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O Mundo Pós-Moderno

Por:   •  14/11/2017  •  Resenha  •  2.025 Palavras (9 Páginas)  •  305 Visualizações

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Trabalho-entrevista: “Mundo Pós-Moderno” – José Arbex e Cláudio Júlio Tognoli

-Questão a) formulação da ‘tese’:

A tese do livro se refere ao relativismo presente na sociedade pós-moderna. Essa época trouxe consigo uma desconstrução quase que total com o passado, ocorrendo inúmeras transformações na política, cultura, ética e estética, e fez com que as pessoas se tornassem individualistas – tentando fazer com que seus ideais ou de seu seleto grupo se sobressaíssem aos demais. Esses indivíduos se tornaram descrentes no futuro e crentes na efemeridade e instantaneidade das coisas.

-Questão b) resumo dos seis capítulos e relação de cada capítulo com a tese do livro:

CAPÍTULO 1: Modos e modas de nosso tempo: O relativismo pós-moderno refletiu também no campo da moda e nos modos de vida das pessoas. Se nos anos 60-70 as vestimentas e corte/cor dos cabelos possuíam um explícito conteúdo ideológico, o pós-modernismo descartou muitas dessas estereotipações e o tipo de roupas e cabelos de uma pessoa já nem sempre identificam grupos sociais. Nesse contexto de transitoriedade da moda, se hoje a minissaia é uma mera indumentária feminina (ou não, isso é relativo), ela surgiu, escandalosamente, como forma de protesto contra uma sociedade machista. Já as roupas íntimas que cumpriam somente funções higiênicas, passam a ser objetos para realçar a sexualidade do corpo. Dados os expostos, percebe-se que a moda reflete (e modifica), em grande parte, a mentalidade de uma época.

Em se tratando do modo de vida, o começo do século XX trouxe grandes mudanças: surgimento da eletricidade, rádio, telefone, automóvel e a teoria da relatividade. As referidas tecnologias são aceleradas com a indústria bélica e, sendo os Estado Unidos da América um dos vencedores das duas grandes guerras e não tendo seu território afetado, eis que esta nação surge como uma potência mundial, em contraste com uma Europa destroçada após tais conflitos e dependente de empréstimos feitos pelos EUA. Logo, era disseminado o “modo de vida norte-americano”; os bens de consumo, carros, roupas, fast food, cinema, artes, dentre outros produtos lá fabricados, passaram a ser exportados para o mundo. Isso tornou as culturas político-social-econômicas mundiais relativas e transformáveis, pois sofreram muita influência desse país americano, que após o fim da bipolaridade do mundo, tornar-se-ia o ditador da nova ordem econômica mundial – o capitalismo.

CAPÍTULO 2: Quando o vídeo game captura a vida: O surgimento do relativismo implicou, respectivamente, questionamentos às verdades absolutas, surgimento da ciência e a criação de tecnologias – dentre elas os vídeo games, cyberspace e realidade virtual. Estes passatempos englobam um dos traços característicos da cultura contemporânea: a aglutinação entre tecnologia, velocidade e fantasia. Como tudo se tornou relativo, há quem defenda o uso dessas tecnologias virtuais no dia a dia de jovens e adultos, pois um aluno, por exemplo, poderá aprender História percorrendo virtualmente o passado em todas as partes do planeta. O uso de jogos virtuais também seria eficaz na reabilitação de pessoas com deficiência intelectual, pois alguns jogos ajudam esses indivíduos a melhorar seus movimentos rítmicos e o seu próprio conceito de tempo, além disso, qualquer pessoa poderia ter sua capacidade de tomar decisão e autoestima elevados. Porém, outras pessoas têm perspectivas negativas quanto à utilização dessa tecnologia, estudiosos afirmam que isso contribui com o individualismo dos jovens e estes se tornam muitas das vezes os personagens dos jogos, podendo não saber diferenciar fantasia de realidade, e isso pode implicar violência real contra outras pessoas. Além disso, essas inovações fomentam o individualismo e podem causar danos à saúde, como a “nintendinite”.

Esse confinamento das pessoas é característico do pós-modernismo, uma vez que os indivíduos tendem a viver o momento e não se programarem para o futuro.

CAPÍTULO 3 - A sociedade das tribos: As associações representativas que deveriam lutar pelos direitos dos cidadãos no âmbito político e os partidos políticos já não cumprem o seu papel, deixando a população descrente das atividades-fim desses órgãos. Com isso, muitas pessoas se “associam” a pequenas organizações sociais, que procuram ganhar luz própria e que em muitas das vezes culmina com a criação de grupos marginais e gangues. O principal deles no Brasil é o dos funkeiros, que cantam músicas narrando o dia a dia nas periferias. Já os cyberpunks, que são divididos em Hackers e Crackers, possuem como armas computadores potentes e são intrinsecamente anarquistas, pregam a micropolítica de todos os sistemas políticos. Há também os “cyborgs”, que almejam a imortalidade através da transferência da memória humana para um computador. Existe também a “geração X”, que possuem visões negativas sobre política e movimentos sociais, descrendo no sexo devido à Aids e no trabalho estável por causa do desemprego. Já o grupo neonazista prega o extermínio de negros, judeus, homossexuais e imigrantes. Já as “futegangues são algumas torcidas organizadas de times de futebol que empregam a violência contra os torcedores de times adversários.

Este capítulo se relaciona à tese do livro, pois, o relativismo permitiu o questionamento aos dogmas políticos e tais grupo supracitados tentam impor um tipo de doutrina que eles acham ser a mais coesa para a sociedade da qual fazem parte, relativizando até os padrões das estabelecidos por normas e leis.

CAPÍTULO 4: A música que não é música: A música foi muito importante como um meio de protesto no período do pós-modernismo. Eis que surgem o rock, o hip hop, a rap music, o sampling e o grunge, rompendo com o padrões clássicos que antes eram sólidos no âmbito musical, e que foram tão repreendidos quando se iniciaram. O rap relata em suas letras frases de ódio, violência, prostituição, apologia ao crie e ao uso de drogas; tudo isso que a sociedade considera abominável (mas, que acontece no meio suburbano) foi usado com o intuito de protestar contra o racismo, o desemprego e a pobreza presentes no pós-modernismo. Os conceitos de direitos autorais também tiveram de ser revistos, já que a prática conhecida como slampear (reestruturar o som de outro autor), era largamente usado pelos rappers e combatido pelos autores plagiados. A música pós-modernista entretanto, não é uniforme, pelo contrário. Assim como tudo no contexto pós-modernista, a música tende a uma série de fragmentações e pontilhismos que cria sua caracterização. Exemplo disso são os rappers que tendem a decompor e colocar em crise o significado das palavras, com letras, ao contrário do rock da década de 50 de caráter pacifista e erudita. Essa descontinuação de padrões da era moderna, relaciona-se com a tese do livro, pois os cantores e grupos musicais relativizam e restringem suas ideologias em favor da sua classe social, seja ela negra ou branca, empregada ou desempregada.

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