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Pensamento Filosofico

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Por:   •  1/3/2014  •  1.356 Palavras (6 Páginas)  •  1.479 Visualizações

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1 TEOGONIA VERSUS LOGOS

Qual o sentido da existência? De onde viemos e para onde vamos? Certamente, você já

deve ter se debatido com essas questões existenciais em algum momento da vida. O mais

interessante, porém, é saber que, desde que o ser humano tornou-se pensante e consciente da

sua própria condição no mundo, muitos foram os estudiosos que buscaram não uma resposta

derradeira para essas perguntas, mas sim explicar as perspectivas e os princípios éticos, morais

e religiosos que regem a trajetória do homem na face da Terra.

Para tentar entender seu papel, primeiramente surgiu a Teogonia, que vem do grego theos, deus, +

genea, origem, considerada como um grupo de deuses que constituíram a mitologia desses povos. Nesse

sentido, os primeiros pensadores foram os pré-socráticos da Escola Jônica, dividida em Escola Jônica

Antiga (Tales, Anaximandro e Anaxímenes) e Escola Jônica Nova (Heráclito, Empédocles, Anaxágoras).

No entanto, eles se preocupavam apenas com o elemento principal da constituição de

tudo aquilo que havia sem dar muita importância às causas das transformações. Para Tales,

por exemplo, o elemento primitivo era a água, que ele dizia ser divina; para Anaximandro era

o indefinido, e para Anaxímenes, o ar.

Já os pensadores da Escola Jônica Nova levantaram o problema das causas que surgem das

transformações no elemento primitivo, cuja origem não seria teológica, ou seja, explicada pelos mitos.

Nesse sentido, Heráclito firmou dois princípios contrários em ação, que ele chamava de guerra e paz. Ao

supor que o elemento primordial fosse o fogo, essas duas forças antagônicas o transformavam tanto na

direção da solidificação quanto na condição de retorno ao estado móvel do fogo.

De forma diferente, Empédocles denominou quatro elementos (fogo, ar, água e terra), e as duas forças

contrárias eram o amor e o ódio.

Figura 110

Unidade I

Revisão: Andréia Andrade - Diagramação: Léo - 19/09/2011

Anaxágoras de Colófon foi o último dos grandes jônios e partiu para Atenas, onde foi o filósofo do século

de Péricles. Ele não admitiu o dualismo dos contrários, estabelecendo uma multiplicidade de partículas

semelhantes que seriam movimentadas e ordenadas por uma delas, considerada inteligente, e por isso

chamada de Nous ou Logos. A partir dessa premissa, ele desenvolveu a ideia de um Deus exterior ao mundo

humano. O Logos, portanto, é algo entre as outras coisas e não exatamente um Deus. Trata-se, ainda assim,

de uma preocupação inteligente e atuante com a causa. A partir desse momento, encaminhava-se o

assunto para a discussão da existência de um Deus concebido pela filosofia. Apesar de renegar a mitologia,

Anaxágoras deu início à discussão metafísica sobre a divindade, inserida no contexto de causa.

1.1 O conhecimento mítico

Nas eras primordiais da civilização humana, o homem era nômade, ou seja, deslocava-se de forma

permanente, sempre acompanhando rios e águas e colhendo alimentos onde estes estavam disponíveis. Há

cerca de dez mil anos, ele passou a fixar-se em determinados locais e aprendeu a desenvolver meios para a

subsistência, como a agricultura, a pecuária e a cerâmica. Com isso, passou a se preocupar mais com questões

que, antes, por causa da sua condição rudimentar, não o incomodavam muito. Esse período foi chamado de

Revolução Verde, pois os primeiros questionamentos surgiram como resultado da vontade de conhecer os

mistérios da condição humana, bem como encontrar um meio de explicar os fenômenos naturais.

Mesmo sendo impossível responder às perguntas sobre o conhecimento de seus antepassados, o homem

criou a mitologia para tentar compreender sua existência de forma racional, embora dentro da limitação,

das questões primordiais. Nesse sentido, o mito apresenta características inerentes, como a religiosidade e

a fantasia, sem jamais deixar de ser racional, pois se trata de uma grande atividade intelectual humana.

Prometeu, por exemplo, é o caso de um semideus que levou o fogo do Olimpo para o domínio do homem, sendo

condenado pelos deuses gregos a ter o fígado devorado diariamente por uma ave de rapina, preso a um penhasco.

Para agravar seu sofrimento, o órgão se regenerava imediatamente, para que fosse devorado de forma perpétua.

Assim, o homem justificava como havia conseguido descobrir o fogo e a utilizá-lo para evoluir,

espantando o frio, os medos e as feras à noite, além de cozinhar alimentos e criar peças de cerâmica.

Ainda nos dias atuais, vários mitos persistem na vida dos habitantes das regiões rurais, com o intuito de

explicar os fenômenos da natureza.

A importância do pensamento mítico e da mitologia na perspectiva histórica da filosofia passa então a ser o

início de um pensamento mais exigente por respostas que viriam a ser reconhecidas como filosofia na fase seguinte

da evolução do pensamento

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