mais significativa é de que somos independentes.

Gilberto Freyre fala sobre o mito da democracia racial brasileira. Para ele as relações entre senhores e escravos, foram sempre adocicadas e de certa forma amigáveis, ou seja, não existia aquele conflito inter-racial, que sempre foi bem explanado ao longo da história, antes as relações terminavam sempre bem, ou seja, terminavam na cama. Isso foi mais frequente com as negras, mas, em todo caso, para ele, a escassez de mulheres brancas fez com que o homem português não levasse em conta a cor, pelo contrário, sua missão era povoar a nova terra. Acostumado com à miscigenação, o homens de Portugal não haveriam tido problemas em se aproximar das negras e das índias, o que facilitaria seu relacionamento com essas mulheres. O Brasil passaria a ser o pais da democracia racial, dessa forma pode-se ver a importância de Gilberto Freyre ao se falar em miscigenação. Sabe-se que a história não foi bem essa, mas sua obra foi e continua sendo de grande importância para o conhecimento da história do Brasil. Outro ponto importante explanado por esse autor é sobre a família patriarcal, onde ele fala que essas famílias na maioria das vezes, estão presentes diretamente na vida política nacional, esse fato tem sido enfatizado, uma vez que, a organização em grupos famílias como base para a submissão do Estado a interesses particulares, como podemos ver até hoje em alguns estados do Brasil, há determinadas famílias que dominam a política, sendo assim é possível observar mais uma herança portuguesa que se faz presente na atualidade do nosso país. Gilberto Freyre também falo sobre a casa grande, essa casa era se compararmos na atualidade, como a fusão dos três poderes que regem um país, era um local onde velava mortos, onde faziam transações comerciais, tanto de produtos como de pessoas (negros escravizados), funcionava também como igreja, era também o banco onde o dono poderia guardar seus bens e de certa forma funcionava como um quartel, onde o dono mantinha seus capangas e feitores. Os demais escravos (a maioria) moravam na senzala, um alojamento insalubre e coletivo, trancado e vigiado pelos feitores. O dono dessa casa grande possuía grande influência politica, em alguns casos os próprios eram políticos.

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