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O Filosofo Soren Kierkegaard

Por:   •  4/9/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.203 Palavras (5 Páginas)  •  239 Visualizações

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Existencialismo é uma escola de filósofos dos séculos XIX e XX que, apesar de possuírem profundas diferenças em termos de doutrina, partilhavam a crença que o pensamento filosófico começa com o sujeito humano, não meramente o sujeito pensante, mas as suas ações, sentimentos e a vivência de um ser humano individual. No existencialismo, o ponto de partida do indivíduo é caracterizado pelo que se tem designado por "atitude existencial", ou uma sensação de desorientação e confusão face a um mundo aparentemente sem sentido e absurdo.

O Filosofo Soren Kierkegaard é geralmente considerado como o pai do existencialismo Ele sustentava a ideia que o indivíduo é o único responsável em dar significado à sua vida e em vivê-la de maneira sincera e apaixonada apesar da existência de muitos obstáculos e distrações como o desespero, a ansiedade, o absurdo, a alienação, o tédio e a angústia. Esta obra nos apresenta uma verdadeira e apropriada fenomenologia deste estado afetivo fundamental da existência

Em O Conceito de Angústia (1844) de S. Kierkegaard, Primeiro pensador a ocupar-se sistematicamente deste problema, a existência humana se mostra constitutivamente assinalada por múltiplas formas de angústia:

- a angústia da liberdade ou do nada, que o indivíduo experimenta quando decide escolher a si mesmo. Aqui é, antes de tudo, uma “angustia da liberdade”, que o indivíduo experimenta quando decide dar-se uma identidade, imprimir uma direção precisa à sua vida, escolher a si mesmo, Kierkegaard define assim como a “angustia do nada”, enquanto o indivíduo, no momento da escolha, encontra -se, defronte ao seu nada, àquilo que ele não é ainda (já que só será “alguma coisa” quando tiver feito a escolha).O que produz a angustia é. Portanto, o nada que o indivíduo é no momento de estabelecer a síntese, de tornar-se si mesmo, de dar-se uma imagem e uma identidade precisa. O homem não tem uma essência definida mas, pelo contrário, se faz com as escolhas e as suas decisões, para as quais, no momento em que é chamado a colocar em relação (sintetizar) corpo e alma, temporal e eterno, não é ainda “alguma coisa” ( já que será “alguma coisa” somente depois da escolha), mas é “nada”.

- a angústia do mal ou da fraqueza; O homem pecador encontra – se, porém acometido da “angustia do mal”, onde presta conta da culpa por ele cometida, da possibilidade de cometê-la novamente e das consequências que eventualmente virão com o ato, refugiando – se no papel da vítima, e vertiginosamente começa a rodar sobre si mesmo, acabando por enlouquecer, ou arrependido considera – se de todo responsável e tende a desculpar – se e justificar – se. Ele acaba assim por acostuma-se ao pecado, possivelmente afogado ´própria angustia, o próprio senso de culpa, no álcool, na droga, no divertimento, no sexo. A essa altura, a angustia do mal desapareceu.

- a angústia do bem ou da obstinação; experimenta também uma angustia do bem, no momento em que querendo obstinadamente permanecer na sua condição de pecado, recusa a abrir-se a qualquer possibilidade de mudança. A angustia do bem que o induz a culpa. Esta é a angustia do homem estético, que recusa a escolha para manter aberto o maior numero de possibilidades, ou ater-se a moral vigente e confundindo – se na massa, só para gozar das seguranças sociais e escapar do peso da decisão

- a angústia da sexualidade; possível fator condicionante da escolha que o indivíduo experimenta no momento em que toma consciência das ligações discordantes de ideias, existentes nele, entre espirito e corpo.

- a angústia do amanhã; fonte de inquietude e preocupação, que acomete quem perdeu a fé na providencia divina e, consequentemente, diante da incerteza do futuro, traz à tona a fragilidade de suas aparentes incertezas

- a angústia do finito, e somente esta última, que introduz o homem em relação ao salto da fé, da escolha da fé, que o verdadeiro cristão experimenta diante da inconsistência de tudo aquilo que é finito e terreno. Nas suas outras formas, ao contrário, a angústia, por ser também o sintoma mais evidente da liberdade do homem (que experimenta angústia no momento da escolha justamente porque é livre), se apresenta como um fator predisponente ao pecado. A liberdade que se encontra nas rédeas da angústia, de fato induz o indivíduo a agarrar-se ao finito, ao temporal, mais do que ao Infinito, ao Eterno e, portanto, a pecar, já que o pecado é tradicionalmente aversio a deo et conversio ad creaturam.

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