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Nietzche, Além Do Bem E Do Mal.

Artigo: Nietzche, Além Do Bem E Do Mal.. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/12/2014  •  1.042 Palavras (5 Páginas)  •  452 Visualizações

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O texto dois: Além do bem e do mal de Nietzsche aborda questões como o ócio e o labor, o mal e as pessoas más, discorre também sobre a disputa entre razão e instinto; fé. Refere-se ao saber e aos sentidos e fala acerca do paralelo existente entre sonhos e realidade. Questiona também o desejo de posse pertencente ao homem.

Nietzsche observa que a ociosidade do homem é um peso a ser carregado por aqueles que trabalham e que o domingo torna-se um dia tão monótono que o homem deseja novamente, no seu inconsciente, seus dias de trabalho, como “espécie de jejum inteligentemente criado e posto”, diz o autor, ou seja, o homem deseja o trabalho por causa do tempo que fica sem ele, no ócio, no domingo enfadonho. Assim, afirma que é necessário que haja inúmeros tipos de jejum para que o homem, no seu íntimo, queira desejar novamente aquilo que lhe foi tirado, isto é, as coisas precisam ser tiradas de nós para as valorizarmos. Ainda relaciona este jejum a épocas que sofreram grande fanatismo moral, marcadas por períodos de submissão a este jejum, exemplifica isto com a questão da rigidez de princípios morais do estoicismo em meio ao clima afrodisíaco da civilização helenista, entendendo no final o paradoxo da grande exaltação de amor-paixão, sob a pressão dos juízos morais na era cristã da Europa.

Segundo o autor, o método de indagação socrático não faz parte da filosofia de Platão, por causa de seu modo aristocrata de ser, mas de certa maneira o socratismo está contido em sua filosofia. Alega que ninguém tem a intenção de causar mal a si próprio, portanto, o mal só é feito de modo involuntário. Assim, o mal danifica a si mesmo e não seria feito se soubesse em que se fundamenta o próprio mal, baseia-se na teoria de Platão que basta retirá-lo de seu erro, que no mesmo instante se tornará bom. Nietzsche critica esse modo de discorrer e classifica-o como sendo da plebe, ou seja, o considera de pouco prestígio, pois sua estrutura apresenta contradições; incoerências. Pois se fosse desse modo, então, pessoas más enxergariam o mal como sinônimo do bem.

Sobre razão e fé discorre acerca do qual possui mais valia para julgar as coisas com autoridade. Sócrates foi o primeiro a tratar com esse problema e este, em sua excelência dialética, tende para o lado da razão. Podemos compreender que Sócrates sempre riu da falta de competência e eficiência; da falta de aptidão; dos nobres atenienses, pois estes eram guiados pelos instintos e, assim, nunca podiam encontrar explicações para suas ações. Porém, procurou averiguar minuciosamente se em sua consciência se existia a mesma baixeza de raciocínio, concluindo que, no seu foro mais íntimo, existia. Contudo, através desta reflexão, dizia que os instintos deveriam ser renunciado:, o que devemos fazer é educar a razão e os instintos, de forma que convençamos nossa razão com bons argumentos para defender nossos instintos; Nietzsche sustenta que Sócrates caiu em erro com esta teoria, pois tomou como guia o caráter irracional dos juízos morais; Platão quis, com empenho, persuadir a si mesmo com a ideia de que instinto e razão são inclinadas ao mesmo fim, ao bem, a “Deus”. Esta ideia de instinto; fé, como dizem os cristãos, triunfou até hoje, pois muitos foram os filósofos e teólogos que se empenharam nesta tentativa de validação de conhecimento, Descartes foi uma exceção, pois não reconhecia autoridade que não fosse da razão. Neste ponto, Nietzsche faz uma crítica à teoria de Descartes, afirmando que a razão é somente um instrumento e desse modo, Descartes era superficial.

Sua próxima reflexão trata do saber e dos sentidos, inicia-se sustentando que seguindo o rumo da história, podemos enxergar traços que nos farão compreender um pouco fenômenos mais gerais do “saber” e do “conhecer”. Nietzsche sustenta que primeiro desenvolvemos as hipóteses, a ficção e coloca, ainda, de maneira

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