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Regras da Razao Filosofia

Por:   •  18/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  653 Palavras (3 Páginas)  •  837 Visualizações

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Regras da razão

        Para que uma definição, seja considerada logicamente correcta, isto é, que delimite sem ambiguidade  o conjunto de objectos designados pelo termo a definir, deve obedecer incondicionalmente as regras que a seguir apresentaremos. O conhecimento e a aplicação de tais regras permitem destruir definições que exprimem com precisão e clareza todas as qualidades essenciais da classe ou conjunto designado pelo termo a definir. Vejamos, então, tais regras:

  • A definição deve aplicar-se a todo o definido e só ao definido.

A definição poderá convir só ao definido se ela não for muito restrita nem muito ampla, o que poderá permitir a sua reciprocidade. Por outras palavras, uma definição é valida quando aquilo que se atribui ao sujeito pertence só e só a ele. É o que podemos verificar no exemplo seguinte:

O gato é um animal que mia.

Nesta definição, atribuímos ao sujeito «gato» dois predicados lógicos: o de «animal», por um lado, e o de «miar», por outro.

Como se pode depreender, ser animal que mia é característica, ou, se assim quisermos, que pertence aos gatos e só a eles. Por isso mesmo, atribuímos ao sujeito gato característica que só a ele pertence, e por isso mesmo, só ao gato convém.

Desta feita cumpre-se a exigência de reciprocidade. Dado que o que se atribui ao sujeito, e ele e só a eles pertence, podemos converter a definição « o gato é um animal que mia », isto é, trocar o sujeito pelo predicado, sem que a veracidade da definição convertida se altere. Na verdade, dizer « o gato é um animal que mia» é o mesmo que dizer «o animal que mia é o gato». Mas se definíssemos o gato como animal mamífero de quatro patas, a nossa definição estaria incorreta, por ser muito ampla, facto que não permite a reciprocidade.

  • A definição não deve ser circular ou o termo a definir não deve constar na definição (regra da não circularidade).

A não circularidade da definição permite que ela seja mais clara do que o definido. Na definição, aquilo que atribuímos ao sujeito deve acrescentar algo ao seu conceito, quer dizer, a definição não deve conter o termo a definir o termo a definir, nem termos da mesma família. Pelo contrario, a nossa definição será circular (circulo vistoso). Vejamos alguns exemplos:

Quando um aluno, interpelado pelo professor, diz «O homem é um ser humano»; «o cilindro é uma figura cilíndrica»; «saboroso é aquilo que contém sabor», este apenas está a refletir por outros termos ou palavras aquilo que pretende dizer. Nestas definições, o definido esta contido, isto é, entra na definição, dai a circularidade. Pois dizer  que «o cilindro é  cilindro».

Estaremos a violar, de igual modo, esta regra de não-circularidade ao definirmos qualquer que seja o conceito recorrendo ao seu oposto. Por exemplo: «Doce é  algo que não amarga»; «cumprido é algo que não é curto»; «Direito é o que não esta torto».

  • A definição não deve ser negativa quando pode ser afirmativa.

Esta regra exceptua as definições de conceito ou termos que são, na essência, negativos,  conceitos ou termos esses que designam privação. Nesses casos, a definição poderá ser necessariamente negativa. É por isso que se diz «Órfão é o ser humano que não tem pai nem mãe; cego é aquele que não vê e o mudo é o que não fala. »

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