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Schopenhauer

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Por:   •  23/9/2013  •  Seminário  •  1.807 Palavras (8 Páginas)  •  506 Visualizações

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Schopenhauer

Antes de dar início a esse artigo tenho a pretensão de ressaltar que Schopenhauer foi muito influente no meio artístico e isto se torna muito visível, como a exemplo, a sua influencia sobre Wagner (músico), relata também Nietzsche que somente iniciou sua filosofia a partir dos escritos de Schopenhauer, ou mesmo Freud, ao ler seus escritos reflete sobre eles inferindo que, antes dele, toda a teoria psicanalítica estava começando a ser arquitetada em seus escritos (a relação do gênio do mundo artístico e louco, especificadamente)

Mas, se o mesmo era tão sábio e seus escritos tão ricos (no âmbito filosófico) porque o mesmo era quase que condenado quando se tratava de sua filosofia? Uma das razões para que os filósofos das Universidades tinham ao negligenciar Schopenhauer é o fato de que eles estavam influenciados por Hegel (como ele chamava Heglaria). Além dos xingamentos aos acadêmicos, Schopenhauer diz que Hegel tenta reconduzira filosofia à teologia e por isto Hegel traia toda a filosofia kantiana. Naquela época a religião tinha muito interesse no Estado e Schopenhauer diz que a sua filosofia não tinha interesse porque não interessa ao estado. Esta negligencia é mencionada por vários autores, dentre eles Gardiner e Roger.

Outro ponto importante em Schopenhauer é que o mesmo não incita um movimento contra a razão, mas coloca a no seu devido lugar. O pensamento de Schopenhauer era intolerável para os acadêmicos por conta do seu anti-historicismo, ou o revisionismo marxista. Para Schopenhauer o caminhar do mundo não está dirigido por nada, o que os acadêmicos não concordam, sobretudo os hegelianos e os marxistas. Para ele isto não é mais que uma religião disfarçada. Ele não pretende que o leitor negue a sua própria vontade. Ele não é pregador de uma nova moral. Os filósofos de sua época não tinham interesse por ele porque achavam que ele não tinha um sistema filosófico completo. Poder-se-ia inferir que ele fora traído pela sua ânsia de ser reconhecido pela academia. Assim ficou conhecido pelo publico, mas não foi reconhecido pelas universidades. Pode-se inferir também que Schopenhauer possui a obsessão pela clareza dos textos e pensamentos. A clareza era uma marca de sua filosofia. Atacava Hegel e Schiller de que eram confusos em seus pensamentos e textos e deixavam a culpa do não entendimento para os seus leitores.

Para se falar da teoria científica que abarcada por Schopenhauer em seu primeiro livro do conjunto denominado "O mundo como vontade e representação” faz-se necessário explicar a teoria na qual Schopenhauer buscou para dialogar com seus escritos bem como uma breve explanação acerca dos outros escritos abarcados no livro supracitado.

Kant, apesar de elucidar e abranger várias teorias em seus postulados deixara algumas teorias que, para os idealistas alemães, deveriam ser melhores explanadas e, essa necessidade no âmbito teórico foi o aparelho motriz para a eclosão desse movimento filosófico e, conseqüentemente, para a realização de muitas teorias colocadas nesse período transitório denominado de Idealismo Alemão, no qual Schopenhauer, bem como Schelling, Schelegel, Fichte que também pertenciam a essa corrente filosófica.

Os problemas deixados pelo legado do Kantismo são passíveis de inferir que derivariam principalmente da junção entre a razão prática (um conhecimento que está intimamente ligado a faculdade do agir e o da sensação) e a razão teórica (um conhecimento que apenas conhece – está inserido apenas no plano racional), sendo necessário demonstrar qual dessas razões possui um primado sobre a outra; Schopenhauer , assim como todos os filósofos dessa corrente, infere que a razão pratica possui um Primado sobre a razão teórica, ou seja, mostrar que a razão que está ligada ao agir (à vontade de) é mais importante do que aquelas que possuem seu plano apenas na esfera racional.

A razão Prática possui o primado, pois essa está ligada fundamentalmente a liberdade (seja ela política ou moral – pois essas são intimamente ligadas ao agir, sendo o agir, nessas esferas, de suma importância para ser concretizada) e a razão teórica são dadas apenas como uma espécie de “acessório” para a elaboração de tais questões (pertinentes).

Kant deixou alguns problemas e os Idealismos Alemães intenta resolvem-no interpolando uma tentativa de dissolver também outra questão que é pertinente nesse período, que é a noção da coisa-em-si: É preciso dissolver idealisticamente a coisa-em-si. No âmbito teórico não será plausível a dissolução, uma vez que é necessário dissolver essa coisa-em-si no plano prático. O sujeito precisa do plano teórico para poder resolver o problema da coisa-em-si, porém esse sozinho não é suficientemente capaz de elucidar tal questão, necessita, principalmente, da razão prática, para que possa haver uma resolução que seja plausível no âmbito racional.

Schopenhauer relata que as teorias Kantianas possuíram méritos e deméritos e, faz-se necessário tentar resolver (elaborar melhor) a parte de sua teoria que são colocados (para Schopenhauer) como deméritos de sua teoria filosófica. Os méritos ligados a Kant seria : I) Distinção de fenômeno e coisa-em-si; II) a solução da terceira antinomia (a liberdade como necessidade – explicitada na página 624 da obra em análise); e III) finalmente deu um fim a escolástica. A exemplo de mérito kantiano, Schopenhauer aceita e faz sua distinção entre fenômenos de coisas em si mesmo. Ele aceita também que, ao conhecer, conhecemos as coisas tal como nos aparecem (fenômenos), tal como submetidos a estruturas a priori encontráveis em nós, e não as coisas tais como seriam em-si-mesmas. Quando Schopenhauer diz que a coisa em si é vontade, está dizendo que a explicação ultima não tem como explicar. É interessante ressaltar, também, que na filosofia de Schopenhauer a razão dá lugar a vontade, sendo esta ultima mais importante do que a razão em si (contrário a Kant, que a razão era o papel central de sua teoria.)

Já como deméritos legados por Kant, Schopenhauer aponta dois deles, a saber: I) Não viu uma possibilidade de uma metafísica imanente; II) Em sua teoria, Kant não faz uma distinção entre o que pode ser dado como abstrato (Razão) e intuitivo (Entendimento). Um célebre exemplo de demérito Kant explicita que o conhecimento estava circunscrito aos limites da experiência. O conhecimento metafísico dogmático não faz parte da esfera do conhecer.

Os racionalistas anteriores a Kant como Descartes, Leibniz e outros; baseavam sua metafísica consultando a sua razão e, assim encontrando verdades universais (essência ultima da realidade, de deus), “verdades eternas”. Na verdade são princípios

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