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PROTÁGORAS

Por:   •  2/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  496 Palavras (2 Páginas)  •  356 Visualizações

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  1. Justificar o seguinte enunciado: “O homem é a medida de todas as coisas, daquelas que são, porque são e daquelas que não são, porque não são”.

O referido enunciado afirma o homem como sendo a norma de juízo de todos os fatos e experiências em geral. Dessa forma, Protágoras negava a existência de um parâmetro pleno, incondicional e irrestrito que seja capaz de discernir o verdadeiro e o falso. O único parâmetro é apenas o homem, o homem individual. Logo, segundo Protágoras, ninguém se encontra no erro, mas todos estão com a “sua verdade”, visto que “em torno de cada coisa há dois raciocínios que se contrapõem”, ou seja, que é possível indicar razões que reciprocamente se invalidam.  

  1. O “homem” de Protágoras utiliza como via de conhecimento “as experiências perceptivas”? Em que sentido, em caso afirmativo, podemos definir o conceito “percepção”?

Sim. O conceito de “percepção” pode ser definido a partir da afirmação de Protágoras de que a sabedoria do homem consiste na capacidade de empregar determinado argumento em momento e situação mais oportunos, o que não configura esse argumento como absolutamente verdadeiro, falso, bom ou mau, mas somente como o mais adequado naquele contexto. Logo, o sentido de percepção está relacionado ao fato de que os homens reagem de formas distintas aos estímulos externos. A percepção de cada um de cada um acerca daquilo que é abordado determinará suas formas de pensar, entender e refletir sobre aquilo que é discutido ou apenas observado.

  1. É possível identificarmos em Protágoras um relativismo de ordem “argumentativa” (“relativo à ‘linguagem”) e de ordem ética e política? Justifique sua resposta.

Sim. Esse relativismo pode ser apontado quanto aos mencionados aspectos no que diz respeito à fundamentação de uma argumentação, a qual tem por objetivo defender e sustentar um posicionamento sobre determinado assunto, dada a possibilidade de fortalecer uma posição por meio de técnicas e métodos desenvolvidos por Protágoras. Assim, o indivíduo desenvolve seus argumentos de acordo com aquilo que considera “sua verdade”. Consequentemente, a defesa dos ideais individuais tange a questão da ética, pois não existem, segundo Protágoras, valores morais absolutos, e o tema político, dado que cada indivíduo inserido nesse cenário terá de conservar suas colocações, além de criticar e discutir aquelas que divergem das suas, possibilidades que caracterizam o relativismo.

  1. Como traduzir o “relativismo de Protágoras” à nossa sociedade pós-moderna?

O referido relativismo pode ser traduzido nas inúmeras divergências existentes entre os componentes da nossa sociedade pós-moderna. Uma notória exemplificação da inexistência de uma verdade plena é a questão cultural. Dentro de uma mesma sociedade podem ser encontradas diversas formas de manifestações culturais contidas nas práticas, nas tradições, nos saberes, nos modos de criar, fazer e viver, aspectos imensamente variados e que não são tidos como corretos quando comparados uns aos outros, isto é, cada indivíduo define o que é conveniente para si e para seu desenvolvimento, inexistindo traços culturais absolutos. Logo, aquilo considerado mais oportuno é agregado pela individualidade, regulada também pelas percepções.

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