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Resumo Meditações 1 e 2 de Descartes

Por:   •  27/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  986 Palavras (4 Páginas)  •  8.589 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Escola de Comunicação

Disciplina: Comunicação e Filosofia

Professor: Márcio Tavares

Aluno: Danillo Martins Pedrosa

Resumo: duas primeiras meditações metafísicas de René Descartes

A primeira meditação de René Descartes tem início, segundo o filósofo, devido a uma necessidade se desligar suas antigas convicções, até mesmo as mais simples. Sendo assim, ele procura encontrar indícios de dúvida nos princípio de algumas delas para, dessa forma, rejeitar todas as outras. Dessa forma, não haveria necessidade de rejeitar cada uma elas.

Descartes, então, introduz o princípio de dúvida ao admitir a possibilidade de ser enganado pelos seus próprios sentidos, mas, ainda assim, acredita que há sentidos indubitáveis.  Em seguida, considera que não havia indícios que provassem que ele não estava em um sonho, mas logo o desconsidera o argumento, pois, já que sonhava com coisas verdadeiras, não colocava em dúvida os componentes de suas percepções.            

Seguindo seu raciocínio, René Descartes considera que Deus estivesse enganando-o, porém, como esse deveria ser incontestavelmente bom, Deus jamais permitiria que alguém cometesse enganos, as pessoas, contudo, enganam-se frequentemente. Sendo assim, o filósofo, mesmo contra sua vontade, supõe a não existência de Deus e acredita que quanto menos poderoso fosse seu criador, mais se enganaria, logo, seria mais imperfeito.

Observando que poderia duvidar de tudo que pensava ser verdadeiro até então, Descartes decide não dar mais crédito a nada que acreditava anteriormente, fingindo que todos os seus antigos pensamentos seriam falsos.    

Ao fim de sua primeira meditação, René imagina a existência, em vez de um Deus verdadeiro, de um poderoso gênio maligno que tenta enganá-lo a todo momento. Na sequência, considera que tudo que vê ou sente não passa de pura ilusão causada por tal gênio e acredita que deve abrir mão de todas as suas “falsas crenças”, pois assim o ser maligno ficaria impossibilitado de enganá-lo. Pondo em dúvida todas as suas antigas opiniões e receoso de não encontras respostas precisas, Descartes, então, finaliza sua primeira meditação.

Iniciando sua segundo meditação, o filósofo revela que dará continuidade ao raciocínio iniciado na primeira meditação, ou seja, irá se afastar de tudo que lhe parece duvidosos, mas agora sobre si mesmo, para que possa encontrar algo que seja, de fato, verdadeiro e indubitável.

Logo em seguida, ele percebe que é capaz de produzir seu próprio pensamento com ou sem a ajudar de alguma potência superior, mas fato é que ele pensa, logo, existe. Dessa forma, a única coisa que pode ser provada é que ele é um ser que pensa. Nada mais que isso pode ser considerado verdadeiro até então. Descartes, agora, empenha-se em descobrir o que é, além de um ser que pensa; de modo que não utilize sua imaginação, já que inventar algo somente o afastaria do conhecimento real e verdadeiro.

A partir daí, Descartes procura provar a existência do corpo. Para isso, reflete sobre um pedaço de cera de uma colmeia e prova que a existência desse objeto jamais poderia ser provada através dos sentidos, umas vez que no caso de ser aquecido, praticamente todas as suas propriedades físicas seriam alteradas. Da mesma forma, seria impossível perceber a existência desse pedaço de cera de qualquer outra maneira que não fosse através do pensamento, assim como seria com qualquer outro corpo. Ainda assim, Descartes afirma que apenas através pensamento não é possível ter conhecimento de todas as coisas, ele somente julga aquilo o que nossos sentidos transmitem.

 

Comentário:

Em suas duas primeiras meditações, Descartes consegue convencer-nos sobre a veracidade de nossa existência de forma brilhante e, ao abdicar de todas as suas convicções para tirar suas conclusões, surpreende seus leitores pela utilização desse método nada comum. É inusitado também que o filósofo seja tão religioso e, ao mesmo tempo, defensor da razão. Apesar da leitura confusa em alguns momentos, as ideias expostas pelo autor foram bastante concisas.

                

Descartes então tenta provar a existência do corpo, mas como corpo é uma concepção muito genérica, usa em sua reflexão um pedaço de cera retirado de uma colméia e mostra que o princípio que faz com que esse pedaço de cera exista não pode ser percebido através dos sentidos, posto que caso este mesmo pedaço de cera seja aquecido ele muda completamente, de um modo que não permanece com a mesma forma, com o mesmo odor, com o mesmo gosto, com a mesma textura (propicia uma sensação tátil diferente) e nem mesmo fazendo o mesmo barulho que faria antes de passar por tal processo de aquecimento. Este pedaço de cera também não pode ter sua concepção feita através da imaginação, posto que pode vir passar por tantos processos de mutação (modificação de forma) diferentes que seria impossível imaginar todos eles,portanto o pensamento seria o único meio possível pelo qual se poderia obter a concepção de cera, e de qualquer outro corpo, visto que a cera é apenas um corpo que foi escolhido para que se pudesse fazer essa análise. Porém, sozinho o pensamento não é capaz de nos trazer a concepção das coisas em geral, ele é responsável pela capacidade que temos de julgar o que nos é transmitido por meio dos sentidos, responsável então por tudo que somos e tudo que julgamos existir.

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