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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Por:   •  29/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.285 Palavras (10 Páginas)  •  121 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Curso de Graduação em Direito

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Um passeio pela Antiguidade: na companhia de Sócrates, Epicuro, Sêneca e outros pensadores

Professor: Enrique Porta

Aluno: Matheus Henrique Simão Cabral

Turma: 116

Belo Horizonte, setembro de 2019

INTRODUÇÃO – Colorir o Mármore

Droit começa mostrando-nos que o estudo da filosofia já não é mais o mesmo, assim como foi mencionado pelo professor Enrique Porta em uma de suas aulas, afirmando que ‘’não se faz mais filosofia como antes’’.

  Ressalta a necessidade de constatar os Antigos, reinventá-los de forma contextualizada e reconsiderar suas regras de vida e pensamentos que nos faltam. Com isso, anseia e fomenta o desejo do leitor em busca desses temas. Cria certa familiaridade e perspectivas de forma subjetiva, traçando caminhos em direção aos ‘’grandes monstros eternamente vivos que são os Antigos’’, que pelo contrário do que pensamos, tiveram realidades multicoloridas e agitadas. Nos dá amostras de que eles podem ser mais úteis em diversas circunstâncias do que imaginamos.

   Segundo o autor, é preciso entendê-los como algo vivo e presente, e não obsoleto e morto, entrelaçando seus pensamentos uns com os outros, já que há uma ligação entre eles. Ademais, os Antigos mencionados são tão importantes quanto a matemática e a formação científica. Podemos reinseri-los novamente em nosso mundo atual.

CAPÍTULO 1 - VIVER – 1 Descobrir os gestos cotidianos

Para eles, a vida não se trata de um processo acabado e finalizado, mas sim algo a ser esculpido. Aperfeiçoar a vida significa, em primeiro passo, educar-se, e com isso, produzir pessoas civilizadas. Em seguida, ser capazes de superar conflitos internos. Afinal, o autoconhecimento é primordial e fundamental.

  • Homero:
  • Ele não é poeta no sentido que empregamos, mas sim o molde, a base e o húmus do universo antigo;
  • Ao longo de seus cantos, abraça aquilo a que se chama de viver, mostrando os dois lados da história como nascimentos e mortes. Além disso, ler Homero é sonhar com a realidade;
  • Constitui via de acesso primordial no mundo dos Antigos.
  • Tudo se encontra nele; gestos, valores, modos de falar, expressões, etc.
  • Virgílio:
  • Poeta romano clássico, não gostava de guerras, ao contrário de Homero.
  • Optava por paisagens pacíficas e suave;
  • Era habituado com as disciplinas de matemática e agronomia;
  • Suas obras, como as Geórgicas, serviam como manuais e transmissores de seu conhecimento e instruções práticas.

Primordial, a objetividade de buscar a paz sempre foi e sempre será indiscutivelmente importante. Atualmente, busca-se a paz livre de empecilhos, desassociando os opostos, que na verdade sempre andam lado a lado. É preciso aprender a conviver com os dois lados da moeda. É um assunto bilateral.  

2. Como um deus entre os homens

  • Epicuro:
  • Algumas escolas, como a de Epicuro, falavam na ataxaria, que consiste em uma vida sem perturbações. Alcançando isso, vive-se como um deus.
  • Embora denuncie a existência, afirma que os deuses existem, sendo materiais. Para ele há, ou o átomo, ou o vazio no mundo.
  • Organizou sua vida em seu jardim, havendo tanto homens quanto mulheres, algo singular na época. Ali, visavam curar a alma de perturbações por meio de um remédio quádruplo, o ‘’pharmakon’’.
  • Para Epicuro, a definição de prazer e felicidade é atingida desde que o corpo não sofra, além de isentas perturbações na alma.
  • Zenão de Cítio:

  • Após cair em falência, aprofunda-se na filosofia em busca da sabedoria. Almeja uma vida fora do alcance dos acasos do mundo, onde as desavenças não tenham força.
  • Inicia na escola dos cínicos, mas em seguida rompe e cria um grupo, com sua própria doutrina e visão de mundo. Uma filosofia completa.
  • Começa seus ensinamentos sob um pórtico, sendo assim chamados pelos demais de ‘’as pessoas do pórtico’’, os estoicos.
  • O ponto de partida dos estoicos é a vontade, encontrando nela a resposta para evitar os acasos. Reconhecem que nada está sob nosso controle, e buscam a relativização.

  • Pirro:
  • Fundador da escola cética. O ceticismo constitui um caminho para libertação de perturbações. Repudiava escolhas e posições, método para amenizar os empecilhos da alma.
  • Pirro transmite uma mensagem à seus discípulos, alegando que ‘’no fundo tem-se apenas impressões e convicções superficiais e efêmeras’’.
  • Destaca que não sabemos de forma convicta o que é o mundo.
  • A falta de solução para caminhos sem saída (aporia), não gera tormentos entre os céticos. Há a equivalência de força entre argumentos opostos.

Como foi mencionado, tudo gira em torno dos conflitos. A grande questão é como encarar essas situações da melhor forma possível (como foi dito por alguns sábios). Atualmente, nota-se que intrigas e mal entendimentos poderiam ser bem resolvidos da melhor forma possível, como relações entre EUA e Coreia do Norte por exemplo, sem a necessidade de ameaças e equívocos por ambas as partes.

CAPÍTULO 2 - PENSAR – 3 Ouvir a verdade

Há por nossa parte a criação de uma ruptura entre pensar e realizar outras atividades ao mesmo tempo. Devemos aprender que conhecimento e ação são do mesmo universo. Afinal, a filosofia antiga é ''terapia da alma'', e para se alcançar isso, é necessário um trabalho intelectual constante.

  • Heráclito:
  • Embora tudo pareça questão de ponto de vista, há a ‘’unidade dos contrários’’. A ladeira ou a subida são um só caminho;
  • A frase ‘’você nunca banhará no mesmo rio’’ exemplifica bem a ideia de que tudo está em devir, ou seja, ‘’tudo flui’’, nada é permanente e fixo;
  • O pensamento central de Heráclito é que o ‘’logos’’ governa tudo: a natureza e os pensamentos. E tudo pode ser percebido pelos sentidos;
  • Pensar significa perceber as palavras da realidade, deixando de lado a ‘’alma bárbara’’, ajustando-se à língua.
  • Demócrito:
  • Por ser um atomista, alegava que há, ou o vazio, ou átomos.
  • Para Demócrito, a realidade e a natureza não possuem sentido.
  • Não há transcendência. Seu pensamento é oposto a toda forma de deuses e significações.
  • Opunha-se às leis, afirmando que um sábio deveria viver livremente.
  • A lenda de Demócrito entrelaça a loucura, o riso e a sabedoria.

Hodiernamente, é cada vez menor nossa busca pelo conhecimento, promovendo uma certa estagnação. Como mencionado no texto, ‘’o pensamento nunca está concluído’’. Sendo assim, mostra-se e comprova-se necessária a busca incessante do saber, já que a sociedade é líquida, originando novas questões a serem abordadas.

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