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Tese Platônica Do Filósofo Rei

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Por:   •  17/9/2013  •  1.336 Palavras (6 Páginas)  •  615 Visualizações

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A Tese Platônica do Filósofo-Rei, Sua Vinculação Entre Política e Educação

ELIZABETE MORESCO¹

A República pode ser entendida sob o aspecto de constituir uma obra utópica, mas o passado é uma riqueza, que se deve analisar e avaliar quando quer confrontar-se o presente. Platão defendia um estado classista, sendo a classe fundamental os filósofos, esses deveriam governar o estado, sendo assim, defendia um governo do filósofo-rei.

A visão mais propagada e estudada de Platão é que o mais perfeito regime seria o governo absoluto e autocrático do filósofo-rei, ao invés dele ser reconhecido e ser referido como um dos fundadores do regime constitucional, ele passa a ser visto sendo o adversário de qualquer forma de democracia, como também o precursor do totalitarismo contemporâneo, fazendo com que isso seja o maior pretexto de dogma, segundo o qual a filosofia política clássica se diminua do que teria a nos descrever acerca de assunto políticos.

Nas teses de Platão, há comprovantes práticos e políticos, que o filósofo almeja e afirma ser necessária a propriedade comunal, por essa ser inevitável à veracidade e a eficácia política, a ligação do poder econômico e poder político corrompem, ao avaliar as corrupções, conecta a união desses dois poderes, o que se liga ao poder econômico, preocupa-se com seus interesses econômicos, esquece que a sabedoria e o altruísmo são necessários para o bom governo e dirige o poder político para obtenção de vantagens econômicas.

Os governantes devem ser livres de interesses e tendências individualistas, fazendo com que haja concorrência pelo poder e cargos públicos, os que têm interesses coletivos, serão servidores e não seus senhores, sendo assim governantes e governados estão conectados por relações de amizades e reconhecimento mútuo, os inimigos são sempre: o individualismo e o egoísmo.

Lembrando-se da tese de Protágoras.

Elizabete Moresco é Funcionária Pública do Estado de Santa Catarina, com Pós-graduação/FURB - Blumenau. Licencianda em Filosofia/UFSC. E-mail: betemoresco@hotmail.com

“Os deuses distribuíram as diferentes tarefas da cidade a pessoas diferentes, no entanto, a tarefa da política para todos os homens, e não para algum especialista...” (ASSMANN, José Silvino. DUTRA, Delamar Volpato).

O que funda uma cidade são nossas necessidades, pois necessitamos uns dos outros, ninguém é auto-suficiente, mas precisa de muita coisa, sobretudo dos outros, pois temos que contar um com o apoio do outro completando a coletividade de uma sociedade.

Platão considera que o bem necessita ser comum, só de tal modo será “bom ser bom”, a essência é o filósofo como governante, baseando-se na Alegoria da Caverna de Platão o Sol, origem da realidade do conhecimento, não chamou a todos: uns nasceram para serem homens de prata, outros para serem homens de bronze e só alguns nasceram para serem homens de ouro, pois Platão tem convicção que a maioria não nasceu para sair da caverna, nem para governar, e continuará na caverna das sombras e das opiniões. Ai está a difícil relação entre verdade e política, entre teoria e prática. Quem vê o Sol, conhece a verdade é sábio, mas precisa voltar à caverna, salvar seus amigos, para realizar o bem na cidade e no mundo, portanto para Platão, poucos cidadãos atenienses podem ser: “o filósofo-rei”.

Na República Platão idealiza um princípio novo de educação, o Estado é uma invenção da mente humana e para remodelá-la é preciso aperfeiçoar a mente dos homens, justiça é habito mental assim só existirá a justiça apropriada quando os cidadãos adquirirem tal hábito e isso só se alcançará pela educação do povo.

Platão defende ainda a eqüidade dos gêneros para a educação, não diferenciando homens e mulheres, pois a physis feminina tem as mesmas potencialidades da masculina, podendo, pois a mulher ser educada para a vida política. Há alguma coisa mais perfeita para a cidade do que existir nela os melhores homens e mulheres.

Novamente tendo como embasamento a “Alegoria da Caverna”. A maioria da humanidade vive na condição de ignorância, no mundo ilusório, no grau de ansiedade, a representação são imutáveis, não funcionais, com isso não são objetos de conhecimento.

O sujeito educado é instigado a querer uma cidadania perfeita e isso se conquista com a passagem gradativa do senso comum enquanto visão do mundo, para o conhecimento filosófico que é racional, sistemático e organizado. Com a alma iluminada, leve, livre e solta da ignorância e maldade, a educação como superação da ignorância, para libertar o homem da caverna é necessária educação, atingir o inteligível, fazendo se necessário descobrir as tendências de cada alma, colocar treinar, educar cada vez mais, isso desde a infância para aproveitar melhor as potencialidades e competências de cada um, dominar as matemáticas, conduzir o sujeito para a verdade é a filosofia o mais extraordinário de todos os empreendimentos.

A errância é uma

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