Resenha Crítica Documentário A Ultima Hora

Resenha crítica do documentário

O documentário “A ultima hora” traz diversas cenas marcantes, mas dentre todas duas me chamaram a atenção, uma delas ocorre aos 20 minutos onde traz trechos de diversos noticiários falando sobre o aumento de catástrofes naturais de todos os tipos, é mostrado imagens do furacão Katrina que arrasou Nova Orleans e deixou um rastro de destruição, tanto em bens materiais como em vidas de familiares / entes queridos que foram perdidas e logo após estas imagens, Stephen Hawking começa a falar que isso são os efeitos do aquecimento global causado pelas emissões de CO² e que se isso se tornar auto sustentável, na pior das hipóteses seria o fim da existência humana na Terra.

Mesmo após estas tragédias e estas declarações de cientistas, o ser humano não consegue parar um pouco e refletir sobre o que está fazendo com o lugar onde vive? Com o ar que respira? O que vai deixar para seus descendentes? Parece que não, pois a cada ano as emissões de CO² só aumentam, acelerando assim o efeito estufa. É verdade que o ser humano já teve a reflexão filosófica e se questionando conseguiu descobrir a causa desse aquecimento global, mas ainda não teve a atitude filosófica para agir e encontrar a solução para este problema.

Esse aumento das catástrofes tanto é verdade como já existem diversos estudos comprovando isto. Uma empresa de seguros americana a Munich Re já está se preparando para terem mais gastos com coberturas em casos de desastres naturais para se ter uma ideia o número de catástrofes em todo o mundo saltou para 900 por ano a partir de 2006 – na década de 1980, dificilmente passava de 500 (http://www.dw.de/seguradoras-se-preparam-para-aumento-de-cat%C3%A1strofes-naturais/a-16503027).

Outro estudo que foi feito pelo INPE em 2007, traz também um levantamento detalhado do aumento dos desastres naturais (http://www.inpe.br/crs/geodesastres/conteudo/publicacoes/conceitosbasicos.pdf).

A outra cena que me chamou a atenção ocorre aos 47 minutos do documentário, onde Thom Hartmann fala que o problema não é o excesso de CO² ou o excesso de lixo, isso tudo são sintomas do problema e o problema de verdade é a nossa mentalidade, é um problema cultural. As pessoas gastam seu tempo em compras e trabalho.

Isso que foi dito é bem verdade, pois desde pequenos vimos diariamente horas de TV e milhares de anúncios de diversos produtos na televisão, ou seja, crescemos com a cultura de querer comprar aquilo que é apresentado nas propagandas, então trabalhamos mais, nos cansamos mais para comprar tal objeto, simplesmente para nos sentirmos bem e de certo modo nos integrarmos à sociedade, pois os comercias nos forçam a pensar que se não tivermos o produto anunciado, estamos por fora e não somos bons o suficiente sem esse produto. E por esse fato de estarmos trabalhando e consumindo mais e mais, tão ocupados nisso, nos esquecemos de “cuidar” do mundo que vivemos. Não se ensina mais uma criança plantar uma arvore, ela é ensinada a mexer num tablet por exemplo, ela já nasce influenciada por essa cultura de consumismo. Devemos parar um pouco e refletir, mudar essa atitude de consumo desenfreado para que as próximas gerações já tenham essa noção que estamos num mundo de recursos finitos e que devemos utilizá-los com sabedoria.

Essa questão do consumo do ser humano é bem discutida