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Resumo de A República de Platão

Por:   •  18/5/2016  •  Resenha  •  836 Palavras (4 Páginas)  •  449 Visualizações

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Resumo de A República de Platão

Um primeiro ponto que podemos levantar a partir da leitura de “A República” de Platão é a discussão acerca da definição do justo. Apesar de terminar o Livro I confessando a sua ignorância sobre o que seria a justiça e se esta é vantajosa em relação à injustiça, o autor trava a partir do diálogo com Trasímaco – homem poderoso que representa os interesses dos tiranos – uma discussão que nos leva na direção do seguinte raciocínio:

Concordando que homem justo seja necessariamente bom, e aquele que se pretende justo apenas deve fazer o bem, independentemente se seus atos forem dirigidos aos amigos bons ou aos inimigos maus, então, compete ao justo, relativamente à virtude do homem – sendo a justiça uma virtude humana –, agir no sentido de melhorar e de fazer o bem - e não o contrário - pois não se pode, através da justiça, fazer com que outro homem se torne injusto. Além disso, o homem justo jamais agiria de forma justa em busca de benefício próprio, já que toda arte visa a vantagem do mais fraco, que é o objeto a que a justiça se aplica. Assim, entendendo que a justiça é uma virtude da alma e que esta só pode exercer a sua função (como a de vigiar, comandar, decidir e etc...) de forma proveitosa em poder daquela, chegamos à conclusão de que para se viver bem e, consequentemente, se chegar à felicidade, é preciso ter alma justa e ser homem justo, o que nos leva a pensar ser mais vantajoso o caminho da justiça que o da injustiça.

A partir disso Platão discorre sobre a “cidade perfeita” onde, entendendo que o homem viva em sociedade por ser mais vantajoso a todos – já que cada um pode se dedicar apenas a uma função de acordo com sua aptidão -, coloca em pauta a educação das crianças como forma de se chegar a esse modelo ideal de polis. Esse modelo ideal teria de ser comandado pelos filósofos-reis, que seriam os homens educados para buscar a verdade e conhecer as coisas além das aparências. Explica que é de grande importância para uma cidade ter bons guerreiros – ou guardiões -, a qual possibilitem segurança para a mesma e que, para isso, estes devam ser educados de forma que amem a cidade e prefiram morrer e ir para Hades que perderem a liberdade e virarem escravos. Ainda, diz que as crianças têm de ser educadas através da arte da música e da ginástica pois, com a música, aprenderiam a desenvolver sensibilidade, ajudando na formação do caráter – noção da proporção do mundo - e, com a ginástica, as crianças educariam a alma por meio da vontade, disciplina e hábito de se cuidar, desenvolvendo uma alma equilibrada.

Platão coloca também a importância de uma educação alimentar – pois diz ser a sociedade um reflexo dos alimentos ingeridos -; critica a risada pois entende ser esta inimiga da verdade e, logo, prejudicial ao bem comum; é contra o teatro porque acha que este ensina a copiar, e põe a narrativa como alternativa mais coerente; e busca o caminho do verdadeiro amor em contraposição ao descomedimento da paixão, que seria o caminho na direção da moderação, ordem, beleza e harmonia.

A partir do Livro VII o autor tenta nos levar ao entendimento de como se chegar à verdade, algo muito importante já que seria indispensável, segundo Platão, esse conhecimento aos governantes. Ele, de forma didática, conta a alegoria da caverna, onde compara as aparências que o homem comum tem acerca das coisas do mundo com sombras projetadas dentro de uma caverna onde viviam homens presos que nunca haviam conhecido nada além daquilo e que tomavam essas projeções como verdades. Assim, quando um desses homens é libertado - como nunca tinha visto a luz do sol - tem dificuldades para olhar diretamente para os objetos e precisa passar por um período até se acostumar e finalmente conseguir ver com os olhos da verdade. É dessa forma que Platão via o percurso a que os homens que buscassem a essência do mundo deveriam trilhar. Estes homens teriam que distinguir a verdade da aparência, através da especulação e da razão.

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