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Sentido Da Vida

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Por:   •  7/2/2015  •  1.828 Palavras (8 Páginas)  •  505 Visualizações

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O sentido da vida

A questão acerca do sentido da vida é frequentemente colocada pela filosofia. Qual é o sentido desta? Muitas vezes esta questão é precedida pelo termo “morte”, o que torna a sua resposta mais complicada. Para além disto, outro fator que impede a melhor compreensão desta questão é a falta de informação acerca desta pois pouco sabemos sobre o sentido da vida.

É possível encontrar respostas em correntes religiosas baseadas na existência de um Deus que criou o mundo e tudo o que nele existe. Neste caso, questionamo-nos acerca da finalidade da criação de Deus. No entanto, esta pergunta e muitas outras que surgem no contexto da religião só fazem sentido nesta mesma.

Já a filosofia encontra várias respostas relacionadas com o absurdo, a morte e o sentido subjetivo e objetivo da vida. Estas colocam perguntas sobre o objetivo da vida, o valor desta e a existência de uma razão para viver.

Depois de muito se questionar o homem chegou a uma certeza acerca da sua vida: a sua finitude. Isto porque, ao longo da sua vida o homem depara-se com desafios e situações inevitáveis que, contrastadas pela temporalidade e pelo fim da vida, o obrigam a tomar uma posição.

Finitude é assim um termo abstrato correspondente à qualidade própria do ser humano e das suas possibilidades. Todavia, existir sem a reflexão acerca da sua finitude pode resultar numa vida sem sentido, pois a única certeza do homem é que algum dia a sua vida chegará a um fim. Mas antes de isso ocorrer ele viverá inúmeras situações que encarará sem separar o conceito de temporalidade e morte do conceito de vida.

Por isto, a finitude não se deve destacar como um acréscimo à vida humana, mas como parte do seu sentido, sendo uma potência para a descoberta do sentido da vida e a tarefa do ser humano no mundo.

O homem possui a liberdade de se comprometer na tarefa de encarar os valores e atualizar os seus sentidos. Pode então tomar uma posição na criação de uma obra ou perante situações inesperadas.

A ideia de ser no mundo surge do facto de não vivermos isolados e de cada um de nós ter uma diferente tarefa no mundo consoante a posição que temos sobre a finitude. Existem então diversas teorias sobre este tópico. Iremos focar o existencialismo, o absurdismo e o niilismo.

Existencialismo

O existencialismo é uma corrente filosófica que tem como objeto o homem, e a sua relação com os outros, procurando encontrar um sentido para o seu viver.

O pensamento existencialista defende, em primeiro lugar, que a existência vem antes da essência. Significa isto que o homem primeiro existe, depois descobre-se e só depois se define.

O existencialismo defende que não existe nenhum Deus que tenha planeado o Homem e portanto não existe nenhuma natureza humana fixa que o Homem deve respeitar. Ou seja, o sujeito é juiz de si mesmo, sendo responsável pelas suas ações, tendo em conta que este não foi planeado por ninguém mas existe em si mesmo.

Por esta razão o homem deve dar sentido à sua existência, uma vez que ele é aquilo que o próprio faz de si mesmo.

A construção da essência do homem é feita a partir das escolhas que faz, visto que o homem é livre. Nesta condição, o homem é responsável por todas as suas escolhas, que são feitas de acordo com a sua vontade.

Mas se a condição humana é esta, então o homem vive numa angústia pois não tem alguém que o guie. Ele estará numa situação de escolha constante e cada escolha irá refletir diretamente quem ele é. O homem está condenado a ser livre. Então, cada decisão é um risco, o que deixa o homem mergulhado na incerteza.

Segundo Kierkegaard, a verdade não é encontrada através do raciocínio lógico, mas sim, segundo a paixão que é colocada na afirmação dos factos logo, a verdade é subjetiva. Isto ocorre devido ao facto do homem ser livre. Consequentemente não se pode, assim, fazer qualquer afirmação sobre o Homem.

No caminho da vida há várias direções a seguir que são: o modo de vida estético (o indivíduo aproveita cada momento ao máximo); o modo ético (o indivíduo procura agir corretamente com os outros), e o modo religioso (o indivíduo apoia-se sobre a fé).

Quando falamos em liberdade falamos desta depender exclusivamente de nós, o que equivale a dizer que a existência é vivida em liberdade absoluta, e tendo em conta que a liberdade é ilimitada, também as verdades são subjetivas. Assim podemos concluir que o homem está condenado a inventar o homem.

Os existencialistas acreditam que o homem se vai construindo à medida que vai vivendo, e não que foi criado com um determinado propósito.

Absurdismo

Em filosofia, "O Absurdo" refere-se ao conflito entre a tendência humana de procurar sentido para a vida e a inabilidade humana para encontrar algum significado. O universo e a mente humana não causam o Absurdo de forma separada mas este surge da natureza contraditória de ambos.

Desde sempre que os homens tentam encontrar sentido para as suas vidas e essa busca, tradicionalmente, resulta em uma das duas conclusões: ou que a vida não tem sentido, ou que a vida contém em si um propósito definido por uma força maior, seja Deus, ou qualquer outro conceito abstrato.

Que atitude devemos adotar então? Não podemos fugir da procura do significado por meio de suicídio, pois isso seria apenas um meio de adiantar o resultado final do destino de cada um de nós. Se a vida é verdadeiramente absurda, combate-la é ainda mais absurdo.

Mas também não está certo fugir-lhe por meio da fé. Camus percebe que preencher a dúvida com alguma crença ou sentido inventado é um "ato de ilusão"; isto é, evitar ou contornar em vez de reconhecer o Absurdo. Para Camus, a ilusão é uma falha fundamental na religião e no existencialismo.

Se o indivíduo escapa ao Absurdo, então ele não poderá confrontá-lo. Assim acreditar em Deus é “negar um dos termos da contradição” entre a humanidade e o universo.

Para este filósofo, é a beleza que as pessoas encontram na vida que a faz valer a pena. As pessoas podem dar sentido às suas vidas, não obrigatoriamente um sentido filosoficamente objetivo, mas ainda assim podem encontrar algo pelo que lutar.

O absurdista não é guiado por uma conduta moral, mas pela sua própria integridade. Este é de facto amoral, mas não necessariamente imoral. Moralidade implica certezas decerto e errado, enquanto a integridade implica honestidade comigo mesmo e consistência nas motivações subjacentes às ações e decisões do indivíduo.

Contudo

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