TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Filosofos Sócrates

Projeto de pesquisa: Filosofos Sócrates. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  31/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.987 Palavras (8 Páginas)  •  338 Visualizações

Página 1 de 8

Sócrates

“Só sei que nada sei...”

Ateniense, viveu entre 469 e 399 a.C. Foi um dos mais importantes precursores da Filosofia ocidental. Inspirado em boa parte de seu pensamento pelas teorias do pré-socrático Parmênides.

Sobre Sócrates, o que temos de registros são os escritos e os relatos de seus principais discípulos, que foram Platão, Xenofonte e Aristófanes. Há, ainda, uma teoria que defenda que Sócrates era nada mais que uma criação de Platão, ou seja, um personagem utilizado para ilustrar pontos de sua obra; porém, sem comprovações determinantes para tal constatação.

As três fontes mais relevantes sobre a vida de Sócrates são as peças de Xenofonte, e os diálogos observados em quase cem por cento dos escritos de Platão. Nos relatos dos diálogos de Aristófanes, Sócrates é travestido de um personagem cômico, não sendo de alta relevância a sua retratação, uma vez que, nem sempre nesse caso, é a expressão da realidade, partindo do princípio de que Sócrates tenha de fato existido, o que é a versão amplamente aceita, apesar de não haver obras de sua própria autoria encontradas por historiadores e pesquisadores.

Sócrates é identificado pelos discursos de Platão como um homem de uma mente concisa e rigorosa, que tinha o objetivo de fazer seus compatriotas e concidadão chegarem ao pensamento racional, com o intuito de se alcançar a verdade interior de cada um (“Conhece-te a ti mesmo.”). Para tal, ele desenvolveu um método que acabou por identificar o que era a maiêutica, que significa “parto de ideias”.

A maiêutica socrática consistia em se realizar perguntas às pessoas com que ele se deparava a dialogar, perguntas essas que, tinham dois estágios. No primeiro deles, Sócrates fazia perguntas simples sobre assuntos que o indivíduo julgava conhecer bem. No segundo, essas perguntas continuavam sendo feitas, de maneira simples e contextualizadas, mas dessa vez, levando o indivíduo a questionar sua própria certeza, gerando, assim, uma nova visão sobre um mesmo tema. Daí chamar-se parto, pois consistia em literalmente dar à luz a novas idéias sobre assuntos até então esclarecidos.

Esse efeito de se interpelar a respeito de suas próprias convicções era visto em Sócrates através de suas mais célebres frases, quando nos mostra que o conhecimento humano era limitado por sua própria ignorância, tais como:

“ Só sei que nada sei.”

“ Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.”

“ Inteligente é aquele que sabe que não sabe nada.”

Sócrates morreu em Atenas, em 399 a.C, condenado sob a acusação de corromper a juventude ateniense e tentar introduzir novos deuses naquele lugar. Sócrates, apesar de ser inocente, segundo Aristóteles, não tentou fugir nem se livrar de sua condenação, apenas argumentando convincentemente em sua defesa as razões de sua inocência. Ainda assim, foi condenado a uma pena de morte por envenenamento, ingerindo uma substância chamada cicuta.

Platão

“Uma vida não questionada não merece ser vivida.”

Também de Atenas, era filósofo e matemático, fundador da Academia de Atenas, que foi a primeira instituição de ensino superior do ocidente. Seu mentor, como relatado em suas obras, era Sócrates e seu sucessor e pupilo era Aristóteles.

Platão nasceu entre 428 e 427 a.C e viveu até 348 ou 347 a.C. É tido por muitos estudiosos como o maior dos filósofos da antiguidade. Inicialmente, Platão teve sua introdução nos pensamentos filosóficos por Crátilo, que era um discípulo do pré-socrático Heráclito; porém, aos 20 anos, conheceu Sócrates e se tornou seu discípulo até a morte do mesmo.

Para Platão, o homem estava inserido em dois tipos de realidades diferentes, que eram chamados por ele de realidade inteligível e a sensível. A primeira reflete aquilo que podemos distinguir e expressar a outrem. É a realidade imutável das coisas. A segunda, como o nome sugere, é aquela que afeta os nossos sentidos, que são dependentes e modificáveis. Essa divisão das realidades em que o ser humano está em contato é a famosa teoria das ideias de Platão.

Na concepção do filósofo, esse mundo da realidade sensorial seria uma reprodução opaca e limitada do mundo inteligível, que é o das ideias. O filósofo escreveu em sua obra “O Simpósio”, também conhecida como “ O banquete” uma experiência de Sócrates com a sacerdotisa Diotima de Mantinea, que o teria iniciado na genealogia dos conhecimentos sobre o amor, de onde surgiram as ideias do que conhecemos como “amor platônico”.

Platão, diferentemente da maioria dos pré-socráticos, não buscava a essência da forma física das coisas, ele buscava sim, a verdade essencial dessas coisas. Platão entendia que a essência do conhecimento não estava nas coisas, que são corruptíveis e mutáveis. Como filósofo, ele buscava a essência nas realidades imutáveis, nos fatos.

Como bom cidadão ateniense e admirador das formas de organização do estado, Platão teve boa parte de sua vida dedicada à política e à busca de uma conclusão a respeito de como seria a melhor forma de governo para uma sociedade. Em sua obra “A República”, que também era um diálogo socrático, ele cita os diversos tipos de governos existentes, focalizando a obra no tema central, que era a justiça. Sócrates expõe, nesse diálogo, que a melhor forma de governo seria exercida por um regime formado por filósofos. Além de tratar também sobre questões metafísicas, como a imortalidade da alma e o julgamento dos mortos.

Falando-se em questões imateriais, Platão acreditava que o homem era dividido em corpo e alma. O primeiro era de caráter material e mutável e corruptível. Já a alma, seria a porção divina do ser, a parte imutável e perfeita.

Platão, por sua imensa sabedoria, chamou a atenção de Dionísio I, rei da Sicília, que o levou para sua terra. No entanto, ao confrontar Dionísio em suas limitações, esse se sentiu ofendido e veio a vender Platão como escravo. Outros filósofos souberam da notícia e se juntaram para comprá-lo de volta, e realizar o regresso à Grécia. Aconselharam-no,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.1 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com