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Trabalho Filosofia

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Por:   •  26/5/2014  •  1.239 Palavras (5 Páginas)  •  626 Visualizações

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A categoria gênero é entendida como uma construção social das relações entre homens e mulheres, numa arena onde interagem e disputam.A primeira vez que se falou em "gênero" foi em 1968, com Robert Stoller, no livro "Sex and Gender", em que empregou a palavra "gênero" com o sentido de separação em relação ao "sexo". Neste livro, Robert Stoller estava discutindo sobre o tratamento de pessoas consideradas "intersexos e transexuais". Tratava de intervenções cirúrgicas para adaptar a anatomia genital (considerada por ele como sexo) com sua identidade sexual escolhida (considerada como gênero). Para este autor, o "sentimento de ser mulher" e o "sentimento de ser homem", ou seja, a identidade de gênero era mais importante do que as características anatômicas. Neste caso, o "gênero" não coincidia com o "sexo", pois pessoas com anatomia sexual feminina sentiam-se homens, e vice-versa (STOLCKE, p.86).

[...] Elas são ligadas entre si, mas deveriam ser distinguidas na análise. O núcleo essencial da definição repousa sobre a relação fundamental entre duas proposições: o gênero é um elemento constitutivo de relações sociais fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos e o gênero é um primeiro modo de dar significado às relações de poder (SCOTT, 2002, p.14).

A teoria sobre o gênero que afirma que a orientação sexual e a identidade sexual, ou de gênero, dos indivíduos são o resultado de uma construção social e que, portanto, não existem papéis sexuais essencial ou biologicamente inscritos na natureza humana, antes formas socialmente variáveis de desempenhar um ou vários papéis sexuais.Embora essa dinâmica social contemporânea pulse de forma intensa na tentativa de desconstruir a heterossexualidade como natural e a família nuclear fundamentalmente heterossexual, patriarcal e fundada em laços sanguíneos; apesar desses esforços, prevalece a heterossexualidade como modelo, conforme a sua natureza biológica e não de forma normativa e/ou compulsória, mas não podemos negligenciar a verdade de que o sujeito é predisposto a desenvolver características psicológicas do sexo a que pertence.

“Aideologia de gênero é umatentativa de afirmar para todas as pessoasquenãoexisteumaidentidadebiológicaemrelação à sexualidade. Querdizerque o sujeito, quandonasce, não é homemnemmulher, nãopossui um sexomasculinooufemininodefinido, pois, segundoosideólogos do gênero, isto é umaconstrução social”, diz o médicochileno, especialistaembioética, Dr. Christian Schnake.

Com a incorporação de gênero, como categoria analítica, tem-se procurado demonstrar que os comportamentos ou valores que são aceitos em uma sociedade, num determinado momento histórico, podem ser rejeitados em outros períodos. Assim, destacar as diferenças, a partir do reconhecimento de que a realidade histórica é social e culturalmente constituída, tornou-se um pressuposto para entender essa categoria, permitindo perceber a existência de processos históricos diferentes e simultâneos, bem como, abrir um leque de possibilidades de focos de análise.No final da década de 1990, a temática gênero ganhou espaço nas propostas educacionais brasileiras, mais especificamente por meio dos PCNs. A abordagem das questões de gênero faz parte do tema Transversal "Orientação Sexual" e justifica-se mediante a necessidade de crianças e jovens refletirem sobre os esterótipos, os papéis sociais atribuidos para cada sexo na escola.

O conceito de gênero é definido nos PCNs como: o conjunto das representações sociais e culturais construídas a partir da diferença biológica dos sexos. Enquanto o sexo diz respeito ao atributo anatômico, no conceito de gênero toma-se o desenvolvimento das noções de masculino e feminino como construção social. O uso desse conceito permite abandonar a explicação da natureza como a responsável pela grande diferença existente entre os comportamentos e lugares ocupados por homens e mulheres na sociedade. Essa diferença historicamente tem privilegiado os homens, na medida em que a sociedade não tem oferecido as mesmas oportunidades de inserção social e exercício de cidadania a homens e mulheres. [...] reivindica-se a inclusão da categoria gênero, assim como etnia, na análise dos fenômenos sociais, com o objetivo de retirar da invisibilidade as diferenças existentes entre os seres humanos que, por vezes, encobrem discriminações.

A desconstrução de gênero é uma ideia pós- moderna

O pós-modernismo é tudo o que se refere ao novo foi quando ocorreu a total mudança, ou melhor, uma mudança geral, em quase todos os aspectos, desde, nas artes até nas ciências. Ele é individualista, liberto de crenças, medos, preconceitos, pelo contrário, foi uma fase de se colocar ideias e pensamentos livres de objeções. Com isso o pós-modernismo invadiu o mundo dos indivíduos, através da mídia, da tecnologia, da eletrônica, enfim das informações em massa, levando

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