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Resumo Do Terxto De Dermeval Saviani

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Por:   •  10/3/2015  •  2.587 Palavras (11 Páginas)  •  563 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho das obras “Escola e Democracia” e “Pedagogia Histórico-Crítica”, de Demerval Saviani, pretende investigar , de maneira clara e objetiva, como o autor analisa a intervenção das diferentes teorias pedagógicas na questão da marginalidade, retratar um de seus principais objetivos, que é o de “sacudir” a máquina político-educacional, balançando as Curvaturas das Varas em busca de seu equilíbrio ideal e compreender a Pedagogia Histórico-Crítica proposta.

Estas obras nos remete a uma reflexão ampla, sobre a questão da educação, nos ajudando a identificar as causas da marginalidade, a relação escola-sociedade e também o papel do professor, bem como o conteúdo aplicado na Pedagogia Tradicional, Nova, Tecnicista, que são os principais enfoques do autor.

No decorrer da elaboração deste trabalho, foi possível observar que, ao apresentar suas teses, o autor convence seus leitores através de uma exposição precisa de seus argumentos, fazendo com que estes sintam-se intrigados e ao mesmo tempo motivados a remontar uma visão crítica que busque uma educação que consiga compartilhar com os aspectos políticos-sociais altamente complexos.

DESENVOLVIMENTO

“As diferentes teorias pedagógicas versus a questão da marginalidade”

Saviani inicia seu livro “Escola e Democracia”, levantando questões de dois grupos antagônicos. O primeiro grupo é o das Teorias não-críticas, classificadas como a pedagogia tradicional, a pedagogia nova e a pedagogia tecnicista. Este grupo entende que a educação é capaz de erradicar a marginalidade de nossa sociedade, sendo esta última, considerada aqui como harmoniosa. A marginalidade é um desvio, um fenômeno individual que deve ser corrigido, portanto, a educação serve como um instrumento de correção de desvios, tendo, ao mesmo tempo, uma margem de autonomia com relação à sociedade. No segundo grupo, que é o das Teorias crítico-reprodutivistas, subdivididas em Teoria do Sistema de Ensino como Violência Simbólica, Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado (AIE) e Teoria da Escola Dualista. Neste caso, de maneira oposta, a educação aparece como fator agravante, através da discriminação e responsável pela marginalidade, onde esta é inerente à estrutura da sociedade, da qual a educação é dependente. Aqui, a escola reforça e legitima a marginalização social através da marginalização cultural. Saviani frisa que estes grupos de teorias explicam a marginalização na forma da relação entre educação e sociedade.

“O significado da metáfora Teoria da Curvatura da Vara”

Com base nesta metáfora, Saviani justifica um processo de tentativa de ajustes da educação: “quando a vara está torta, ela fica curva de um lado e se você quiser endireitá-la, não basta colocá-la na posição correta. É preciso curvá-la para o lado oposto”.Esta metáfora foi enunciada por Lênin (Althusser, 1977, pp. 136-138). Neste mesmo momento, afirma Saviani que “quando mais se falou em democracia no interior da escola, menos democrática foi a escola; e de como, quando menos se falou em democracia, mais a escola esteve articulada com a construção de uma ordem democrática. Saviani parece que puxa propositadamente a vara para o lado oposto, na esperança desta vir para o centro, que não é nem a Escola Tradicional , nem a Escola Nova, mas sim no da valorização dos conteúdos, que remetem a uma pedagogia revolucionária.

“Uma teoria pedagógica mais satisfatória para as classes populares”

Partindo-se da crítica à pedagogia tradicional, Saviani defende uma pedagogia ativa, centralizada na troca de conhecimentos e na iniciativa dos alunos. Com as propostas do escolanovismo (métodos sofisticados, escolas bem equipadas, etc), seria válido adaptá-las às camadas populares, nas quais são maiores as dificuldades de aprendizagem.

O povo busca o acesso às escolas, ao contrário dos que já se beneficiaram dela. A escola será valorizada a partir de uma pedagogia articulada com os interesses do povo.

Nessa escola para o povo, os métodos ultrapassariam os métodos tradicionais e novos. Levariam em conta os interesses dos alunos em primeiro lugar, porém sem abrir mão da iniciativa do professor. Tais métodos não seriam ecléticos, mas sim manteriam continuamente presente a vinculação entre educação e sociedade, onde o ponto de partida do ensino seria a prática social, fazendo-se necessário transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade igualitária.

“A especificidade da escola”

A especificidade da escola toma corpo ao longo da História, quando as relações sociais passaram a prevalecer sobre as naturais, ou seja, com o próprio surgimento da escola, enfatizando, assim, o mundo da cultura, o mundo produzido pelo homem.

A escola toma conta de um conhecimento elaborado. A própria institucionalização do pedagógico através da escola é um sinal da especificidade da educação. A dimensão pedagógica pode ser detectada numa situação privilegiada, pois esta existe no interior da prática social global. Assim sendo, a escola é uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado.

“A pedagogia histórico-crítica proposta”

A teoria pedagógica histórico-crítica foi criada por Saviani partindo do pressuposto de que é viável, mesmo numa sociedade capitalista, uma educação que não seja, necessariamente, reprodutora da situação vigente, e sim adequada aos interesses da maioria, aos interesses daquele grande contingente da sociedade brasileira, explorado pela classe dominante.

Segundo Saviani, a Pedagogia Histórico-Crítica, embora consciente da determinação exercida pela sociedade sobre a educação, fato que a torna crítica, acredita que a educação também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para a sua própria transformação, fato que a torna histórica.

Saviani chega a dizer que Pedagogia Histórico-Crítica e dialética são sinônimos e que só não usa o termo “dialético” porque, de um lado, há muito simplório que não sabe o que “dialético” quer dizer, pensando que dialético é a mesma coisa que dialógico e, de outro, há muito iluminado que pensa que já sabe o que dialético quer dizer, e, portanto, não pergunta, assim impedindo que se explique .

É preciso registrar que esta teoria, como até aqui descrita, não só pouco tem de inovador, como menos tem ainda de revolucionário. O que Saviani definiu como Pedagogia Histórico-Crítica, até aqui, poderia ser

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