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O Conceito de Belo na Estética de Hegel

Por:   •  18/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  6.223 Palavras (25 Páginas)  •  2.684 Visualizações

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O Conceito de Belo na Estética de Hegel

The Belo Concept of Aesthetics of Hegel

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1        Introdução

 

  O belo para Hegel é um conceito objetivamente determinável e racionalmente reconhecido. Ele vai diferenciar o belo artístico e o belo natural, onde o belo artístico está diretamente relacionado com a pureza do espírito e o belo natural encontra-se diretamente submisso a realidade da natureza. Hegel faz uma análise sobre o ideal, que ele atribui todos os conceitos morais e espirituais que são transfigurados pelo imaginário. E a beleza funciona para ele como uma expressão máxima do ideal.

2        Biografia

            Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em Stuttgard, na Alemanha, no dia 27 de agosto de 1770 e faleceu em Berlim, no dia 14 de novembro de 1831. Foi um importante filósofo alemão, um dos criadores do sistema filosófico chamado idealismo absoluto, onde, este, abrangeu várias áreas do conhecimento como a política, a psicologia, a arte, a filosofia e a religião.                                                                                         

Friedrich Hegel, ainda jovem, estudou teologia no seminário de Tubingen com o poeta Friedrich Holderlin e o filósofo Schelling, no qual, colaboraram em uma crítica das filosofias idealistas de Immanuel Kant e de seu seguidor, Fichte. Hegel era admirador das obras de Kant, Spinoza e Rousseau. Ele lecionou na Universidade de Jena em 1801, no entanto, em 1806, com a vitória de Napoleão, sua carreira acadêmica foi interrompida com o fechamento da universidade. Ele trabalhou em um jornal de Bamberg como editor e foi diretor em uma escola em Nuremberg. Hegel ocupou a cátedra de filosofia na Universidade de Heidelberg em 1816 e foi professor de filosofia na Universidade de Berlim, em 1818, sucedendo Fichte.                                                                        

 Uma de suas obras mais importantes foi a Fenomenologia do Espírito (1807), o livro reflete sobre as etapas da consciência que apreende o mundo e encontra a si mesmo para chegar à totalidade e ao absoluto.

        Hegel, também tem como principais obras: A Ciência da Lógica (1812-1816); Enciclopédia das Ciências Filosóficas (1817-1830); Elementos da Filosofia do Direito (1817-1830). Várias outras obras foram publicadas posteriormente a partir das anotações feitas por seus alunos.

3        A estética Hegeliana

            Segundo Hegel, a estética surge como parte importante da filosofia do espírito. Em seus cursos de estética ministrados na Universidade de Berlim, entre 1820 e 1829, e editados por Gustav Otho após sua morte, Hegel faz questionamentos a respeito da arte e tudo o que se relaciona com a mesma, bem como, suas origens e todas as suas formas conhecidas.                                                                                                 Hegel apresenta seu objetivo ao mostrar que a filosofia da arte “forma um anel necessário ao conjunto da filosofia”, sem pretender criar uma “metafísica” da arte, mas sim, dar início ao tratado tendo como ponto de partida o “domínio da arte”, o “reino do belo”. Devido a tamanha diversidade, seria impossível edificar uma ciência de validade universal se Hegel tratasse as diversas questões de belezas intrínsecas às variadas manifestações artísticas, assim, é conveniente inserir a filosofia do belo em um conjunto do sistema filosófico.

        A ideia de belo, segundo Hegel, é racionalmente reconhecida e objetivamente determinável. No século XVIII, tais ideias já sofriam grandes objeções e hoje, pode-se afirmar ser claramente inviáveis. Nesta mesma época, de acordo com Gerard Bras, já se percebia a recusa em aceitar pressuposições acadêmicas que visavam regular os princípios segundo os quais as obras de arte deveriam ser erigidas. A busca por tais pressuposições tem como base as ideias de Aristóteles, que pretendia postular, de acordo com princípios racionais do belo, a elaboração das obras de arte. A “estética do sentimento” surge como ideia contraria a objetivação racional do belo, no qual, teria como fundamento, o gosto; o que se pode concluir então, ser pessoal, subjetiva e de difícil definição ou regulação no campo artístico.

        Hegel contraria as teorias subjetivistas e a da estética do sentimento, já que, para ele, o belo é reconhecível e determinável. O belo seria o “desdobramento do espírito absoluto”, expresso na forma de uma ideia, em outras palavras, “o belo seria a exposição sensível da ideia nas obras de arte”.

O espírito absoluto, também conhecido como consciência em-si-para-si, é o estágio mais elevado do ser, no qual, conseguimos saber e compreender o poder que temos enquanto seres conscientes, este estágio está diretamente ligado à ação, e isso ocorre a partir do momento em que tomamos consciência de nós, do mundo, de nossas ações, onde e no que podemos interferir para transformar o mundo em um lugar melhor. Hegel acredita que devemos materializar de alguma maneira as ideias advindas do espírito absoluto, e uma forma de se fazer isto, é através das obras de arte.

        Para Hegel, existe uma diferença fundamental entre o belo artístico e o belo natural, sendo o primeiro, o belo que interessa ao filósofo. O belo artístico se relaciona diretamente à pureza do espírito, já que, este, é uma produção do homem e então é sempre superior ao belo natural, uma vez que, para o espírito é necessário o desenvolvimento de suas potencialidades, enquanto a natureza já possui as condições determinadas e estabelecidas, ou seja:

                                        

                                                “Em outras palavras, a beleza é segundo Hegel,                                                  como já vimos, não um produto da natureza, mas                                                  um produto do espírito. O belo ideal não é algo                                                  imediatamente presente no meio sensível natural                                                  nem uma ideia metafísica suprassensível, mas                                                  sim resultado ou produto da criação humana:                                                          obra de arte.”

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