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FILOSOFO SPINOSA

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Por:   •  24/9/2013  •  966 Palavras (4 Páginas)  •  940 Visualizações

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Filósofo Spinoza.

Benedito, ou Baruch, de Spinoza (1632-77), um dos filósofos mais originais de sua época, nasceu e viveu em Amsterdam, na Holanda, e pertencia a uma família judaica de origem portuguesa.

Ética, demonstrada á maneira dos geômetras, escrito originariamente em latim, entre 1661 e 1673, e publicado apenas após sua morte, é um texto de grande originalidade. Não se trata de um simples tratado de ética, mas de uma obra de metafísica que parte da ontologia e desenvolve uma teoria sobre a natureza humana e o fim último do homem: a beatitude. Articula assim de forma integrada e metafísica, o conhecimento, a antropologia filosófica e a moral.

A Ética é escrita segundo o método geométrico (more geométrico). É inspirada, portanto, na geometria de Euclides, considerada na época um modelo de ciência e de pensamento rigoroso. Começa com definições e axiomas, formula proposições e demonstrações com bases nesses axiomas, seguindo o método dedutivo, e examina as consequências dessas demonstrações em seus corolários e escólios.

Trata-se, portanto, de uma obra bastante sistemática, em que os conceitos definidos são empregados com rigor e em que as consequências dessas definições são extraídas através de um processo lógico. Cada parte desse sistema se integra as demais e é necessário compreende-lo como um todo articulado.

Na primeira parte, ou Livro I, “Sobre Deus”, Spinoza aborda as questões centrais da metafísica: Deus, a substância, seus modos e atributos. O Deus de Spinoza não é, contudo, o Deus criador e transcendentes da tradição religiosa, mas um princípio metafísico que, em sua famosa expressão, coincide com a própria realidade: “Deus sive natura”, isto é, Deus ou a natureza. Deus é assim a substancia infinita e a causa primeira. Na segunda parte, ou Livro II, “Sobre a natureza e a origem da alma (Mentis)”, Spinoza trata do problema do conhecimento, examinando a questão da relação entre a alma e o corpo e a possibilidade de conhecermos a realidade através de nossas ideias. Na terceira parte, ou Livro III, “sobre a natureza e a origem das afecções”, temos a formulação dos primeiros princípios da ética de Spinoza na analise que faz da natureza humana. Na quarta parte, ou Livro IV, “Sobre a servidão humana, ou Sobre as forças das afecções”, Spinoza extrai as consequências éticas de sua concepção da natureza humana, examina a questão da liberdade, do autocontrole e os conceitos de bem e mal em relação à natureza humana. Na quinta parte, Livro V, “Sobre as potências do intelecto, ou Sobre a liberdade humana”, o filósofo defende uma ética racionalista e uma concepção de felicidade que consiste no “amor intelectual de Deus”, entendido como o reconhecimento do lugar do individuo no Universo.

Ética/Definições:

Spinoza inicia o Livro IV com as definições de bem e de mal. O bem é caracterizado como aquilo que conhecemos como sendo útil, e o mal, o que impede o bem, o que reflete a importância que Spinoza atribui ao principio da autopreservação (Livro III, Proposição).

Como para Spinoza as afecções são formas de pensamento (Livro III, definição III), podem ser alteradas pela razão. Podemos igualmente analisa-las e descobrir quais as afecções que são boas e quais são más, no sentido das definições acima, as boas afecções são aquelas que contribuem para o desenvolvimento da natureza humana, que aumentam a potência do ser humano. Os homens podem assim regular suas ações através do entendimento das forças que os influenciam. O homem livre é aquele que busca o bem

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