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Fichamento sobre as três primeiras meditações da obra “Meditações Metafísicas” de René Descartes

Por:   •  18/5/2018  •  Seminário  •  1.032 Palavras (5 Páginas)  •  1.335 Visualizações

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Fichamento sobre as três primeiras meditações da obra “Meditações Metafísicas” de René Descartes

Universidade Federal da Bahia – UFBA

Curso : Filosofia

Prof. Carlos Inácio Coelho Neto

Disciplina : Introdução à Filosofia

Nome : Maria José Reis Dourado

Indicação bibliográfica :

(DESCARTES, René. Meditações, Trad. de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior, Coleção Os Pensadores, Abril Cultural, 1ª Edição,1974)

Resumo:

René Descartes, em suas Meditações, enfoca  um método de dúvida radical, por meio  do qual pretende provar que há um fundamento de onde pode-se partir  para construir o edifício do conhecimento, ou alternativamente, nada existe de seguro que possa ser conhecido, evocando o princípio de que o conhecimento verdadeiro resulta da experiência sensível.

Primeira Meditação : Das coisas que se podem colocar em dúvida

“Tudo que recebi, até presentemente, como o mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos; ora, experimentei algumas vezes que estes sentidos eram enganosos, e é de precedência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez”.(Descartes, 1973, p.93-94).

O primeiro passo da dúvida cartesiana é o argumento do erro dos sentidos. Este serve para evidenciar as nossas percepções sensíveis, pois estas podem, muitas vezes, nos levar  a erros.

Segundo o argumento de Descartes, para se conhecer uma verdade clara e distinta tudo que possa nos levar a erros deve ser descartado. Entretanto, esse primeiro passo da dúvida radical e sistemática evidenciava apenas as percepções sensíveis.

“(...) lembro-me de ter sido muitas vezes enganado enquanto dormia... E, detendo-me  neste pensamento, vejo tão manifestamente que não há quaisquer indícios concludentes nem marcas assaz certas por onde se possa distinguir nitidamente a vigília do sono...”(Descartes, 1973 p.94).

Neste ponto Descartes usa o argumento  dos sonhos, na tentativa de mostrar que não há evidência alguma que permita diferenciar nossas crenças na vigília ou nos sonhos.

Segunda Meditação : Na natureza do Espírito Humano; e de como ele é mais fácil de conhecer do que o corpo

Eu sou, eu existo; isto é certo; mas  por quanto tempo? A saber, por todo tempo em que penso... nada sou, pois falando precisamente, se não uma coisa que pensa, isto é, um espírito, um entendimento ou uma razão...” (Descartes, 1973, p.102)

Será portanto, a partir da constatação de sua existência, enquanto ser pensante, sua primeira verdade distinta e clara, “a primeira verdade na cadeia da razão”, a única coisa que é verdadeira: ele existe, enquanto pensamento, que Descartes começará a construir o edifício do conhecimento.

O corpo não é necessário para a caracterização  de sua existência enquanto sujeito do conhecimento, pois este é assegurado por uma substância imaterial e pelos processos que nela ocorrem.

Em virtude também  de que alguns atributos possam ser distinguidos através do pensamento, ou que se possa dizer que  existe separado de si mesmo, nada é acrescentado, pois só se pode negar aquilo que pensa.

Nas considerações das páginas 104 e 105 – Descartes, 1973, Os Pensadores – de um corpo qualquer, um pedaço de cera:

“Por onde fica provado não só que a imaginação não pode me dar a conhecer a natureza dos corpos que se lhe apresentam (o que era objetivo da contraprova), mas ainda que o pensamento puro é o único capaz de fazê-lo”(Descartes, 1973)

Identifica-se nestas considerações a segunda certeza: extensão; independe da nossa vontade, não pode a extensão ser desconsiderada (se não pode tirar é porque ela existe de fato – espírito/entendimento = razão).

Terceira meditação : “De Deus, que Ele existe”

“Fecharei meus olhos, tamparei meus ouvidos, desviar-me-ei de todos os meus sentidos, apagarei mesmo de meu pensamento todas as imagens de coisas corporais, ou, ao menos, uma vez que mal se pode fazê-lo, reputá-las-ei como falsas...empreenderei tornar-me pouco a pouco mais conhecido e mais familiar a mim mesmo” (Descartes, 1973, p.107)

Neste ponto Descartes faz uma recapitulação das dúvidas radicais das primeiras meditações,

A partir daí, é na terceira meditação que Descartes dispõe-se a provar que Deus existe; mesmo sabendo que algumas das suas idéias objetivas se mantém fora dele.

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