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Uso de Drogas Pesadas

Por:   •  12/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.277 Palavras (6 Páginas)  •  336 Visualizações

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   UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

DURKHEIM:

ALIENAMENTO ENTRE

DROGAS PESADAS E SUICÍDIO

Disciplina: Sociologia da Ciência e Tecnologia

Professor: Ivan Dourado

Acadêmico: Felipe Viecili

Passo Fundo, junho 2015

1. Introdução

Dentre as obras publicadas pelo sociólogo francês, Émile Durkheim que contribuíram para torná-lo o pai da sociologia moderna, encontra-se “O suicídio”, publicado em 1897, primeiro estudo sobre esta temática na época. Durkheim estudou as conexões entre os indivíduos e a sociedade para poder compreender esta problemática que atravessa civilizações. Embora tenha se passado mais de um século, desde as pesquisas referentes ao suicídio, as respostas encontradas pelo sociólogo, explicando-o como um fato social, não estão em desacordo com os dias de hoje.  

2. Drogas e suicídio

Atualmente, a prática de suicídio torna-se cada vez mais comum entre as nações, e é estimulada quando combinada a depressão, que é outro problema contemporâneo, e com a conciliação de drogas pesadas, como o crack, a cocaína e a heroína, que contribuem para encorajar e motivar a ação suicida, a qual representa a tentativa de resolução de um problema ou crise que está causando intenso sofrimento, associado a necessidades não satisfeitas, sentimentos de desesperança e desamparo, conflitos entre a sobrevivência e estresse insuportável, estreitamento das alternativas e busca pela fuga, em que o indivíduo apresenta sinais de angústia, sendo que para um dependente químico, não existe angustia maior do que a abstinência. “Uma pessoa que está existencialmente insegura sobre seus diversos eus, ou se os outros realmente existem, ou se o que é realmente percebido existe, pode ser inteiramente incapaz de habitar o mesmo universo social como os outros seres humanos.” (GIDDENS, 1991, P. 96).

3. Entendimento do suicídio por Durkheim

Criticamente Durkheim  expõem que o suicídio é um fato social ligado às motivações individuais somadas às influências de natureza coletiva que cercam o indivíduo. “O suicídio era para ele um fato social patológico que evidenciava que havia profundas disfunções na sociedade moderna” (SELL, 2001, p. 146). O que Durkheim deixa claro nos tipos de suicídio estudados é a relação indivíduo-sociedade, o suicídio ocorre tanto pela falta da ação do indivíduo em determinada sociedade como pela pressão que esta sociedade acarreta sobre ele. Assim, as taxas de suicídio devem ser explicadas em termos das características da sociedade em que os indivíduos se encontram e não em termos biológicos ou psicológicos. O francês concluiu que as taxas de auto depreciação são maiores entre os solteirosviúvos e divorciados do que entre os casados, e maiores entre pessoas que não tem filhos. Essa parcela da população, por ser mais solitária, e não possuir responsabilidades familiares tem maior tendência a ser usuária de substâncias psicoativas, experimentam apenas por curiosidade ou por incentivo de amigos, e quando se dão conta, estão em túnel sem saída, onde tirar a própria vida é a única alternativa encontrada para se livrar do vício e da dependência. Segundo ele, “É nos grandes centros industriais que os crimes e os suicídios são mais numerosos […]” (DURKHEIM, 1999, p. 15). Durkheim inferiu que indivíduos de classe alta e baixa têm mais tendência a se tornarem suicidas do que indivíduos de classe média, ao se comparar com o universo das substâncias ilegais, está correto, pois a classe alta é a que possui maior poder aquisitivo para poder comprar, e manter o vício, e ao mesmo tempo, a classe baixa é a que habita as periferias dos centros metropolitanos, locais onde o tráfico e uso de drogas prevalece.

4. Suicídio relacionado à ocupação funcional

Durkheim procura identificar a vida social do indivíduo de acordo com a sociedade, e, que a sociedade possui um papel fundamental na vida social do indivíduo, esse holismo, holoiós, que em grego significa “todo”, assim que “[…] o todo predomina sobre as partes” (SELL, 2001, p. 130). Com relação à ocupação funcional, o índice de suicídios é maior em médicos,  dentistas, oficiais da lei, advogados, corretores de seguro, e principalmente entre músicos. No mundo da música e principalmente no rock’n roll, existem inúmeros casos de mortes trágicas e prematuras. Para alguns músicos, o fardo de toda fama, a intimidade exposta, e a rotina agitada acabam sendo demais para “segurar a barra”. Por conta disso, muitos deles desenvolvem um quadro de depressão, e se entregam as drogas e a bebida. Infelizmente alguns acabam morrendo de overdose ou decidem tirar a própria vida. Brad Delp, Paul Williams, Nian Dracke, Ian Curtis, Ingo Schwichtenberg, Jason Thirsk, Amy Winehouse, e o vocalista da banda Nirvana, Kurt Cobain são exemplos de estrelas do mundo da música que deram fim a própria vida, das mais diversas formas, disparo com arma de fogo, facada, asfixiamento por monóxido de carbono, enforcamento, etc. No entanto, a história de praticamente todos nomes citados era marcada por um quadro abusivo de drogas pesadas associadas ao álcool juntamente com a pressão da mídia e sociedade que busca utilizar celebridades em seu auge como vitrines e espelhos de vida para os mais diferentes tipos de pessoas, forçando-os a tornarem-se muitas vezes o que não são de verdade.  No cenário nacional, recentemente vocalista da banda Charlie Brown Júnior (NOME) também foi encontrado morto em sua residência, óbito diagnosticado por intoxicação devido a abuso de drogas (cocaína).

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