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Resenha da obra de Sigmund Freud - Tema: Alem do principio de prazer

Por:   •  26/11/2015  •  Resenha  •  2.211 Palavras (9 Páginas)  •  2.174 Visualizações

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Resenha – sobre a Obra de Sigmund Freud - Vol. 18 – Além do princípio de prazer

Aluno (a): Osmélia César – Turma S - Novembro 2015

O autor aborda na sua obra psicanalítica, a suposição que o curso tomado pelos eventos mentais, está automaticamente regulado pelo princípio de prazer. Princípio que visa a obtenção da satisfação.

Há uma excitação psíquica colocada em movimento, que é sentida como desprazer - e a descarga desta excitação, o oposto, sentida como prazer. E essa sensação de prazer e desprazer, este resultado se dá a nível consciente do ego, considerando que parte do ego está também no inconsciente.

Partindo do ponto de vista econômico, o autor sugere, que o aparelho psíquico se esforça em manter níveis diminuídos de excitação/ou a constância desta excitação, ou seja, baixo acúmulo de energia, descarregado pelo prazer, dando a sensação de prazer, e o oposto, seria a sensação de desprazer.  Isso não implica, em que o objetivo, seja sempre alcançado, muitas vezes, há a repressão desse conteúdo, mesmo que parcialmente. Neste caso, o princípio de prazer, pode ser substituído pelo princípio de realidade, sob a influência dos instintos de autopreservação do ego. Mesmo que este processo seja temporário, havendo aí, um adiamento para a obtenção do prazer. A intensidade e a quantidade desta excitação, entretanto, não são objetos em questão. Não se pode definir, onde esta energia estaria localizada, talvez na fronteira entre o físico e psíquico, ou seja, nem no físico nem no psíquico, portanto um conceito fronteiriço.  Essa pulsão tem uma representação no inconsciente - sendo o inconsciente uma representação simbólica – então a pulsão bruta, inata, que nem sempre atinge a fase de desenvolvimento.

O estudo e a interpretação dos sonhos, são métodos confiável na investigação, dos processos mentais profundos. O sonho seria uma via de realização dos desejos do ego, regido pelo princípio de prazer. É nesta obra, onde Freud vai se propor, a resolver a questão dos sonhos traumáticos de guerras - após a 1ª grande guerra mundial, ele vai analisar características deste sonho, que ocorrem nas neuroses traumáticas. São sonhos, que não são regidos pelo princípio de prazer, para a realização dos desejos. Eles se processam de maneira bem distinta onde:

1º - eles tendem a repetição. Leva o paciente de volta ao seu acidente, onde acorda em outro susto. Há uma fixação no seu trauma, e Freud comparou estes sintomas, com sintomas da histeria, onde o paciente sofre de reminiscências.

2º - não é regido pelo princípio de prazer, segundo a teoria de Freud até então, onde trabalhou a questão das pulsões consciente - conflito com o inconsciente, conflito entre ego e libido, no seu texto 3 ensaios sobre a sexualidade – o desenvolvimento psíquico da criança, onde fala das pulsões e a repetição em 1905 - no texto 3 ensaios sobre a sexualidade infantil.

Até então, este tema da sexualidade infantil, era tabu, e nem mesmo os médicos, tocavam neste assunto, e Freud abordou este tema - a partir de sua auto analise, no século após morte do seu pai, e perda de uma filha, embora, ele tenha achado, que este fato não havia interferido, ele passou por um longo período de depressão, e neste processo, descobre a rivalidade existente com o pai, e descobre o imenso amor pela mãe, desejo sexual com a mãe, conflito não resolvido, conteúdo reprimido.

Teve a oportunidade de observar um menino de 1 ano e meio, bem-educado, não parecia precoce no seu desenvolvimento, entretanto, de posse de um carretel com um cordão, a criança, arremessava o carretel para perto de uma cortina, onde o objeto desaparecia, e depois ele mesmo o resgatava, trazendo-o de volta, e repetia, durante o processo, tendendo a repetição, a expressão em alemão “fort” e “da” – que significam – foi embora – está aqui, respectivamente.  Sua mãe precisava se ausentar, por algum tempo, e a criança, compensava seu desprazer, encenando ele mesmo, o desaparecimento e retorno do objeto, onde ele passa a ter atitude ativa de domínio da situação, em pró da atitude passiva, de aceitar a ausência da mãe, sentida como desprazer.  A sensação do prazer, se dava no segundo momento, e não no momento anterior. E, quando esta criança tinha aproximadamente 6 anos, sua mãe morreu de fato, e ele não demonstrou sinais de pesar, talvez até pelo fato, de ter nascido um irmão, neste interim, o qual despertou nele imenso ciúme. Até aqui o tema é abordado, do ponto de vista econômico ao seu tema geral.

Retorno do reprimido – manifestação do reprimido – manifestação das resistências do ego então atribuída à compulsão à repetição – tenta sempre manter princípio do prazer. É em si uma forma de prazer. Parece haver uma dominância do princípio de prazer. Ao contrário, no caso de um paciente em analise, a compulsão à repetição dos acontecimentos da infância, despreza o princípio de prazer sob todos os modos. O paciente em analise, comporta-se de modo infantil, mostra que os traços de memória reprimidos, não estão nele sob sujeição. Parece que há também um impulso, próprio da vida orgânica, a voltar ao estado anterior das coisas. Há um processo primário (no inconsciente) em contraposição ao processo secundário (no estado de vigília) O princípio de realidade, então, deve modificar, na tarefa de dominar, ou sujeitar as excitações, em oposição ao princípio de prazer, independentemente desprezando-o.

No entanto, Freud na revisão de seus escritos, em 1919, vai propor então, a existência de 2 pulsões distintas, uma que ele chama de “Lebenstrieb” de pulsão de vida e outra, que ele chama “Todesstrieb” de pulsão de morte, e também os conflitos, entre as 2 pulsões. Entre o destino das pulsões. A pulsão de vida, aquilo que une elementos que unem – e pulsão de morte aquilo que une elementos que separam - tudo que impele a elementos, que se unem, focando na vida é manifestação da pulsão da vida, e tudo aquilo, que faz com que esses elementos se separam, Freud vai chamar de pulsão de morte.

E, com este novo olhar então, da pulsão de vida e da pulsão de morte, vamos mudar o conceito sobre ego e libido. Libido é regido pelo princípio de prazer, que me leva até o outro – é a pulsão de vida em ação - e o ego tentando resolver o conflito, fazendo com que a excitação seja descarregada, impelindo para a pulsão de morte, e neste sentido, neste movimento, ele explica a tendência a repetição, algo além do princípio de prazer - algo que separa, que vai fazer o trabalho oposto -ele consegue a partir deste fato, explicar 2 coisas de maneira mais fácil.

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