O COMUNITARISMO EM ALASDAIR MACINTYRE E A CRÍTICA AO MODELO LIBERAL DE JUSTIÇA

UNIDADE CURRICULAR: INVESTIGAÇÃO ORIENTADA II

Ano Letivo 2013-2014 / 2º Semestre

O Comunitarismo em Alasdair Macintyre e a crítica ao modelo Liberal de justiça

Docente: Dr. Artur Galvão

        Discente: Ricardo Augusto de Sousa Couto                                                                                        

BRAGA

2014

Índice

        Páginas

        INTRODUÇÃO                                                                                                                  03

1. O COMUNITARISMO                                                                                                      04

1. O LIBERALISMO INDIVIDUALISTA VS COMUNITARISMO                             04/05

1.  BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A OBRA “UMA TEORIA DA JUSTIÇA”

DE JOHN RAWLS                                                                                                  05/06/07/08

1.  OPOSIÇÃO CRÍTICA DE MACINTYRE A RAWLS E À SUA OBRA            

“UMA TEORIA DA JUSTIÇA”                                                                            08/09/10/11                                                                                

1. CONCLUSÃO                                                                                                                 11/12

REFERÊNCIAS                                                                                                                 13

Introdução:

Terminado o estudo da obra de Alasdair MacIntyre: “ Animais Racionais e dependentes”^[1] Proponho-me elaborar um trabalho que versa na sua estrutura aludir às críticas e às propostas de MacIntyre para os problemas das sociedades modernas, ou seja, as sociedades do mundo ocidental profundamente liberais e individualistas, sabendo que a obra citada não pode existir deslocada de um pensamento mais abrangente de toda a obra de Alasdair MacIntyre. Tomei como ponto de partida a posição do “Comunitarismo” na crítica ao individualismo Liberal, assim como, na parte mais extensa deste trabalho a crítica de MacIntyre ao modelo político-social de John Rawls defendida na sua obra “ Uma teoria da justiça”^[2]. MacIntyre é um dos pensadores contemporâneos críticos da nossa época que defende o retorno às práticas aristotélicas das virtudes, juntamente com ela, a noção de uma pesquisa racional que possibilitem ao homem reconhecer-se como fazendo parte de uma tradição ao longo da sua história.

Alasdair Chalmers MacIntyre (1929) “é um filósofo Britânico (Escocês) principalmente conhecido por suas contribuições para a moral e pela filosofia política, mas também é conhecido por suas obras no campo da história da filosofia e teologia. Ele é pesquisador Sénior do Centro de Estudos Contemporâneo Aristotélicos em ética e politica (CASEP) na Universidade Metropolitana de Londres, e professor emérito da Universidade de Notre Dame.”^[3] 

1. O Comunitarismo^[4]

O comunitarismo é uma corrente de pensamento político-social desenvolvido na esfera de pensadores Anglo-Americanos. Esta corrente deve o seu aparecimento devido ao facto de estes pensadores contestarem a insuficiência da teoria e prática liberal. O termo comunitarismo poderá levar a pensar numa teoria politica socialista de cariz comunista ou corporativista mas não é esse o seu propósito. O que leva estes pensadores ao debate e ao confronto filosófico é sobretudo um problema de cariz epistemológico, ou seja, saber se é possível defender uma conceção universalista de justiça sem possuir um conceito substantivo de Bem, e por outro lado, e ao nível da política saber se o ponto de partida para a Liberdade devem ser os direitos individuais ou as normas partilhadas da comunidade.

Os principais defensores do Comunitarismo são: Michael Walzer, Charles Taylor e Alasdair Macintyre. Estes pensadores vão ser os grandes críticos dos modelos liberais defendidos por intelectuais como: John Rawls, Ronald Dworkin, Thomas Nagel e Thomas Scalon.

1. O Liberalismo Individualista Vs Comunitarismo

Para os liberais é importante que o estado não interfira na nossa liberdade individual desde que respeitemos a liberdade dos outros. Como não é possível dar razões que justifiquem que uma forma de vida é melhor que outra, e dado que o Estado, não pode deter um conhecimento especial de como podemos buscar a felicidade, esse mesmo Estado está impossibilitado de conduzir as nossas vidas, devendo ater-se ao princípio da neutralidade sobre o Bem, a fim de garantir a cada um, de forma igualitária, a liberdade de escolher e perseguir uma conceção de vida boa, logo isto assegura a primazia dos direitos individuais.

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