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Filosofia Distinguir entre homem e animais

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Por:   •  22/5/2014  •  Tese  •  2.474 Palavras (10 Páginas)  •  345 Visualizações

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Uma definição precisa do termo "filosofia" é impraticável. Tentar formulá-la poderia, ao menos de início gerar equívocos. Para Horkhermer (1940), a filosofia ao contrário de outras disciplinas, não tem campo de atividade rigidamente estabelecido dentro do ordenamento existente. Não determina, nem questiona. Escapa a qualquer determinação estabelecida, dogmática e está aberta aos questionamentos de valores sociais, éticos, políticos, da ciência, arte e cultura, ou seja, da vida humana no sentido lato.

A filosofia não aceita uma afirmação do tipo “porque sim”, pois qualquer afirmação é questionada criticamente. É um desafio ao óbvio, ao pensamento, ao conhecimento do “senso comum”. Em suma, podemos dizer que a inquietação “problematizadora” e “questionadora” é um dos impulsos motores da filosofia. Pensar o já pensado é repensar, e repensar é retomar por nossa própria conta os pensamentos já pensados por outros, ou seja, é renovar.

Contudo, na prática, o conteúdo de informação real que a filosofia acrescenta às ciências especiais tende a desvanecer-se até parecer não deixar vestígios. Mas devemos admitir que até aqui, a filosofia não tem conseguido realizar suas grandes pretensões. Tampouco tem logrado êxito em produzir um corpo de conhecimentos consensual comparável ao elaborado pelas diversas ciências.

Isso se deve em parte, embora não integralmente, ao fato de que, quando obtemos conhecimento verdadeiro a respeito de determinada questão situamos essa questão como pertencente à ciência e não à filosofia. O termo "filósofo" significava originariamente "amante da sabedoria", tendo surgido com a famosa réplica de Pitágoras aos que o chamavam de "sábio".

Nessa acepção, "sabedoria" não se restringia a qualquer dos domínios particulares do pensamento e, de modo similar, "filosofia" era usualmente entendida como incluindo o que hoje denominamos "ciência". Esse uso sobrevive ainda hoje em expressões como "filosofia natural". Na medida em que uma grande produção de conhecimento especializado em um dado campo ia sendo conquistada, o estudo desse campo se desprendia da filosofia, passando a constituir uma disciplina independente.

As últimas ciências que assim evoluíram foram, a psicologia e a sociologia. Dessa forma, poderíamos falar de uma tendência à contração da esfera da filosofia na própria medida em que o conhecimento se expande. É sem dúvida, desencorajador que os filósofos não tenham logrado maior concordância com respeito a esses assuntos, mas não devemos concluir que a inexistência de um resultado por todos reconhecido signifique que esforços foram realizados em vão.

Dois filósofos que discordem entre si podem estar contribuindo com algo de inestimável valor, embora ambos não estejam em condição de escapar totalmente ao erro: suas abordagens rivais podem ser consideradas mutuamente complementares. Contudo, boa parte da filosofia volta-se mais para o modo pelo qual conhecemos as coisas do que propriamente para as coisas que conhecemos, sendo essa uma segunda razão pela qual a filosofia parece carecer de conteúdo. No entanto, discussões a respeito de um critério definitivo de verdade podem determinar, na medida em que recomendam a aplicação de um dado critério, quais as proposições que na prática deliberamos serem verdadeiras.

2.Diferencie o homem e o animal.

O homem é um ser que fala e se expressa por meio de muitas linguagens tais como: a escrita; a arte: teatro, pintura, escultura; e muitas outras. A palavra encontra-se no limiar do universo humano, pois caracteriza fundamentalmente o homem e o distingue do animal. Poderíamos dizer que os animais também têm linguagem, mas a natureza dessa comunicação não se compara à revolução que a linguagem humana provoca na relação do homem com o mundo.

O mundo resultante da ação humana é o que não podemos chamar de natural, pois se encontra transformado pelo homem. Enquanto o animal permanece mergulhado na natureza, o homem é capaz de transformá-la, tornando possível a cultura.

A cultura faz parte da sociedade humana e está organizada mediante uma linguagem inserida a partir dos conhecimentos adquiridos pelas experiências vividas, educação e crenças da sociedade. Nesse sentido, cultura e sociedade fazem parte do conhecimento humano.

O diálogo cultural entre os seres humanos é constituído de múltiplas informações, opiniões, ideias, crenças, educação, valores, normas, costumes, trabalho, relações sociais, familiares, hábitos, tradições, criação de novidades e mudanças. Assim, O homem precisa viver em sociedade para se humanizar.

3.Explique a influência do trabalho na constituição do homem e da cultura.

O trabalho estabelece a relação dialética entre a teoria e a prática: uma não pode existir sem a outra. Pelo trabalho o “homem” coloca suas teorias em prática, realizando-se como atividade coletiva. Além de transformar a natureza, humanizando-a, transforma o próprio homem.

Por meio do trabalho, o homem se autoproduz, isto é, desenvolve habilidades e imaginação; aprende a conhecer as forças da natureza e a desafiá-las; conhece as próprias forças e limitações; pois se relaciona com os companheiros; impõe-se uma disciplina. Logo, o homem não permanece o mesmo, pois o trabalho altera a visão que ele tem do mundo e de si mesmo.

Se, num primeiro momento, a natureza apresenta-se aos homens como destino, o trabalho será a condição da superação dos determinismos: a transcendência é propriamente liberdade. Por isso, a liberdade não é alguma coisa que é dada ao homem, mas representa o resultado de sua ação transformadora sobre o mundo.

Na antiguidade grega, todo trabalho manual era desvalorizado por ser feito por escravos, enquanto a atividade teórica, considerada a mais digna do homem, representava a essência fundamental de todo o ser racional. Santo Tomás de Aquino procura reabilitar o trabalho manual, dizendo que todos os trabalhos se equivalem, mas, na realidade, a própria construção teórica de seu pensamento, calcada na visão grega, tende a valorizar a atividade contemplativa. Muitos textos medievais consideram a arte mecânica inferior.

Na Idade Moderna, a situação começou a se alterar: o crescente interesse pelas artes mecânicas e pelo trabalho em geral justificava-se pela ascensão dos burgueses, vindos de segmentos dos antigos servos que compravam sua liberdade e se dedicavam ao comércio e que tinham outra concepção a respeito do trabalho.

A burguesia nascente procurava novos mercados e havia necessidade

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