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Sociologia - Ensino Secundário

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Por:   •  16/5/2014  •  Tese  •  2.221 Palavras (9 Páginas)  •  406 Visualizações

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Sociologia - Ensino Médio

“Se existe uma ciência das sociedades, é de se desejar que ela não consista simplesmente numa paráfrase dos preconceitos tradicionais, mas nos faça ver as coisas de maneir"A ciência (seja ela qual for) não pode propor fins à ação prática. (...) Uma ciência empírica não está apta a ensinar a ninguém aquilo que ‘deve’, mas sim, apenas aquilo que ‘pode’ e – em certas circunstâncias – aquilo que ‘quer’ fazer.”

(Max Weber – Ciência e Política: duas vocações, 1920)

Índice

Apresentação da disciplina

O ensino da Sociologia: da escola média à universidade Brasileira

A Sociologia no Ensino Médio do Paraná

EMENTA DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA –COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ

Livros Didáticos e SOBRE METODOLOGIA DO ENSINO DE SOCIOLOGIA

LISTA DE FILMES -COORDENAÇÃO DE SOCIOLOGIA

Referências Bibliográficas PARA O(A) PROFESSOR(A)

Apresentação da disciplina

Desde que se constituiu como saber científico no século XIX a Sociologia vem contribuindo para que se conheça a “estruturação” (estrutura e ação social) da sociedade e como ocorrem as relações sociais no meio em que vivemos. O objetivo primeiro da Sociologia é conhecer e explicar a dinâmica das relações sociais que se estabelecem no interior dos grupos e as maneiras pelas quais os diversos grupos interagem entre si. Como disciplina curricular o objetivo geral da Sociologia é levar o aluno a pensar a realidade social da qual faz parte, desenvolvendo uma consciência de que toda sociedade é uma construção histórica e não uma fatalidade regida por “leis naturais”, podendo ser construída e reconstruída segundo as necessidades dos grupos e sujeitos ou atores sociais. O estudante de Sociologia no Ensino Médio deve além de interpretar o mundo, sentir-se capaz de transformá-lo ou de, no mínimo, percebê-lo como passível de transformação.

Sabemos que o desafio maior é, sem dúvida, o conhecimento em si, função precípua do nosso colégio. Porém, de acordo com o que registra o Projeto Político Pedagógico, “a prática educativa do CEP deve levar em consideração as relações entre capital, trabalho e educação, assim como deve firmar-se em ideais comprometidos com a formação humana, tendo como base os ideais de equidade, de igualdade, de ética, de justiça social, de solidariedade e de democracia e não ideais discriminatórios, individualistas, de dominação e exclusão social”.

Segue abaixo trecho retirado das Diretrizes Curriculares de Sociologia elaborado pela Secretaria Estadual da Educação do Paraná (SEED-PR) em 2008, sobre história da sociologia no ensino básico no Brasil e no Paraná:

O ensino da Sociologia: da escola média à universidade brasileira

Como em outros países, a introdução da Sociologia como disciplina curricular é parte do seu processo de institucionalização, ampliando e conformando a comunidade científica pelo reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos pedagógicos, que promovem sua aceitação social e difusão do conhecimento em nível escolar. De algum modo, essa adoção curricular tende a mostrar a ênfase humanística nos estudos em diferentes níveis e momentos e a perspectiva transformadora que pode inspirar projetos de sociedade e visões políticas avançadas. Esta é uma forma de resposta das sociedades no horizonte da modernidade instalada.

Os cursos secundários abrigaram a disciplina antes da Sociologia ser considerada disciplina acadêmica em cursos do ensino superior. Numa sequência, durante a década de 1930 surgem os cursos de Ciências Sociais, no país: em 1933, na Escola Livre de Sociologia e Política (SP) em 1934, na Universidade de São Paulo em 1935, na Universidade do Distrito Federal (RJ) e, em 1938, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná. Esse lócus institucional da Sociologia acadêmica é estímulo para a produção do conhecimento e vicejam compêndios didáticos elaborados nesse período, num esforço de sistematização da nova ciência.

Contribuíram para formar um núcleo de pensamento sociológico no Brasil, os professores estrangeiros convidados, principalmente os de origem francesa, que atuaram junto aos cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP.

Com eles, a Sociologia introduziu a investigação de campo na qual Emílio Willems foi figura de destaque em combinar a pesquisa de campo com a reconstrução histórica. As mudanças na sociedade rural e urbana com movimentos sociais pela terra, messiânicos, estudantis, operários e questões ligadas às minorias indígena, negra e migrante, e às transformações institucionais, como o Estado, a religião, a educação, chamaram a atenção dos pesquisadores. A criação dos cursos superiores de Ciências Sociais possibilitou o desenvolvimento da pesquisa sociológica e a formação de quadros intelectuais e técnicos para pensar o país e dar suporte às políticas públicas durante o Estado Novo.

A Sociologia ingressa primeiramente no sistema de ensino, em 1891, com a reforma educacional protagonizada por Benjamin Constant, e aparece sob o título de Sociologia e Moral, pré-formatado pelo espírito positivista reinante na ciência e na sociedade. Durou apenas um ano como disciplina obrigatória.

Antes disso, as menções à nova ciência eram ocasionais à obra de Comte, nas Escolas da Marinha e Politécnica, nas Faculdades de Medicina e, sobretudo, nas de Direito. O reaparecimento da Sociologia ocorre duas décadas depois, em 1925, quando a Reforma Rocha Vaz passou a exigi-la como conteúdo avaliado nas provas de ingresso às faculdades. Tal exigência, afirma Meucci (2008), fez com que a Sociologia estivesse na grade de disciplinas de nível secundário, de 1926 a 1929, do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, reconhecidamente modelar entre instituições públicas e privadas.

Também, em meados da década de 1920, a Sociologia integrou o currículo para a formação de educadores primários e secundários dos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco. A centralização do sistema educacional no país e a reforma do ensino levam a Sociologia aos chamados cursos complementares, de preparação dos estudantes para estudos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas, Engenharia e Arquitetura. Com a Reforma Capanema, em 1942,

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