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A escola e a violência/ marginalidade por Dermeval Saviani

Por:   •  29/12/2016  •  Resenha  •  492 Palavras (2 Páginas)  •  1.417 Visualizações

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A ESCOLA E A VIOLÊNCIA/MARGINALIDADE PELA TEORIA HISTÓRICO-CRÍTICA DE ABORDAGEM MARXIANA (TEORIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS)

Outro conceito aqui analisado será o de marginalidade enfatizado pela teoria histórico-crítica, idealizada por Dermeval Saviani (2009). Para ele, a            Marginalidade é um conceito relacionado com a exclusão, onde o marginalizado possui direito à educação, mas que na prática não a recebe adequadamente. Para tanto, as teorias não críticas consideram a marginalidade um fenômeno acidental, que pode ser superado pela educação, enquanto que as críticas entendem-na como um fenômeno natural da sociedade, sendo a educação reforçadora nesse processo, ao invés de ser fator de construção social (SAVIANI, 2009, p.08).

As teorias críticas entendem a educação com a função de reprodução social, especificamente reprodutoras da sociedade capitalista. Na origem da escola, havia o ideal equalizador, ou seja, escola para todos, porém, no decorrer das reformas escolares, essa se tornou cada vez mais discriminadora, repressiva, reforçando a sociedade de classes (o rico/o pobre, o dominante/o dominado) (SAVIANI, 1982, p. 12).

Portanto, as Teorias Críticas compreendem a educação a partir de seus condicionantes sociais. Saviani (1982) coloca três tipos:

A MARGINALIDADE E A TEORIA DO SISTEMA DE ENSINO ENQUANTO VIOLÊNCIA SIMBÓLICA

Para SAVIANI (1982, p.13) a teoria se define por conta de que qualquer sociedade se organiza “em relações de força material entre grupos ou classes”, o que gera a reprodução social, por meio da dissimulação. É importante colocar que a dissimulação para o autor significa o desconhecimento. Portanto, trata-se da violência simbólica, que se converte a partir do reforçamento da violência material (SAVIANI, 1982, p.13).

“A violência simbólica se manifesta de múltiplas formas: a formação da opinião pública através dos meios de comunicação de massa, jornais, etc.; pregação religiosa; atividade artística e literária; a propaganda e a moda; a educação familiar, etc.” (SAVIANI, 1982, p.13).

Para os autores BOURDIEU e PASSERON (apud SAVIANI, 1982, p. 13), o estudo se baseia na realidade do sistema escolar, que por ele é classificado como “imposição arbitrária da cultura (também arbitrária) dos grupos ou classes dominantes aos grupos ou classes dominados” (BOURDIEU e PASSERON apud SAVIANI, 1982, p. 13).

SAVIANI (1982, p. 13) defende cinco conceitos que estruturam as relações de poder que a escola possui como meio de ação para prática da reprodução social: Ação Pedagógica (AP), Autoridade Pedagógica (AuP), Trabalho Pedagógico (TP), Trabalho Pedagógico Primário (Educação Familiar TP Primário), Trabalho Pedagógico Secundário (Trabalho Escolar – TE) (SAVIANI, 1982, p. 13).

A ação pedagógica é a responsável pela disseminação da cultura dominante, que passa a se reafirmar como violência simbólica legítima (SAVIANI, 1982, p. 13).

“Portanto, a teoria não deixa dúvidas. A função da educação é a de reprodução das desigualdades sociais. Pela reprodução cultura, ela contribui especificamente para a reprodução social” (SAVIANI, 1982, p. 13).

A marginalidade, diante dessa teoria, leva em conta os grupos dominados, que não possuem força simbólica (capital cultura) e nem força material (capital econômico), sendo sujeitos da educação, que se torna reprodutora de todo esse processo de marginalização.

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